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domingo, 26 de abril de 2009

Papai, vou ser igualzinho a você, sabe, igualzinho a você!

Por Harry Chapin, publicado no livro “Homem que é homem”.

Há questão de dias o bebê chegou.

Como todos os outros no mundo entrou.

Mas tenho contas a pagar, aviões para pegar.

E quando eu estava fora, ele aprendeu a andar.

E antes que eu percebesse, já começara a falar.

Foi crescendo, crescendo e disse:

“Papai, vou ser igualzinho a você, sabe, igualzinho a você.”

“Quando é que você volta, papai?”

“Não sei, mas não demoro, não”.

“E aí a gente vai se divertir a valer.”

Agora, já me aposentei, e meu filho foi embora.

Liguei para ele outro dia para dizer:

“Gostaria de vê-lo, uma hora dessas.”

“Se tivesse tempo, papai, como eu gostaria!”

"Mas esse meu novo emprego me toma muito tempo."

“E as crianças estão gripadas.”

“Mas como foi bom o senhor ter ligado.”

“É, realmente, foi muito bom.”

E quando desliguei me dei conta de um fato:

Meu filho saiu a mim.

Meu filho é igualzinho a mim.

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