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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Edificando o lar com sabedoria

"Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos".

(Provérbio 14:1)

Outro dia estava conversando com um rapaz que reclamava da atitude de sua esposa. Ele dizia que embora viesse se esforçando, honrando e respeitando a sua família num mundo cheio de tentações, ela estava acusando-o injustamente ...(click em continue lendo)

de paquerador, de se insinuar para outras mulheres e com isso ele estava até perdendo a motivação.

Fiquei pensando até que ponto as mulheres não estavam prejudicando ou enfraquecendo seus relacionamentos por causa da língua. Veja o que diz Tiago 3.5: "Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia". E não é para menos, com isso o casamento que tem tudo para ser um bosque florido, com árvores e frutos, pode ser reduzido a cinzas.

Todo mundo gosta de ser elogiado, mas se você não pode fazer isso porque não tem certeza, não acuse injustamente, só por insegurança, levantando falso testemunho.

Outra coisa que eles detestam é ficar pegando no pé... ainda me lembro de quando eu e a minha irmã, éramos adolescentes e nosso sábio pai brincava conosco, relembrando um velha piada, quando tínhamos nossos ataques de insegurança, ele dizia: - filha, cuidado, porque se você trancar seu namorado no armário, pode correr o risco de ser traída pelo cabide!

Ele tinha razão! Tudo bem que tem que orar e vigiar, mas não exagere, confie em Deus e peça ao Senhor que te revele se algo estranho estiver acontecendo.

Ao invés de ficar gastando energia com coisas negativas, procure se cuidar mais, agradar, dar mais atenção para a sua família, garanto que assim ele terá muito menos motivos para pensar em dar uma "puladinha de cerca".

Quando seu amado chegar em casa bravo com alguma coisa ou fizer algo que você não goste, não saia berrando com ele, afinal que testemunho estará dando assim?

Use a inteligência, diga com jeitinho que a sua intuição feminina está dizendo que ele deveria fazer as coisas de outro modo, então sugira qual, ou que você ficaria mais feliz e tranqüila se ele fizesse de outro jeito e veja a diferença.

O mesmo deve acontecer se tiver um pequeno ciúme, afinal como humano ninguém está livre disso.

Mas fale assim: "- amor, fiquei insegura com isso, porque fez assim?" É impossível que num relacionamento saudável ele reaja bravamente com uma pergunta formulada deste modo.

Analise a si mesma, veja se tem sido austera, severa, se tem falado coisas que não deve, acusado sem motivo real (somente por insegurança), se estiver mude correndo o seu comportamento!

Vamos combinar o seguinte: a partir de agora risque definitivamente todas as palavras negativas de seu vocabulário. Ao invés de chamar de "desgraçado", diga "abençoado", chame seu esposo e filhos de "bênçãos", mesmo que ele não seja ainda... pela fé será!

Lembre-se que uma mudança verdadeira tem que ser de dentro para fora e se é você que está querendo, tem que começar contigo, dando o exemplo.

Aliás este é um ótimo método de evangelização, caso o seu amado ainda não seja convertido, pois sua atitude vale mais que mil palavras.

Então quando ele perguntar o que está havendo, te notar mais bonita, doce, meiga, gentil, atenciosa, "calminha", diga que é Jesus e fale para ele do amor verdadeiro que emana dessa fonte de águas vivas.

Obviamente esta não é uma fórmula mágica, nem é da noite para o dia esta transformação. Pode variar de caso a caso e requer muita paciência, perseverança, oração, em alguns casos até jejum.

Mas com certeza é uma boa dica de relacionamento, para a edificação do seu lar, além de ser um conselho Bíblico.

Tente agir assim, veja as coisas do modo mais positivo possível, cuide de você e da sua família e acima de tudo acredite no Senhor e cumpra seus mandamentos, assim: "Crê no Senhor Jesus e será salvo, tu e tua casa" (At 16.31)


Autor: Miss. Adriana Fonte (Ministério Canaã)
Psicóloga / Seminarista do IBADIG

Em: 12/08/2002

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Planejando um encontro romântico com seu amado.

Por Pastor Ismael


Segundo pesquisadores e conselheiros, um dos motivos que mais levam casais a se separarem é um sexo ruim.
Como sexo ruim poderíamos chamar o sexo mecânico, por obrigação, rotineiro, aquilo que é feito sem motivação, algo como que sem sal e sem açúcar.

Cantares 7:10-13

“Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim. Vamos, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. Levantemo-nos cedo de manhã, para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras, dar-te-ei ali o meu amor. As mandrágoras exalam o seu perfume e às nossas portas há toda sorte de excelentes frutos, novos e velhos, eu tos reservei, ó meu amado.” •.


A sabedoria contida neste livro é algo impressionante. Narra história de um tempo tão distante, mas com um tema tão atual e interessante.

Veja que Deus tinha razão, Ele já sabia que se o amor entre um homem e uma mulher não estiver suprindo necessidades fisiológicas e emocionais, este amor poderia não resistir.

Ele tinha razões para inspirar o Livro de Cantares para que nós usufruíssemos dele. Imagino que desejou que tal livro fosse para nós um aprendizado de como nos relacionarmos romanticamente com o nosso cônjuge.

E nesse versículo está algo que eu gostaria de destacar para a nossa meditação, que é o fato da amada convidar o amado para irem até um lugar bonito, cercado de flores e frutos, em meio à natureza com a promessa de ali, neste lugar diferente e especial, eles fazerem amor.

Parece coisa de filme, é realmente coisa de gente romântica e apaixonada.

Às vezes o recato excessivo, a timidez, a insegurança ou outro qualquer embaraço faz com que ela não tenha esta ousadia.

Desta maneira, a mulher é sempre a parte passiva nos encontros sexuais do casal, e isso, não me parece bom que seja sempre assim.

A mulher não toma a iniciativa, não consegue externar seus sentimentos mais bonitos, seus desejos mais secretos, em virtude de alguma coisa ligada ao seu passado, quem sabe uma educação rígida demais, um trauma ou algo parecido.

Então ela não consegue se soltar emocionalmente no encontro com o amado, retém seus sentimentos, como se sentir desejo ou prazer fosse algo pecaminoso. Outras vezes, teme a reação do marido, “o que ele vai pensar de mim” afinal de contas sou uma cristã.

Agora, é preciso que as mulheres saibam que, ainda que na maioria das vezes seja o homem quem toma a iniciativa do ato sexual, é importante que de vez em quando isso venha da mulher, por que o marido receberá estímulos para o encontro de amor, sentir-se-á desejado, e isso fará um bem enorme para o relacionamento.

E no caso da mulher de Cantares (Sulamita), primeiro ela não se envergonha de fazer um convite para o amor.

Incrível, mas ela tem um planejamento completo para esse dia de amor. Convida ele para sair do lugar onde se encontram, e o chama para passar a noite nas aldeias, e no amanhecer do dia fazer um passeio nas vinhas, passando um tempo observando as flores se abrindo e nesse lugar ela se entregará em amor a ele. Ela não esqueceu nenhum detalhe, ela é observadora e percebeu que o amado está com “saudades” dela. E mais, para depois do amor, frutas para ele.

Veja que ela arrumou tempo para os dois, em nome da continuidade do amor, tomou todas as providências para que desse certo.

Vemos hoje os casais se separando por causa de um sexo ruim, não se tem um planejamento no coração dos cônjuges, a mulher muitas vezes permanecesse na sua passividade, como quem diz: " Se ele me procurar, tudo bem." , então vivem um amor pouco romântico e um sexo pouco inspirado, deixando assim o relacionamento muito próximo do abismo.

Só para concluir, a Sulamita era uma mulher que cuidava do relacionamento para que sempre o amado tivesse "saudade" dela.

Pode até parecer heresia para alguns, mas até sobre o encontro sexual a Bíblia é um verdadeiro manual.

Pense nisso, viva isso!

Cônjuges: amantes e amigos.

Cônjuges são as partes de um casal. O cônjuge do marido é a mulher, e o cônjuge da mulher é o marido. A palavra cônjuge quer dizer "debaixo do mesmo jugo".

A Bíblia diz que Deus viu que o homem estava só, e fez para ele uma companheira utilizando-se de uma costela. Não foi feita a partir de um osso cabeça para comandar, e nem de osso do pé para ser pisada, mas de uma costela, que está no meio do corpo, para lhe ser igual, e de perto do coração, para ser amada. O simbolismo que envolve essa narrativa é lindo e profundo, mas que não temos tempo e nem espaço para explaná-los detalhadamente.

Significativo, não é mesmo? A título que curiosidade, jugos são cangas, aquelas peças de madeira ou metal e couro que são colocados sobre os animais para que puxem cargas,arados, ou carroças.A canga, o jugo, é colocado sobre o pescoço de dois animais para juntos realizem um trabalho.

Casamento é, antes de tudo, uma instituição divina. Deus instituiu o casamento, e impôs algumas bases e diretrizes. Alguns "requisitos".

Os seres humanos são constituídos de três partes: corpo, alma e espírito. Um casamento é uma união entre estas três partes de duas pessoas de sexos opostos.

Se não houver a união entre estas três partes, o casamento tem muito poucas chances de sobreviver ao tempo...

Casamento é algo como o encaixe de duas partes de uma mesma moeda. As reentrâncias devem servir para se completar, se complementar, e não para causar brigas e desentendimentos.

Num outro giro, deve haver num casamento dois elementos: sexo e amizade. Os cônjuges devem ser amigos e amantes. Não apenas amigos, mas também amantes. Não apenas amantes, mas também amigos. Num casamento deve haver sexo e amizade.

Não existem "almas gêmeas". Não existem almas que foram feitas um para o outro. Esta é uma visão poética, fantasiosa e idealista que está na visão imaginária dos apaixonados e dos cantores que vendem ilusões.

Não existem casamentos perfeitos, porque não existem homens e mulheres perfeitos. Existem casamentos que vão se aperfeiçoando a cada dia, com o aperfeiçoamento dos cônjuges. Cônjuges que vão renunciando aos seus propósitos egoístas, à sua arrogância e prepotência para se dedicar ao outro.

Muitas pessoas casam-se por paixão, que é um sentimento egoísta, uma vez que é causada por alguma coisa, e quando essa alguma coisa se esvai, ou perde o sentido, perde-se também a razão da paixão, e... do casamento.

Na verdade muitos casamentos começam errados e continuam sendo uma sucessão de erros, o que não impede, em absoluto, que uma união como essa venha a convalescer e frutificar.

Freqüentemente os futuros cônjuges se preocupam com a dúvida: "serei feliz com ele(a)?", quando o verdadeiro seria: "poderei fazê-lo(a) feliz?".

Isto demonstra que querem um casamento onde sejam felizes, e não um casamento onde possam fazer alguém feliz. Isto é, queremos um companheiro, mas não queremos ser companheiros. Queremos que nossos sonhos se realizem, mas não nos preocupamos em realizar os sonhos de nossos cônjuges. Queremos, enfim, que nossos cônjuges se submetam ao nosso jugo, mas não nos preocupamos em nos submetermos ao jugo deles. Em outras palavras: queremos que nossos cônjuges nos ajudem e nos acompanhem a conseguir nossas aspirações, nossos sonhos e nossos desejos, mas não nos importamos em acompanhá-los e ajudá-los a conseguir seus sonhos, aspirações e desejos. E por aí vai...

Amar é dar maior importância à felicidade da pessoa amada do que à própria felicidade, por isto, quando nós amamos realmente alguém, nós queremos o melhor para esse alguém, mesmo quando "o melhor" não somos nós. Daí vai que quem ama realmente, mesmo que isso lhe cause um sofrimento sem tamanho, é capaz de deixar a pessoa amada ser feliz. Mesmo... que seja ao lado de outro alguém.

Gostar é um termo egoísta. Nós só gostamos daquilo que nos agrada. E quando nós amamos, amamos apesar daquilo que nos desagrada. Lembre-se: a paixão procura suprir uma necessidade do apaixonado, e o amor procura suprir uma necessidade da pessoa amada.

Percebe que as pessoas do mundo estão complemente equivocadas no que se refere ao amor, invertendo totalmente o sentido das coisas?

A maior e mais dura prova de amor que uma pessoa pode dar e receber é o tempo. O tempo é a maior e mais dura prova, o maior e mais duro teste que o amor pode, passar e receber. O que importa não é o quanto se ama, mas até quando amará. Se não houver amor depois que a paixão acabar, não haverá nada sólido que possa agregar ou conjugar duas pessoa de sexos opostos.

O nosso grande problema é que sempre queremos e esperamos que as outras pessoas ajam e reajam como nós agiríamos e reagiríamos. Os maridos esperam que suas esposas ajam como se fossem homens. As esposas querem que seus maridos ajam como se fossem mulheres. Os pais pretendem que seus filhos ajam como se fossem adultos. E os filhos esperam que seus pais ajam e reajam como se fossem criança ... É aí que começa o conflito.

Em Amós 3:3, a Bíblia pergunta se duas pessoas andam juntas se entre elas não houver acordo. Não exatamente concordância, mas acordo. Nós podemos, muitas vezes, nos submeter a situações com as quais não concordamos. Os acordos são feitos após algumas negociações. Negociações são feitas a base de exigências e concessões. Caso haja apenas exigências ou apenas concessões, não temos uma negociação, mas sim uma adesão: é do jeito que eu quero ou nada feito. Tudo ou nada.

Jesus Cristo deixou uma regra de ouro para o relacionamento interpessoal: aquilo que vós quereis que os homens vos façam, façais vós também a vós outros (Mateus 7:12). Façam aos outros o que quer que os outros lhe façam. Trate-os como quer ser tratado. Dê-lhes o que quer receber. Semeie o que deseja colher.

Avançando um pouco mais, num relacionamento conjugal, os direitos que você tem são os mesmos que você concede, e as obrigações que você impõe são as mesmas que você deve observar. Trocando em miúdos: se eu posso, meu cônjuge também pode; se meu cônjuge é obrigado, eu também sou obrigado.

Não temos o direito de exigir dos outros que façam ou sejam aquilo que nós próprios não fazemos ou não somos. Muito embora muitos o façam.

Nós criamos os nossos próprios infernos quando criamos o inferno das pessoas que estão conosco. Seja uma benção na vida de teu irmão e não uma maldição, faça com que as pessoas se agradem de sua presença, e não que a detestem.

Um outro elemento a que gostaria de fazer especial referência é em relação ao perdão. Queremos ser perdoados de nossas atitudes erradas, ríspidas, e de nossas intolerâncias. Mas nos recusamos a perdoar as atitudes erradas, ríspidas e intolerância de outras pessoas. Principalmente as de nossa própria família.

Como podemos cumprir o mandamento de Jesus Cristo de amar nossos inimigos, se somos incapazes, muitas vezes, de perdoar aqueles a quem proclamamos amar?

Sem nos darmos conta, continuamente estamos a exigir que nossos pares aceitem nossos defeitos, nossas mazelas e nossos erros (sempre tem uma justificativa e uma explicação). Mas nos recusamos terminantemente a aceitar os defeitos, mazelas e erros de nossos pares.

Jamais vamos conseguir ser felizes sozinhos. A nossa felicidade consiste em fazer com que as pessoas que convivem conosco sejam felizes. Ame seu próximo, como deseja ser amado. Lute pela felicidade das pessoas que você crê amar. Assim fazendo estará cumprindo a Lei e os profetas.

Parte 2

Na primeira parte da presente mensagem, exploramos, em linhas gerais (e bastante superficiais por força do espaço) o significado e as implicações da palavra "cônjuge".

Nesta oportunidade, falaremos sobre a amizade, e na terceira e última parte, do relacionamento sexual.

Fica difícil falarmos sobre amigos nesta época de superficialidades, futilidades e individualismo... mas... vamos lá. Normalmente, as idéias que temos sobre a amizade são aquelas transmitidas pelos poetas. Tipo: amizade é quase amor.

Não é objeto da presente dissecar ou detalhar a amizade, mas traçar um paralelo entre a amizade dentro e fora do relacionamento conjugal.

Primeiro, não tratamos nossos amigos como capachos. Não os humilhamos, não os rebaixamos, não os achincalhamos, não os expomos ao ridículo nem os exploramos. Não os tratamos como serviçais incompetentes e nem como empregados preguiçosos. Se você trata seu cônjuge como um capacho, como um serviçal incompetente, como empregado preguiçoso, se você o humilha, o rebaixa, o explora, o achincalha ou o expõe ao ridículo, você não é amigo dele...

Em segundo lugar, nós conversamos com nossos amigos, trocamos confidências, tiramos dúvidas, pedimos opiniões, respeitamos pontos de vista, damos e ouvimos conselhos. Se você não conversa com seus cônjuge, não troca confidências, não tira dúvida não pede opiniões, não respeita seu ponto de vista, não dá nem ouve conselhos, ele não é seu amigo.

Em terceiro lugar, você não agride seus amigos, não ofende, não xinga, não é áspero, ríspido, e nem espinhoso. Se você agride seu cônjuge, ofende-o, xinga-o, é áspero e ríspido ou espinhoso, não está sendo seu amigo.

Em quarto lugar, você não tem medo de ser manipulado, manobrado, explorado, chantageado ou extorquido pelos seus amigos. E por isso, pode reconhecer os erros e pedir perdão. No mínimo, desculpas. Se você tem medo de ser manipulado, explorado, manobrado, chantageado ou extorquido pelo seu cônjuge, e por isso não pede desculpas e nem perdão pelos erros e faltas que comete, então ele não é seu amigo.

A lista de comparativos é longa, extensa. Penso que nestes itens pude listar as principais características da amizade que devem estar presentes no relacionamento conjugal. Bom... deixei um item de fora: confiança. Nenhum destes elementos existe numa amizade se não existir confiança. Não existe amizade entre pessoas que não confiam uma na outra.

Você pode confiar em seu cônjuge? Seu cônjuge pode confiar em você? A gravidade da resposta revela a gravidade da pergunta.

Se seu cônjuge se apaixonar por outra pessoa, ou sentir uma atração homossexual, ele pode confiar a você este segredo? E se ele o fizer, você vai ajudá-lo ou apedrejá-lo? Com certeza vai se sentir traído, roubado, injustiçado, num primeiro momento. Mas e depois?

Qual seria a tua reação se teu cônjuge te confessasse que não está satisfeito com teu desempenho sexual?

Nós ajudamos nossos amigos, procuramos compreendê-los, entendê-los, apoiá-los...

Se não houver amizade no relacionamento conjugal, ele está fadado ao fracasso...

Sabe, nós nos afastamos dos amigos que nos tratam com leviandade, aspereza, interesse, ou qualquer outro fator negativo. Mas quanto aos cônjuges, o afastamento não é assim tão simples por causa dos "eternos laços do matrimônio". Isto faz com que sejamos um pouco (um pouco???)... desleixados quanto a estes, e nos permitimos a alguns (alguns???) excessos...

Você já percebeu que nós evitamos fazer um monte de coisas aos nossos amigos? Mas não temos o mesmo cuidado quando se trata de nossos cônjuges? Isto é, nós tratamos melhor nossos amigos do que aos nossos cônjuges. E por isso, nós damos mais ouvidos aos nossos amigos do que aos nossos cônjuges. Nossos cônjuges não são nossos amigos... Uma pena.

O que eu vejo em muitos relacionamentos é uma relação de poder, uma relação de domínio e exploração... fazendo com que uma situação irônica e trágica ocorra: duas pessoas unidas pelos laços do matrimônio, carentes de carinho, de amor, de ternura, de consolo, mas que não são capazes de amar um ao outro. Uma tem o que a outra necessita, e necessita do que a outra tem, mas existe um abismo entre elas que torna impossível olharem-se nos olhos, mesmo que estejam tão próximas que possam se tocar... Espero que não seja o teu caso, amado leitor.

Quero finalizar com uma pergunta seca e direta: você é amigo de teu cônjuge?

Parte 3

Falar sobre amizade no relacionamento conjugal foi mais complicado. Falar sobre relacionamento sexual, depois de tudo, é um pouco menos complicado.

No título acima, o termo "amante" não significa "pessoa que mantém um amor", tipo "ó amante de minh´alma, tu és tudo para mim". É amante no sentido de pessoa que mantém um relacionamento sexual, que tem um parceiro sexual.

Rubem Alves, em seu livro "O que é religião" (Editora Brasiliense, Coleção Primeiros Passos), fala da reificação das pessoas. Res em latim significa coisa. Daí a palavra res+publica = a coisa do povo.

Reificação de pessoas é a sua coisificação. As pessoas perdem alma, sentimentos, emoções, sonhos, aspirações... identidade... passam a ser apenas rostos, pernas, seios, bumbuns, tórax, bíceps e tríceps... objetos. Objetos dos desejos.

Recentemente eu vi uma propaganda da revista masculina playboy nas bancas. Era uma mulher nua, com os dizeres: "Garçom, me traz uma dessas". Que dizer, o sujeito pede uma mulher do mesmo modo que pede uma cerveja ou um petisco, um prato de comida. Não está preocupado pode tornar aquela mulher feliz, se pode satisfazer suas necessidades, ajudá-la a alcançar seus objetivos e resolver seus problemas, vencer seus fantasmas. Está preocupado apenas e tão-somente em satisfazer seus desejos mórbidos, descarregar suas energias eróticas, fruir e usufruir daquela mulheres. Usá-la e satisfazer-se com ela. Diversão. Apenas isso.

As mulheres, por outro lado, não estão em melhor condição quando suspiram por um
homem e deixam escapar: "que pedaço de mau caminho..." Não estão, igualmente preocupadas se podem tornar aquele homem feliz, satisfazer suas necessidades, ajudá-lo a resolver seus problemas. Estão igualmente, preocupadas em satisfazer seus desejos mórbidos, descarregar suas energias eróticas, fruir e usufruir daquele homem. Usá-lo e satisfazer-se com ele.

Para ambos, nestes casos, se preocupam apenas com o prazer que podem obter e não no prazer que podem proporcionar.

Para as mulheres mais românticas (a maioria absoluta), o sonho pode ser um marido ideal, perfeito. Um homem robusto, forte, firme, corajoso, fiel, delicado, dedicado, solícito, carinhoso, rico, humilde, um atleta sexual, preocupado com sua silhueta (leia-se "barriga"), que a defenda contra tudo e contra todos, especialmente quando está errada. Com tudo isto, nem precisa ser bonito. Se for, melhor ainda.

Aliás, as mulheres tendem pensar que podem mudar a personalidade de um homem. Que depois do casamento, conseguirão transformar o mais vagabundo dos mulherengos em tudo isto que foi colocado aí em cima...

Partindo-se do princípio de que amar é dar maior importância à felicidade da pessoa amada do que à própria felicidade, os amantes (parceiros na relação sexual) devem se preocupar mais com dar e proporcionar prazer do que desfrutar dele. E isto deve ser um propósito recíproco: ambos devem pensar e agir assim.

E aqui vai um alerta importante: uma grande parte das mulheres (inclusive dentro das igrejas) mente. Finge que está tendo e usufruindo de um prazer que não existe, somente para não magoar, ou não perder o marido. Maiores detalhes somente pessoalmente.

Aí pode ser que você me pergunte como é que eu sei de tudo isto. Porque há padrões de comportamento. A maioria dos seres humanos age tal e qual a maioria dos seres humanos age. E nós formulamos nossas teorias, nossas teses e nossas leis, de acordo com a maioria, e não de acordo com as exceções. O que eu digo aqui não pode e nem deve ser tomado como algo absoluto, uma regra imutável, mas como uma referência, uma linha de raciocínio.

Amantes que não são amigos agem tal e qual homens e mulheres que se prostituem, e homens e mulheres que procuram esses outros que se prostituem: de um lado, interessados apenas no prazer que podem obter, na satisfação dos próprios desejos. De outro, fingem que estão tendo prazer, e se preocupam em proporcionar prazer para criar uma dependência, um vínculo que os faça serem procurados uma próxima vez.

Infelizmente, muito embora não existam estatísticas, temo que uma boa parte (leia: a maioria) dos casais do mundo, inclusive dentro de nossas igrejas, são apenas amantes, mas não amigos. Às vezes... nem isso.

Os amantes devem ter entre si um relacionamento sexual sadio, saudável, frutífero e... prazeroso. Se assim não for, não são amantes. Estão se prostituindo, se sujeitando a um relacionamento sexual para não perder o casamento, e não por prazer.

Para fechar o presente, somente uma pergunta cuja resposta, mais um vez, revela a gravidade da pergunta: você tem um relacionamento sadio, saudável, frutífero e prazeroso com seu cônjuge?

Março/2001
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