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terça-feira, 18 de maio de 2010

Estaria o divorciado condenado a viver solitário o resto da vida

Alguém escreve para o site www.frutodoespirito.com.br, na seção aconselhamento, e pergunta se o divorciado poderia se casar de novo ou teria que viver solitário o resto de vida.Ao que lhe foi respondido pelo editor do site, Pr. Denilson Torres: Resposta: Paz e bem, Estamos vivendo dias difíceis. Hoje os casamentos estão tornando-se cada vez mais efêmeros. Hoje casa-se com a expectativa de separação. “Se não der certo, separa” é a frase que mais se tem ouvido nos dias atuais, quando se fala em casamentos, quase como um mantra. Há não muito tempo atrás representava um verdadeiro escândalo quando um crente se divorciava. Pastores então, nem pensar! Hoje o que tem havido no meio de nós são casamentos desfeitos e eu, que trabalho especificamente com aconselhamento de casais, tenho visto e sentido na pele a dor e o sofrimento que esta situação tem causado. O grande problema a meu ver é a leviandade dos divórcios nos dias atuais, se separa porque quer liberdade, ou por que encontrou alguém mais novo ou mais interessante; se separa por tédio ou por conta de paixões passageiras, e com raríssimas exceções a verdade é que a imensa maioria dos casamentos se dissolvem por motivos banais, por falta de perdão e por falta de arrependimento. Por egoísmo e por descontrole de desejos, em uma sociedade que vende que ser feliz é fincar seus pés nestes dois pilares. Tudo isto é triste, pois mostra uma sociedade intolerante, egoísta, escrava dos prazeres. Uma sociedade de crianças que se deslumbram com contos de fadas, contados nas novelas, nos romances açucarados, nas propagandas de margarina e não entende a realidade que é muito mais rica. Não existem casamentos perfeitos, simplesmente porque não existem pessoas perfeitas. Tenho trabalhado em aconselhamento, oração, clamor, inclusive com pastores, para que Deus possa reverter este quadro. E tenho visto Deus operar, apesar de tudo. A sua questão é altamente pertinente. Com este exército de pessoas feridas, magoadas, decepcionadas, o que se pode fazer? É lícito um novo casamento? Ou devem manter-se em celibato? Como sempre digo, a Bíblia é muito simples e direta, mas a vida, ao contrário, é complexa e tortuosa. A Bíblia expressa o ideal de vida que nós devemos almejar, mas a vida neste mundo caído está longe, às vezes muito longe, de sequer permitir que este ideal seja alcançado. O chamado que recebi de Deus, como profeta do Senhor, é exatamente poder trabalhar para ser absolutamente fiel à simplicidade da Palavra, mas ao mesmo tempo aplicá-la à complexidade da vida, conforme a Graça de Deus explícita na própria Palavra. Assim sendo, posso afirmar que, quanto ao divórcio, a Palavra é muito clara e simples. Deus abomina o divórcio (Ml 2:16); o que Deus uniu, não separe o homem (MT 19:6); Aos casados ordeno, não eu mais o Senhor, que não se separem (1 Co 7:9-11). Este é o princípio Bíblico para o casamento e há bênçãos para os casais que perseveram nesta verdade. Meu próprio casamento é prova disso. Não foram poucas às vezes que eu e Leila chegamos a conclusão que era impossível continuarmos juntos, que chegáramos a um beco sem saída, mas pela misericórdia e graça do Senhor nossa aliança permanece firme e, olhando para trás, vejo o quanto tem valido à pena continuar com a mulher que escolhi um dia para compartilhar minha caminhada. Mas e se mesmo assim o casamento for dissolvido, pode-se casar-se novamente? Mais uma vez a Bíblia é clara: Quem casar-se de novo comete adultério (Mt 19:9); se, porém vier a separar-se que não se case (1 Co 7:10). Estes são os princípios da Palavra. E não podemos nem devemos pervertê-la. A Palavra. Ela mesma irá nos ensinar como aplicar isto em nosso mundo cheio de contradições onde não praticamos o que desejamos, mas fazemos o que abominamos. Uma coisa é os ideais bíblicos, outra coisa é a realidade da vida. O grande problema é que não entendemos a Bíblia, consideramos como se fosse o novo livro da lei, onde ou se é do jeito que está escrito ou se está em conluio com o diabo. Somos intolerantes, rígidos, inflexíveis, especialmente quando o problema não é conosco. Sim, porque quando a angustia bate a nossa porta, sabemos muito bem flexibilizar as coisas. Eu falei que o chamado que Deus me deu é ser absolutamente fiel à Palavra e ser fiel na aplicação desta Palavra à vida em suas complexidades. Ora, tal coisa não pode ser feita a meu bel prazer, só posso fazer mediante a própria Palavra. E o que a Palavra nos ensina a respeito da vida, quando deixamos o mundo ideal e aterrissamos aqui neste mundo caído? Deixemos que a própria Palavra nos ensine. Leia em Mateus 19:9-12, nesta passagem Jesus deixa claros os princípios espirituais da indissolubilidade do casamento e das restrições a uma nova união. Ao terminar sua fala, os discípulos chegam à conclusão que muitos dos que me lêem podem ter chegado: “Se é assim, então é melhor nem casar”, pois a vida nos prega peças, a convivência pode tornar-se árdua, as mágoas podem se transformar em feridas profundas demais para cicatrizar, as agressões físicas e psicológicas podem ser insuportáveis. E como conviver com isto? Como caminhar tendo tanta dor dentro do peito? Será que depois de tanto sofrimento, até a possibilidade de recomeçar é negada? Após a dor das angustias de alma que acompanham todo processo de divórcio, após perder seus sonhos, planos, vida, ainda se condena à solidão? Esta questão foi respondida por Jesus que nos aponta para a Graça, sempre ela. “Nem todos são aptos, mas apenas aqueles a quem é dado”. O ideal é que o casamento seja indissolúvel, mas neste mundo caído em que estamos, Deus em sua infinita misericórdia não deseja que nos tornemos eunucos, a não ser se Ele próprio nos capacitar a isto. O que Jesus nos ensina é que devemos lutar em todo tempo pelos nossos casamentos e tentar com todas as forças manter os nossos vínculos, pois este é o propósito da união que nos faz uma só carne. Mas se tal não for possível, e cada situação é única e as motivações dos corações só Ele sabe desvendar, cabe a nós usar de misericórdia não impondo sofrimento sobre sofrimento. Não temos o direito de acrescentar carga ao pesado fardo que é viver neste mundo tão cheio de dores. O fardo do Senhor sempre será leve. Ministério Fruto do Espírito www.frutodoespirito.com.br

8 comentários:

Luciano Zamboni disse...

Irmão em Cristo, a Paz!
Realmente, esse é um assunto um tanto controverso, mas a Palavra também diz que se for por relações sexuais ilícitas é possivel a separação.
Atualmente tem sido passado um ensino danoso para as famílias, que quem trai é o esperto, e o traido é o otário. Dissolvendo anos de luta e sofrimento juntos, e deixando os filhos a mercê de uma cultura que ensina que isso é correto.
Se for usado da rigídez, estará condenando também pessoas que foram traidas, e que apesar de feridas acreditaram que poderiam ser felizes.

Graça e Paz!

josué disse...

Divórcio e Novo Casamento: Mateus 19:9

A Escritura então se contradiz?
Há um texto na Bíblia que poderia parecer aprovar o novo casamento após o divórcio. Um texto! Se entendido como novo casamento aprovado, este texto aprovaria o novo casamento somente da "parte inocente", isto é, a pessoa casada cuja esposa (ou esposo) cometeu adultério. Todos os outros novos casamentos são proibidos, sendo considerados como adultério.
Este texto é Mateus 19:9:
"Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério."
Contra a aparente aprovação do novo casamento da "parte inocente" em Mateus 19:9, existem vários textos que claramente proíbem todos os novos casamentos após o divórcio, a despeito do fundamento do divórcio. Estas passagens condenam todo novo casamento após o divórcio como sendo adultério.
Marcos 10:11-12: "E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido e casar com outro, adultera."
Lucas 16:18: "Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério."
1Coríntios 7:10-11: "Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher."
1Coríntios 7:39: "A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor."
Romanos 7:2-3: "Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido."
A proibição de novo casamento nestas passagens é absoluta.
Romanos 7:2,3 e 1Coríntios 7:39 fundamentam a proibição absoluta na natureza do casamento, pois este é uma ligação para toda vida, em virtude da ordenação soberana de Deus como Criador e Governador deste mundo.
Um texto aparentemente conflita com esta proibição absoluta de novo casamento, por supostamente aprovar o novo casamento da "parte inocente."
Se Mateus 19:9 de fato permite o novo casamento da "parte inocente", ele contradiz fatalmente o ensino da Escritura sobre casamento, divórcio e novo casamento nas passagens citadas acima, especialmente I Coríntios 7:39.

Josue_sv@hotmail.com disse...

Admissão da Contradição na Confissão de Westminster
Embora adote a posição de que Mateus 19:9 permite o novo casamento da "parte inocente", a Confissão de Fé de Westminster realmente admite esta permissão do novo casamento da "parte inocente", e, portanto, Mateus 19:9 (como os teólogos de Westminster explicam), contradiz I Coríntios 7:39. Ela faz esta admissão quando, tendo dito, "no caso de adultério depois do casamento, à parte inocente é lícito propor divórcio, e depois de obter o divórcio casar com outrem", ela adiciona: "como se a parte infiel fosse morta." Os representantes da Assembléia de Westminster reconheceram que sua permissão de novo casamento da "parte inocente," supostamente sobre a base de Mateus 19:9, contradizia a regra de I Coríntios 7:39 de que somente a morte dissolve o laço do casamento, de forma que uma pessoa casada esteja livre para casar com outra. Portanto, os teólogos de Westminster sentiram necessário confeccionar o estranho, assustador e obviamente falso decreto de que o adultério efetivamente torna o adultero—a "parte culpada"—morto no sentido de I Coríntios 7:39. Assim, eles tentaram conformar Mateus 19:9 (como eles o explicavam) com I Coríntios 7:39.
O problema com isto é que I Coríntios 7:39 não está se referindo a uma morte fictícia, virtual, "faz de conta" e irreal. O apóstolo não diz, "mas se ela ou alguém mais decidir considerar seu marido como morto, ela está livre para casar com quem quiser." A morte em I Coríntios 7:39, a qual é a única que dissolve o laço do casamento, de forma que a pessoa casada pode se casar com outra, é uma morte real e física—morte que quebra todos os laços terrenos, morte que coloca o corpo (que de outra forma deveria estar na cama com sua esposa) do homem na sepultura.
A explicação de Mateus 19:9 segundo a qual é permitido que a "parte inocente" case novamente, contradiz I Coríntos 7:39. Neste caso, a Escritura contradiz a Escritura.

Mateus 19:9 é Auto-Contraditório?
A questão piora ainda mais. Se Mateus 19:9 permite o novo casamento da "parte inocente," o texto é auto-contraditório. Ao invés de proibir o novo casamento, entre outros, da "parte culpada" como sendo adultério (isto é o que o texto expressamente ensina), o texto realmente abre a porta para o novo casamento da "parte culpada." Ele faz isto exatamente ao permitir o novo casamento da "parte inocente." Pois se a "parte inocente" pode casar novamente, este deve ser um caso no qual o laço do casamento entre a "parte inocente" e a "parte culpada" está dissolvido. Mas se o casamento está dissolvido, presumivelmente pelo adultério da "parte culpada," ele está dissolvido para a "parte culpada" tanto quanto para a "parte inocente." E se não há nenhum casamento, a "parte culpada" tem todo direito de casar novamente. Não estando casado, ela está livre para casar (novamente).
Assim, Mateus 19:9 contradiz a si mesmo e mergulha a questão de divórcio e novo casamento numa confusão e caos completo.
A Harmonia de Mateus 19:9 com Toda Escritura
Na realidade, não há nenhuma contradição entre Mateus 19:9, por um lado, e todos os textos proibindo o novo casamento, por outro lado. Mateus 19:9 meramente parece aprovar o novo casamento da "parte inocente." Para dizer de uma forma mais correta, a aprovação do novo casamento da "parte inocente" é uma inferência que alguns erroneamente extraem de Mateus 19:9.

josue@hotmail.com disse...

O significado de Mateus 19:9 é que todo divórcio é proibido, exceto aquele devido à infidelidade sexual de um dos cônjuges. Lembrando da pergunta dos fariseus no versículo 3, o assunto principal da passagem é a legitimidade do divórcio. A frase, "não sendo por causa de prostituição," dá a única exceção bíblica à proibição de divórcio. Ele não dá uma exceção à proibição de novo casamento. Para dizer de uma forma diferente, as palavras "não sendo por causa de prostituição" dão o único fundamento bíblico para se divorciar da esposa (ou marido). Eles não dão um fundamento bíblico para o novo casamento após o divórcio.
Cristo menciona o novo casamento no texto. Ele menciona isto porque quase sempre o homem que divorcia de sua esposa, ou intenta casar com outra mulher ou eventualmente se casará com outra.
O que dizer sobre novo casamento após o divórcio? O que dizer sobre a permissibilidade do novo casamento após o divórcio em Mateus 19:9?
Não há nenhuma questão sobre o novo casamento do homem que divorcia de sua esposa injustamente, isto é, o homem cuja esposa não é culpada de prostituição. Jesus declara—na verdade, este é o seu propósito principal no texto—que tal pessoa comete adultério quando se casa novamente.
Mas o que dizer sobre o novo casamento do homem que divorcia de sua esposa sobre o fundamento da prostituição dela? O que dizer sobre o novo casamento da "parte inocente" em Mateus 19:9?
Se Mateus 19:9 fosse concluído com as palavras "... e casar com outra, comete adultério", haveria alguma escusa para a incerteza de se o texto permite o novo casamento da "parte inocente" ou não. Mesmo então, a igreja teria que levar em conta o ensino claro e explícito da Escritura (em outros lugares) de que todo novo casamento após o divórcio é proibido. A Escritura interpreta a Escritura. A passagem duvidosa deve ser explicada à luz das passagens mais claras.
Mas Mateus 19:9 não termina dessa forma! Há uma segunda parte: "e o que casar com a repudiada também comete adultério." A repudiada é a mulher da primeira parte do texto cujo marido se divorciou injustamente dela e se casou com outra, cometendo adultério. Ela é a "parte inocente". Todavia, quem quer que se case com ela comete adultério. Certamente, ela também comete adultério, se ela casar novamente.
Mateus 19:9 condena o novo casamento da "parte inocente" como sendo adultério.
Por quê?
Porque a esposa (ou marido) está ligada pela lei ao seu marido (ou sua esposa) enquanto seu marido (ou sua esposa) viver. Somente a morte dissolve o laço. O adultério não dissolve o laço do casamento. Enfaticamente, o adultério não tem o poder para dissolver o laço do casamento.
Mateus 19:9 está em perfeita harmonia com tudo da Escritura na questão vitalmente importante do casamento, divórcio e novo casamento.
O divórcio é permitido sobre o fundamento da prostituição.
Todo novo casamento após o divórcio é proibido como sendo adultério, incluindo o novo casamento da "parte inocente".
A razão é que a ordenança honorável de casamento da parte de Deus é um laço para a vida toda, indissolúvel.
Que os santos pratiquem isso!
Que a igreja proclame isso!
E defenda-a com disciplina!

Anônimo disse...

Não sei se eu não entendi completamente a resposta do irmão, mas não ficou claro. Uma resposta, muito longa, porém com algumas refutações Bíblicas. Cadê Romanos 7:1-6? Mas o divorciado está ou não apto a viver solitário o resto da vida? Apenas responda sim ou não por favor.

Anônimo disse...

O texto de Mateus 19 foi escrito para os judeus, que entendiam o noivado como casamento. O termo original é fornicação e não adulterio. Não há permissão para o segundo casamento. Só exite um apenas, o divorciado precisa buscar em DEUS cura para seu casamento "morto" a olhos humanos. Para DEUS, a aliança está mantida. Nem todos são aptos para admitir esta verdade, apenas aqueles que amam ao SENHOR e não querem pecar. Falo do lugar de quem vive isto... Não faço apologia, vivo e tive esta revelação pelo Espirito Santo. Não existe parte "inocente", ninguem,é inocente.

V. disse...

Pergunta:
Quando uma pessoa não é cristã, se casa. Se casa errado. Cai em depressão, tenta de tudo e o marido não aceita abandonar os vícios, não contribui para o sustento da família e suas obrigações. A esposa pede divorcio. Depois se converte. Casa-se de novo com um marido que é Benção, que a entende e a ama. Estão Ambos condenados?

Cintia Amorim disse...

Por mais dura que seja esta palavra, também não consigo relativizar tema do novo casamento. A Bíblia não dá muita margem para interpretações dúbias. Sei que existem milhares de histórias, milhares de motivos. Pessoalmente conheço muitos divorciados que acertaram em cheio e vivem super bem no segundo casamento. Mas, biblicamente falando, trata-se de um erro. Porém, não serei eu a acusar ou julgar ninguém. Que Deus abençoe as famílias e que haja mais cooperação entre cônjuges, para que o divórcio não seja uma opçõa tão fácil.

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