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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Uma esposa que inspira paz.

Por Pastor Ismael

Ct 8:10 “Eu sou um muro, e meus seios são as suas torres, assim me tornei aos olhos dele, como alguém que inspira paz.

Estamos acostumados a apresentar o homem, o marido, como aquele que promove a proteção de sua esposa. Mas é interessante que em alguns momentos da vida, é ele quem precisa se sentir seguro, necessita encontrar um lugar de refúgio, um abrigo.

E aqui vemos a sulamita se apresentando como sendo este lugar na vida do seu amado. Ela diz ser para ele como um muro, um refúgio, uma proteção e também ser alguém que lhe inspira paz. Ele vê nela, alguém com quem se pode contar para um bom descanso e refrigério sem nada temer. Nos seus braços ele depõe as armas, se esquece que há uma luta lá fora, e se deleita naquele instante, tão somente.

Acho incrível estas coisas que ela diz, porque realmente é isto, muitas vezes, o homem estressado, sobrecarregado busca um lugar de descanso e é muito bom quando ele encontra na esposa essa pessoa, que o ajuda a estar bem, que vela pelo seu momento de “relax” , que lhe inspira confiança e lhe dá a oportunidade de refazer as suas energias.

Realmente uma esposa deve ser um manancial de alegria, prazer e deleite para um guerreiro, quando este se apresenta esgotado depois de muitos combates.

Eu entendo o que diz o marido da mulher virtuosa de provérbios trinta e um quando ele diz que existem muitas mulheres maravilhosas no mundo, mas que a mulher dele é melhor do que todas, ela está acima, vai além de cada uma delas. Não creio que ele esteja falando do seu corpo escultural, de sua performance sexual, de sua beleza exterior. A mim me parece que o algo a mais está realmente no fato de ela lhe inspirar paz.

Quantas mulheres deveriam ler um isto, e procurar ser um abrigo contra a tempestade e sombra contra o calor para o seu marido. Deve ela ter uma postura tal com sua vida no cotidiano, que ele se alegra na sua presença e especialmente nos seus momentos de intimidade. Ele não tem dúvida a respeito dela, pois "ela lhe faz o bem e não o mal todos os dias de sua vida" ( Pv 31). Não pesa contra ela nada que a desabone, nenhuma desconfiança há.Tão somente admiração e apreço.

Será que você, mulher, tem sido uma inspiradora de paz na vida do seu marido, ou ele, na sua presença não consegue se desarmar, tem que estar sempre de prontidão, pronto para o pior ou para um novo confronto.

Quero te ajudar nesta auto análise, e começo perguntando, você é daquelas que mesmo quando o marido está chegando cansado lhe despeja uma multidão de problemas na sua cabeça, que lhe imputa faltas como se verdadeiras fossem, que com sua mente investigativa encontra sempre um motivo para acusá-lo ou ainda, o submete a um verdadeiro processo inquisitório, sem muita chance de defesa?

Olha, o que eu vou dizer a seguir não justifica, mas explica, e nos dá a oportunidade de a gente entender as motivações que levam um homem a procurar uma outra mulher. E no meu modo de ver, eis aqui, certamente um motivo que deve levar muitos a isto, a falta de uma mulher que lhe seja um abrigo seguro, um muro contra a tempestade, um cobertor contra o frio. E o pior, é que algumas mulheres são uma fonte de tempestade na vida do marido.

Eclesiastes 4:9-12, nos ensina que é melhor viver a dois, um aquentando o outro, fazendo com que o outro se levante quando estiver caído e ajudando na resistência contra a inimigo, mas para isso é preciso que se determine como a sulamita , sendo para ele como um muro, alguém que inspira paz e não guerra.



terça-feira, 22 de junho de 2010

Você é um "marido bíbico"? Tem certeza disso?

O Padrão Divino Para os Maridos.
Se perguntarmos a qualquer homem casado: ”Você ama sua esposa?”, ele vai responder: ”È claro! Claro que sim!”.
Com esta resposta ele estará dizendo o que sente por ela ou, talvez, o que faz por ela em termos de cuidado e consideração. Todavia, o amor de que o apóstolo Paulo fala, “Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25), não é avaliado pelo que se sente, e nem mesmo pelo que se faz. Antes, esse amor é avaliado pelo sacrifício pessoal.
1ª parte

Marido, ame a sua esposa.

SACRIFIQUE-SE POR ELA

O Novo Testamento foi escrito em grego. Nessa língua há três palavras que são traduzidas por uma só palavra em português:
-“Amor”. Eros é o amor passional, amor-sentimento, amor-desejo; vem daí a palavra “erotismo”. A palavra Eros não foi usada uma única vez no Novo Testamento; entretanto, esse é o sentido mais comum da palavra “amor”.
-Phileo significa o amor-afeição, o cuidado humano; daí vem à palavra “filantropia”. È um termo pouco usado no Novo Testamento.
-Ágape quer dizer: amor que se avalia pelo sacrifício. È usada frequentemente no Novo Testamento para descrever o amor de Deus e o amor que ele coloca no coração do homem. È deste amor que falam João 3.16, Romanos 5.5 e I Coríntios 13.
Paulo usou a mesma palavra – ágape – quando disse: “Maridos, amai vossas mulheres”, e está bem claro que o sentido é o de um amor que se dispõe a sacrifícios, pois ele continua: “...como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”.(Ef 5.25.)
1. Alicerce espiritual do padrão de Deus para a família.
Á primeira vista, a posição de autoridade do esposo e pai sobre a mulher e filhos parece bem vantajosa para o homem: “Sou o senhor do meu castelo, o soberano, o governador de tudo.” Entretanto, é preciso ir mais além, pois a autoridade divina com que ele é investido tem Cristo como modelo, e a autoridade de Cristo está fundamentada no seu sacrifício. Só depois do Calvário foi que disse aos seus discípulos: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra”. (Mt 28.18).
A autoridade de Cristo e, portanto, a de um marido e pai, não é humana, nem carnal. Não é questão de uma pessoa poder dominar as outras. Trata-se de uma autoridade espiritual e divina, que se baseia em sacrifício pessoal.

2. O sustento da família.
A expressão mais evidente e básica dessa verdade pode ser observada no fato de que cabe ao marido sustentar a família. Um dos sintomas do colapso moral de nossa época é a facilidade com que o marido passa essa responsabilidade para a esposa. O fato de senhoras casadas, e mesmo com filhos, trabalharem já se tornou tão comum que raramente se pensa no grande desvio do padrão divino que isso representa, e em como os seus efeitos são prejudiciais à vida familiar. A responsabilidade de cuidar do sustento da família recai sobre o homem.
A mulher, de bem grado, a toma para si, devido à sua tendência natural para ser precavida quanto às coisas materiais, mas o fardo é pesado demais para ela. O homem foi provido de ombros mais fortes e tem, por natureza, uma estabilidade mental maior, que lhe permite suportar bem as pressões causadas por essas preocupações. A mulher fica desalentada e deprimida mais facilmente. Deus a fez assim e, por isso, também a poupou da responsabilidade de sustentar a família.

3. A mordomia cuidadosa dos bens.
A mordomia fiel e cuidadosa dos bens materiais cabe bem à esposa; o trabalho árduo e a preocupação de adquiri-los cabem somente ao homem.

A economia, o controle no gastar e a fidelidade são as virtudes domésticas da mulher; a atividade incansável para manter o bem-estar econômico da família é a tarefa do homem. O cuidado dos filhos e do lar é entregue à mulher, e já é o bastante. Que o marido cumpra a sua responsabilidade de sustentar a família para que a mulher não encontre pretexto de tomar para si mais do que lhe é atribuído.

4. O trabalho fora do lar.
Não há renda que compense o quanto à família perde quando a mãe gasta suas energias fora do lar. Que o marido, então, se encarregue de sustentar a família de modo adequado. Se ele, por vocação, abraçou uma profissão pouco rendosa, aos olhos de Deus não é desonra ele viver modestamente, dentro daquele limite de renda. Todavia, é vergonhoso deixar que a vontade de possuir coisas materiais nos leve a rejeitar o padrão que Deus estabeleceu para o próprio bem da família. Assim como a Igreja deve confiar somente em Cristo para a provisão de tudo o que precisa, assim também todas as necessidades da esposa e dos filhos devem ser supridas através do trabalho do marido.

5. Renunciando a comodidade.
Se for necessário que ele renuncie em parte à sua comodidade e ao prestígio de que goza junto aos amigos, por ter que limitar o seu padrão de vida àquilo que ele pode, sozinho, prover para a família, estará fazendo exatamente o que Deus espera dele. Esta é apenas uma ilustração do papel do marido, que é o de negar-se a si mesmo, isto é, expressar seu amor negando o seu eu, deixando de lado o orgulho e renunciando o conforto pessoal para servir à família.

6. O Plano de Deus.
Um homem que leva a sério a sua posição dentro do plano de Deus para a família precisa, portanto, experimentar na vida prática a realidade das palavras de Jesus: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome, a sua cruz e siga-me.” (Mt 16.24).
Deus diz que o homem deve amar sua mulher. Porém, este deve ser o amor ágape, que é superior até ao amor mais sublime que um homem possa, no plano natural, sentir por uma mulher; é uma flor rara e divina, que só viceja onde o eu é negado, sacrificado e entregue à morte. A ordem de Deus aos maridos – “amai a vossas esposas” – implica em um chamado para a comunhão dos sofrimentos de Cristo, a comunhão da cruz.
È verdade que este “amor” pode parecer tão intangível e espiritual que bem pouco poderia proporcionar da calidez, do conforto e da segurança de que a mulher precisa para enfrentar os embates diários da vida e do casamento. Todavia, vejamos como ele é prático e real.

2ª parte
Marido, ame sua esposa.

CUIDE DA VIDA ESPIRITUAL DELA
Segundo as Escrituras, o homem que ama a esposa coloca as necessidades espirituais dela em primeiro lugar. Seu primeiro interesse é que ela mantenha com o Senhor uma comunhão adequada. Compreende que a verdadeira felicidade e a realização pessoal da esposa, como mulher, esposa e mãe devem se firmar na base sólida da comunhão com Cristo. Isto não significa apenas uma aquiescência devota à necessidade de ela “ser religiosa”, ou de “ver as coisas de uma perspectiva espiritual”, mas, sim, uma perfeita compreensão da importância primordial da pessoa de Jesus Cristo e do seu absoluto senhorio.
Se Deus permite que o marido ajude a firmar e a dar maior significado ao relacionamento da esposa com Jesus, não será isso motivo para que ambos se regozijem? Haverá maneira melhor de um marido demonstrar seu amor pela esposa?

7. A tarefa principal do marido.
A principal tarefa do marido cristão é cuidar da santificação de sua esposa. O seu modelo é Cristo, que se sacrificou pela Igreja, para santificá-la. O esposo não somente deve levar a mulher a ter uma vida cristã normal, como também fazer tudo ao seu alcance para que ela possa receber, na igreja, todas as bênçãos de Deus. No lar, por meio da oração e da palavra, deve ampará-la em espírito, incentivar suas aspirações espirituais e ajudá-la a crescer no conhecimento das coisas de Deus.
8. Conselheiro espiritual.
Pastor algum tem o direito de ser o conselheiro espiritual de uma mulher casada, ou de exercer autoridade sobre ela contra a vontade do marido. Até mesmo o pastor da igreja onde a família se congrega, precisa evitar tomar para si o encargo do bem-estar espiritual da mulher casada, pois essa responsabilidade é do marido. Se o pastor interferir, o marido tem o direito de opor-se. Deve deixar para o homem a parte que cabe a este da responsabilidade pelo bem-estar espiritual da família. Que ele tome, realmente, o pesado fardo de sua responsabilidade.
Assim como o líder de uma congregação tem que dar contas do progresso espiritual de cada um que está sob seus cuidados, também o chefe de uma família tem que dar contas do estado espiritual em que seu lar se encontra. Tanto Deus como os homens esperam isso dele. O louvor ou a censura que a esposa recebe – suas virtudes ou suas faltas – atingem-no diretamente.

9. Influencia espiritual.
Não é possível e nem correto que outra pessoa tenha maior influência na vida espiritual de uma mulher do que o seu próprio marido. Ele não pode endurecer o seu coração para com a pessoa que foi totalmente confiada aos seus cuidados; antes, o marido precisa sacrificar-se a si mesmo, para poder exercer uma influencia espiritual na esposa e promover a espiritualidade dela.
10. O marido deve cuidar da santificação da esposa.
A esposa foi entregue ao marido como uma pessoa sagrada. É dever dele fazer todo o possível para que ela não só se conserve assim, mas também seja confirmada e aperfeiçoada em santidade. O marido, mais que ninguém, pode ser uma grande pedra de tropeço para vida espiritual de sua esposa; por outro lado, ninguém, melhor que ele, pode incentivá-la a prosseguir. O homem foi designado por Deus para ser, para a esposa, um vaso de bênçãos celestes.

11. Ensinando o que aprendeu.
Ela deve aprender dele o que ele recebeu na igreja para o bem espiritual de ambos. (Ler I Co 14.35) Talvez o conhecimento que ela tem das coisas de Deus seja menor que o dele. Pode haver ainda alguns empecilhos ao seu crescimento espiritual. O marido, tendo ele mesmo já passado por isso, não deve desanimar, nem perder a esperança e nem adotar uma atitude de desconfiança para com a sua esposa.

12. Usando de mansidão.
Com toda a mansidão e firmeza, deve se manter firme naquilo que sabe ser bom. Através dele Deus esclarecerá a esposa, fará com que mude de parecer e a guiará pela vereda certa. O diabo provoca desacordos entre os cristãos. Que o marido fique de sobreaviso para que essas divergências não o afastem de sua esposa. É preciso que ele não se julgue superior a ela em relação aos aspectos básicos da vida espiritual.

13. Laço de unidade.

Deve reconhecer no casamento um laço divino de unidade. À luz deste fato, toda divergência que possa se interpor entre eles é de importância secundária. Que o homem ao olhar para sua mulher, pense com alegria: “Minha missão é ser uma bênção para ela, e não apenas fazê-la feliz aqui na terra. Tenho que me sacrificar para o seu bem-estar eterno. Devo amá-la como Cristo amou a Igreja”.

14. Levando a sério o plano divino.

Um homem que leva a sério o seu papel dentro do plano divino para a família, não fica indiferente ao relacionamento de sua esposa com Cristo e nem foge à sua responsabilidade usando de desculpa dizendo:
“Isso é entre ela e Deus”. Ele reconhece que sua missão, sob a direção do Senhor, é ser o “cabeça” espiritual da esposa”. Como Cristo é responsável pelo cuidado e pelo crescimento da igreja, o marido tem a responsabilidade de cuidar do crescimento espiritual da esposa e dos filhos. Esta comparação está bem clara em Efésios 5. 25-33.

3ª Parte
Marido, ame a sua esposa.

SUBMETA-SE À CRUZ PERANTE ELA

Como é que o marido pode se fazer cumprir sua responsabilidade de cabeça? Dominando a esposa? Fazendo com que ela obedeça às ordens? Obrigando-a a ouvir suas considerações sobre a vida espiritual e sobre os princípios que a regem? Não!. Ele o faz dando-se totalmente por ela; isto é, submete-se à cruz diante dela. Pelo seu exemplo, ele mostra à esposa o que significa morrer para o ego. Faz isso não somente para a sua própria santificação, mas também em benefício dela. Em resumo, ele não a “obriga” e nem mesmo a “guia”, no sentido convencional do termo. Antes, ele a aproxima de Cristo, ao permitir que a cruz atue na sua própria vida.

15. A prática do dia a dia.

Como é que isso funciona na prática? Vejamos um exemplo bem comum: quando os dois se desentendem, o marido deve ser o primeiro a se humilhar e pedir perdão por aquilo que fez de errado. Isto implica em morrer para o ego. Pode ser que a culpa da mulher seja tão grande, ou até mesmo maior que a dele, mas não importa. O encargo do marido é amar sua esposa como Cristo também amou a igreja. Jesus humilhou-se a si mesmo pela culpa dos nossos pecados “sendo nós ainda pecadores”. (Rm 5.8)

16. Renunciando seus direitos pessoais.

Nesta situação, o marido não julga o pecado da esposa e, acima de tudo, não procura prever o efeito que o seu arrependimento terá na atitude dela. Ele se submete à cruz – nega o seu eu e renuncia a seus direitos pessoais – porque esta é a vontade de Deus para ele, como esposo. A porta de entrada para a vida espiritual e para qualquer bênção é o arrependimento. Como chefe espiritual da família, o homem precisa ser o primeiro a se arrepender.

17. Segundas intenções.
O pedido de desculpas do marido não é o motivo para que ele seja tentado a dizer: “Agora que eu confessei o meu erro, você deve confessar o seu”! Mas o marido não pode submeter-se à cruz com segundas intenções. Dispõe-se a isso, e o faz antes dos outros membros da família, porque Deus pede isso dele; porque o Espírito Santo operou nele um quebrantamento profundo e verdadeiro por seu próprio pecado, e sabe que o arrependimento e o perdão representam à única solução.

18. Exortando a esposa.

O marido que se empenha em exortar sua esposa quanto ao dever dela lhe ser submissa à sua autoridade está agindo de forma errada ao que diz a Palavra de Deus.. A missão que Deus lhe confiou foi a de cumprir o seu papel na família e não a de ficar constantemente implicando com a esposa quanto às obrigações dela.

19. A autoridade com sabedoria.

Moisés foi um dos maiores líderes de todos os tempos. Deus o investiu de grande autoridade. Entretanto, a Bíblia o aponta como sendo um “varão... mui manso mais do que todos os homens que havia sobre a terra”. (Nm 12.3) Quando os filhos de Israel se rebelavam contra ele, Moisés ia para o tabernáculo e ali levava o caso a Deus. O Senhor, então, se encarregava dos rebeldes. (Nm 12.10; 16.33) Porém, quando Moisés procurou resolver as coisas a seu modo, descarregando sobre o povo a sua irritação, Deus foi extremamente severo com ele, a ponto de lhe negar o privilégio de entrar com os israelitas na terra prometida. (Nm 20.2-12). A autoridade exercida pelo marido sobre a esposa e sobre os filhos não é a sua própria; vem de Deus. Deve exercê-la com firmeza a sabedoria, mas é Deus quem a estabelece e mantém.

20. Recorrendo a Deus.

Se a esposa e os filhos se revoltarem contra essa autoridade, o marido deve recorrer a Deus, em primeiro lugar em oração.

“Senhor, por que razão não estabeleço minha autoridade nesta casa? O que há em mim, que me torna um instrumento inadequado para cumprir os teus propósitos?”. Paulo afirma:
“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem o cabeça da mulher...” (I Co 11.3).

21. O exemplo de submissão.

Se a mulher é insubmissa ao marido, é necessário verificar se o marido não está sendo um mau exemplo para ela, agindo como um insubmisso a Cristo. Somente quem sabe obedecer está apto a exercer autoridade. Um homem que tenha uma família rebelde deve verificar o seu relacionamento com Cristo. E verificar se ele tem um relacionamento de aquebrantamento, arrependimento, ternura e mansidão. Se isso acontece Deus o honra confirmar sua autoridade no lar.

22. Holocausto diário.

A vida e o amor do marido deve ser “holocausto” diário, um sacrifício do ego.

Oferecer-se assim à família resultará, inevitavelmente, em um sofrimento para o marido e pai; porém, esta é à vontade e a ordem de Deus. Uma promessa do Senhor, que reúne os dois aspectos desta experiência é o verso de João 12.24: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto”.
Assim, afirma a Palavra de Deus: “Maridos, amai vossas mulheres” isso não implica apenas em ele nutrir sentimentos de carinho e ternura para com a esposa; significa que o marido deve morrer por ela, como Cr5isto morreu pela Igreja. Como resultado dessa “morte”, o Espírito Santo produzirá o seu fruto na vida da família:
Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22).

4ª parte
Marido, ame a sua esposa.

EXERÇA A AUTORIDADE COM HUMILDADE

A autoridade foi dada ao marido e deve permanecer com ele; entretanto, o homem não deve considerá-la um direito seu, mas uma obrigação. Ele nunca deve pensar no poder que lhe foi entregue sem pensar também na responsabilidade que pesa nos seus ombros. Deve reconhecer que o domínio lhe é um fardo e deve carregá-lo como tal.

Em casa, tudo deve ser feito de acordo com a sua vontade, (baseado no bom senso), pois a responsabilidade é dele. Que ele não fuja dela, nem deixe de exercê-la por falta de firmeza, já que fugir é impossível.

23. A responsabilidade

O marido terá de prestar contas de tudo que, com seu consentimento acontecer em seu lar. Se tolerar o que é insensato, prejudicial e ofensivo à sua família, não haverá justificativa para ele. De nada lhe valerá alegar que permitiu que o leme escorregasse de suas mãos por amor à paz. Que ele não ouse renunciar à sua responsabilidade com o pretexto de que está procurando evitar o mal de uma discórdia doméstica, pois sua responsabilidade não lhe foi dada por homens, mas por Deus.

O marido deve abster-se de uma irritante demonstração de autoridade; todavia, em todos os assuntos de importância, ele precisa, humilde e sabiamente, mas com firmeza e decisão, manter sua posição de cabeça do lar.

24. Mantendo a liderança.

Uma esposa escreveu certa vez o seguinte: “O importante é que vocês não renunciem à liderança. Não nos entreguem as rédeas. Nós consideraríamos isso como uma abdicação que nos confundiria. Deixaria-nos alarmadas e nos faria retroceder. É bem verdade que às vezes procuramos levá-los a renunciar à sua posição de “número um” em nosso lar.
Essa é a terrível contradição que existe em nós. Aparentemente, estamos lutando com todas as forças para ficarmos com a responsabilidade das decisões; mas no intimo, queremos que vocês vençam. E vocês têm que vencer, pois não fomos feitas para a liderança. Agimos assim só para impressionar”.

25. Respeitando os espaços.

Embora tenha autoridade e responsabilidade sobre tudo o que acontece no lar, o marido precisa respeitar a esfera de ação da esposa no tocante ao desempenho dos encargos a ela atribuídos. Nesta área, a atuação do marido é de supervisionar apenas, deixando a autoridade e responsabilidade imediata com a esposa. A autoridade do marido não será em nada diminuída pelo fato de ele pedir a opinião da esposa ou deixar que ela decida certos assuntos. Será apenas uma questão de bom senso, desde que tais assuntos sejam da alçada dela. É como se o presidente de uma grande companhia deixasse algumas decisões a cargo de seus chefes de departamento.

26. Ocupando a posição errada.

Todo mundo tem certa tendência para querer se sobressair naquilo que está fora de sua alçada, e para mostrar sua sabedoria em assuntos que não lhe competem. Cai nesse erro a mulher que vive ansiosa para fazer valer sua opinião nos encargos mais importantes do marido. Nele cai também o homem que se envolve com as pequeninas coisas da economia doméstica e imagina que as compreende melhor que sua esposa.

27. Apreciando o trabalho da esposa.

A mulher precisa respeitar a autoridade do marido e sua área de ação; e o marido não deve desfazer das atividades, aparentemente corriqueiras, da esposa. Seria uma injustiça da parte dele julgar que o trabalho dela é sem importância. Deve lembrar-se de que é seu dever não somente sustenta-la, mas também trata-la com carinho e delicadeza, respeitando seus sentimentos. Se depreciar o trabalho e as responsabilidades da esposa, também causará a ela uma mágoa profunda, dificilmente reparável.

28. Valorizando a esposa.

Um conselho quanto à atitude do marido para com sua mulher. Existe uma “vitamina” especial que é imprescindível ao bem-estar de toda esposa. É uma coisa que falta, algumas vezes, até em lares cristãos. A valorização da esposa, ela também precisa sentir-se valorizada, e necessita de motivação. Muitos maridos não se dão conta de como é grande essa carência. Desobrigam-se dela dizendo algo assim: “Olha, meu bem, eu me casei com você, não foi?” ou, então “Agora que eu já me casei com você, não preciso continuar namorando; não é?”.

29. Jóia fina.

Em Provérbios 31.10 e 28, o escritor sacro descreve o valor de uma boa esposa dizendo que “excede em muito o de finas jóias... Seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas”.

Marido considere sua esposa um tesouro que lhe foi dado por um Deus generoso. Ame-a. Conceda-lhe honras. Reconheça seus talentos. Mostre gratidão pelo que ela procura fazer, e consideração por seus sentimentos. Procure demonstrar o seu amor por ela, todos os dias, com sinceridade e ternura. Essa “vitamina” diária tornará a vida conjugal muito mais compensadora para ela – e para você.

30. Amai a vossa esposa.

“Maridos, amai a vossa esposa, e não as trateis com amargura.” (Cl 3.19) Nestas palavras, Paulo menciona um defeito encontrado em alguns homens que é pior que todos os outros: a aspereza. Ela acaba com o mais perfeito casamento, mesmo aquele que parecia firme como a rocha. O marido deixa de tomar cuidado com seu modo de agir em relação à “pequenas coisas”, e se permite ser desatencioso em ocasiões quando devia demonstrar amor ternura e o mais elevado respeito.

Age respeitosamente para com qualquer estranho, e é para os de fora que veste suas “melhores roupas”. Entretanto, em casa, ele é uma pessoa totalmente diferente. Seria preferível que magoasse qualquer outra pessoa no mundo, menos aquela que se deu tão completamente a ele.

É dever de o marido procurar alegrar o coração de sua esposa e, através de uma conduta nobre e uma atenção solícita, renovar sempre os laços que os unem. Se ele tem motivos de queixa, que fale com ela, a sós, procurando não ferir os seus sentimentos.

31. Cuidando para não magoar.

Toda censura feita na presença dos filhos e toda reclamação feita diante de estranhos magoam a esposa. Além disso, essa atitude diminui a dignidade do marido. O casamento tem como base a estima mútua, e a cortesia é um dos pontos onde se apóia a estima. É claro que a cortesia precisa ser sincera.

Não pode ser apenas uma ação mecânica, superficial. Todavia, os atos que mostram boas maneiras ajudam o relacionamento, e nenhum casal deve desprezar o seu uso na vida diária. Não se deve ficar indiferente ao problema; boas maneiras não são um incômodo e nem algo ridículo.

O desleixo no trajar e na maneira de falar dentro do lar pode chegar a ser falta de respeito. Sabemos que existe uma estreita relação entre o asseio do corpo e a pureza da alma. Semelhantemente, a negligência das formas aparentes de respeito leva, facilmente, a um menosprezo pela dignidade de si próprio e dos outros.

32. O que recomenda as Escrituras.

Ao exigir que as esposas sejam tratadas com ternura, e respeitadas como co-herdeiras da mesma graça de vida, as Escrituras acrescentam uma admoestação para os maridos:
“... para que não se interrompam as vossas orações”. (I Pe 3.7) É possível que os sentimentos e o amor-próprio da esposa tenham sido feridos pelo marido, e ela carregue no íntimo essa mágoa secreta, que não ousa revelar a ninguém. Existe, porém, um Juiz que está acima de todos e que se interessa por sua tristeza e defende sua causa.

Quando lhe sobrevém um problema, ou nos momentos de meditação, o marido busca a Deus em oração. É então que Deus o leva a perceber como tem agido para com a esposa. Tratou-a mal ou a magoou? Então a sua oração não pode alcançar os céus.

È quando o esposo se dá conta de que os céus estão fechados para ele. Suas palavras como que caem no vazio; morrem ao chegar aos seus lábios. Há algo entre ele e Deus que impede o seu acesso ao trono da graça – a mágoa que causou à esposa. Deus endurece o coração para com o homem, assim como este endureceu o seu para com a sua mulher. Ele foi cruel para com ela e agora precisa aprender que Deus também pode ser severo para com ele.

Talvez ele tenha entristecido o Espírito de Deus ao tratar a esposa como tratou, e agora Deus faz com que experimente grande pesar. Deus agirá com ele da mesma maneira como ele agiu com aquela que foi colocada sob sua autoridade. Não poderá se reconciliar com Deus antes que, com mansidão e à custa de sacrifício pessoal, se reconcilie com a esposa.

33. Aprendendo com Jesus.

A autoridade espiritual é baseada num paradoxo. Jesus disse: “Quem quiser ser o primeiro entre vós, será o último e servo de todos.” Ele mesmo deu uma demonstração prática deste princípio quando lavou os pés dos discípulos.
É extremamente significativo o fato de esse ato de Jesus ter sido precedido das seguintes palavras: “...sabendo este (Jesus) que o pai tudo confiara às suas mãos ... tomando uma toalha, cingiu-se com ela. (Jo 13.3,4).
Plenamente cônscio de sua autoridade espiritual, Jesus lavou os pés dos discípulos. Seu ato tipifica a autoridade espiritual exercida do modo certo. A fonte dessa autoridade não é o orgulho, nem a força, e nem a autoconfiança, mas a humildade. A autoridade de um marido sobre sua esposa e filhos é espiritual, e lhe é conferida por Deus.

Conclusão:

O princípio básico de sua atuação está no mesmo paradoxo ilustrado por Jesus ao lavar os pés dos discípulos e posteriormente, ao deixar-se crucificar. Quem quiser exercer autoridade espiritual deve ser o servo de todos... e estar disposto a morrer em favor daqueles por quem é responsável.
Maridos, amem a sua esposa! Renunciem ao orgulho, ao ego, e aos seus “direitos” pessoais. Sigam o Senhor Jesus até a cruz, e o amor que vem do Calvário – o amor que transforma – florescerá em seu lar!
“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. (Ef 5.25). Grifo do autor.

Pr. Luiz Cezar de Souza - http://www.ensinamentocristao.com.br/
Maio 2007

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Repensando a família cristã

Por Pastor Ismael

Será que não está na hora de fazermos alguma coisa pela nossa família? Temos lá fora uma luta a ser lutada, uma guerra a ser vencida, mas é preciso que nos lembremos que nesse corre-corre da vida, a nossa casa não pode ser esquecida ou negligenciada, sob pena de que de repente comece a ruir diante dos nossos olhos até não haver mais solução, a não ser conflitos , frustrações e por fim a sua fragmentação.

Um caminho seguro para vida em família, é fazer tudo segundo os princípios estabelecidos pelo Criador, aliás, a ausência destes princípios é que levam a família a uma condição de não funcional, onde tudo dá errado e os problemas se amontoam. Veja o que o Senhor diz sobre isso em Jr 7:23 “ Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem”.

E aí, o leitor pergunta, mas quais são estes princípios, para que eu os adote para minha família. Ora, eles são muitos e estão contidos na Palavra de Deus, mas de qualquer forma, quero mencionar aqui apenas alguns para nossa reflexão.

Já no começo de uma nova família faz-se necessário que o homem e a mulher, futuro casal, deixem as pessoas que mais amam, deixem o conforto e a segurança de um lar estabelecido, e comecem a construção de um novo lar. Este princípio pode parecer muito fácil, porém, muitos têm dificuldades de realmente deixar pai e mãe, continuam ligado pelo cordão umbilical e, não raramente, a sogra provoca a separação do casal.

Feito isto é preciso unir-se, ou seja, tornar-se uma só carne, um só pensamento e propósito de vida, caminhando sempre em unidade, procurando sempre um cuidar do outro e assim, ambos ficam protegidos.

O marido suprindo a esposa com afeto e ternura, dentre outras necessidades, e recebendo dela o reconhecimento e um bom sexo. Nisso também o Senhor está, veja Jr 32:36 “ e eu lhes darei um só coração e um só caminho, para me temam todos os dias de suas vidas, para o seu bem e o bem de seus filhos”.

Entender quais são os propósitos de Deus para a família também é importante, porque servirá como uma guia mestra e levará ao sucesso familiar. E os propósitos de Deus são no sentido de que o casal deva refletir aquilo que Deus é, no seu proceder e nas suas decisões, de forma a impactar positivamente o mundo a sua volta.

É só olharmos para o relacionamento de Jesus com sua noiva e entenderemos o que Ele espera de um casal. O casal não deve pensar que eles estão juntos somente por uma escolha pessoal e para a sua alegria particular, não.

É preciso entender o que o Senhor espera deles algo ainda maior. Ele espera que gerem filhos para Deus, e que esses filhos sejam poderosos na terra, conforme o Salmo 112:2 onde se lê : “ A sua descendência será poderosa na terra, a geração dos justos será abençoada”.

Poderosos em que? Poderosos na pratica do bem e da justiça, poderosos em estatura moral, grandes em bondade e graça, ainda que no anonimato ou longe dos olhos da grande massa humana.

Aqui não há promessa de que eles serão conhecidos do grande público, que estarão na mídia, de que serão ícones globais, não, mas apenas que eles serão importantes no lugar e para o lugar onde se encontram.

Pense nisso, uma geração justa gera filhos poderosos, ou seja, pais retos, filhos valorosos. O Criador planejou que as famílias deveriam dominar a terra (Gn1:26) com amor e justiça. Já pensou a vida na terra formada por pessoas que vivem os planos de Deus, que pensam nos mais fracos, que se comprometem com o outro sem dele fazer usura?

Já pensou você vivendo entre pessoas mais tolerantes, mais pacientes, cuja bondade se vê nos atos e a compaixão se comprova quando as coisas não são como deveriam ser, que se preocupam com as crianças e com os velhos?

Essa é a visão de Joel capítulo 2, jovens tendo visões para o futuro como pessoas maduras e velhos voltando a sonhar como meninos. Um dia Jacó, com outras palavras , disse ao seu sogro Labão: “ Será que não está na hora de fazer alguma coisa pela minha própria família? (Gn 30:30 ). Será que não está na hora de nós cristão ampliarmos nossa visão para a família, levando-a a cumprir não somente os nossos propósitos de alegria, mas que ela cumpra os propósitos de Deus e que a nossa casa seja um farol na escuridão, um oásis no deserto, um porto seguro para o perdido?

Que nossas casas sejam nascedouros de pessoas do bem, filhos para Deus, que serão como frechas que acertam o alvo, que cumprem o seu papel planejado pelo Eterno e mais que se reproduzam e encham a terra. Lugar onde o marido não vê na mulher apenas um fonte de prazer, mas uma filha de Deus em missão, uma companheira de caminho que necessita de cuidados.

Lugar onde a esposa está comprometida não somente com seus pensamentos egoísticos de moda e beleza e tantas outras coisas miúdas, mas que crê em algo maior para si e sua prole.

Creio que este é o desafio para os crentes de hoje, uma família bendita, que antes de pensar na sua satisfação material, saibam que tem um compromisso com o Criador, sendo o casal o espelho daquilo que Cristo é com sua noiva, e que a família viva num ninho de amor, um pedacinho do céu, um lugar seguro para o aperfeiçoamento dos filhos.

Busque viver este sonho de Deus. Dê passos concretos nesta direção, tome decisões acertadas, repense e refaça a sua família, com a ajuda de Deus.
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