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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Me chame apenas de Jesus

Por Pastor Nilson Dias

Muitos dos nomes na Bíblia se referem ao Senhor são imponentes e fortes: Filho de Deus, Cordeiro de Deus, Luz do Mundo, Ressurreição e a Vida, Estrela da Manhã, Que era que é e há de vir, Alfa e Omega.

Um nome majestoso, um nome pomposo, que não há palavras que possam explica-lo.

É um nome que se ajusta a toda a humanidade. JESUS.

Nos evangelhos é usado quase 600 vezes. Era um nome comum. Era a forma grega de Josué, Jesua e Jeosua – todos nomes familiares no AT.

O próprio preso, Barrábas, era chamado de Jesus Barrabás.

Se Jesus viesse hoje, ele chamaria, Beto, João, José, Antonio. Seria duvidoso que Ele chegasse aqui com um nome exuberante, ou um nome tipo: REVERENDO ANGELICAL SANTO DIVINO VI, APÓSTOLO JESUS CRISTO, ou coisa assim.

Quando Deus escolheu um nome para o seu filho, escolheu um nome humano. O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Preferiu um nome tão humano que aparecesse duas ou três vezes na chamada da escola.

Ele era palpável, acessível, alcançável. E, ainda mais, ele era comum. Se Ele estivesse aqui hoje você provavelmente não o notaria quando estivesse em meio a uma multidão fazendo comprar, ou andando pelas ruas. Ele não faria as cabeças se voltarem por causa das roupas que usava ou pelas jóias com que se adornava.

“Me chame apenas de Jesus”, se poderia ouvi-lo dizer.

Ele era um tipo de pessoa que você convidaria para assistir um jogo de futebol, ou almoçar com você. Ele brincaria no chão com seus filhos, cochilaria no seu sofá, e faria churrasco grelhado. Ele riria de suas histórias e contaria algumas das suas. E quando você falasse, ele ouviria como se tivesse todo o tempo da eternidade.

Uma coisa é certa. Você o convidaria de novo para ir até sua casa.

Pensar em Jesus desse jeito parece até algo irreverente, não é? Não é algo que gostamos de fazer ou imaginar, sentimo-nos pouco confortáveis. É muito mais fácil manter a humanidade fora da encarnação. Limpar a sujeira em volta do estábulo. Limpar o suor dos seus olhos. Pretender que ele nunca roncou, limpou o nariz ou bateu com o martelo no dedo.

É mais fácil aceita-lo desse modo. Há alguma coisa sobre mantê-lo divino que o conserva distante, acondicionado, previsível.
Mas não faça isso. Por favor, não. Permita que ele seja humano como pretendeu ser. Deixe que ele entre na sujeira deste mundo e o transforme. Pois só se o deixarmos entrar é que ele nos tirará dele.

O estábulo cheira como todos os outros. O mau cheiro provocado pela urina, excremento e ovelhas pairam forte no ar. O chão é duro, o feno escasso. Teias de aranha pendem do teto e um ratinho atravessa correndo o chão sujo. Não podia haver um lugar menos adequado a um nascimento.
De um lado se encontra um grupo de pastores. Eles estão sentados silenciosamente no solo, talvez perplexos, talvez reverentes. Junto a mãe se assenta o pai cansado.
Maria esta bem desperta. Ela não pode tirar os olhos dele. De alguma forma Maria sabe que está carregando Deus nos braços. Ela relembra as palavras do anjo que disse:
“E o seu nome será Jesus. O seu reinado não terá fim.”
A majestade nasce em meio ao mundanismo. Santidade misturada a imundície do excremento das ovelhas. A divindade entrando no mundo no chão de um estábulo, através do útero de uma adolescente e na presença de um carpinteiro.

Ela toca a face do Deus-menino.
Interessante. Num momento Deus se fez homem. Num instante... um momento eterno. O Verbo se fez carne. Veja bem, ao tornar-se homem, Deus possibilitou ao homem ver Deus. Quando Jesus foi para a casa dele, ele nos deixou a porta aberta atrás. Como resultado “transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos”. ( I Co 15.51,52 )
Deus não precisa de muito tempo para mudar uma história, apenas de um momento.

Da próxima vez que alguém disser um momento, lembre-se que é todo este tempo que vai ser necessário para mudar o mundo.

Pense nas implicações disto tudo:

Quando Deus resolveu revelar-se a humanidade o que Ele usou? Um livro? Não. Uma tv. Não. Um igreja? Não. Um código moral? Não. Ele o fez através de um corpo humano.

A língua que ressuscitou os mortos era humana. A mão que tocou o leproso era humana. Os pés sobre os quais uma pecadora derramou o que tinha de mais precioso era humana. Suas lágrimas vieram de um coração quebrado e ferido.

As pessoas se aproximavam Dele. Chegavam a noite, madrugada, o dia todo. Ele tinha algo de extraordinário. Tocavam nele, seguiam-no até o mar, colocavam os seus filhos aos pés dele.

Ele se recusou a ser uma estátua numa catedral, ou um monumento à insensatez, Ele preferiu ser gente, se misturar com a gente, chegar mais perto, Ele escolheu ser JESUS.

Ninguém tinha medo de se aproximar Dele. Ele disse: “O que vem a mim de maneira nenhuma lançarei fora.”

Ele nunca rejeitou ninguém.

Lembre-se disso da próxima vez:

- lembre-se de ficar surpreso com o Deus que se fez gente como a gente
- lembre-se de ficar surpreso com suas próprias falhas
- lembre-se da próxima vez que as acusações ácidas fizerem buracos em sua alma
- lembre-se da próxima vez em que olhar para uma catedral fria ou ouvir uma liturgia morta
- lembre-se que é o homem que cria a distancia. É Jesus quem constrói a ponte.

ME CHAME APENAS DE JESUS.
O melhor modo de preparar nosso Natal é
converter nosso coração em uma linda
manjedoura para o menino Jesus, o Deus Encarnado.

Pr Nilson Dias!!!!
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