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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Filhos para Deus e não para a calamidade - Livro quase pronto

Por Pr Ismael

Está quase pronto nosso livro "Filhos para Deus e não para a calamidade" e publicamos aqui, de forma resumida, o que será este livro.

O propósito ao escrever este livro é trazer a você pai e mãe de filhos uma palavra de orientação e de esperança com relação aos vossos filhos.
Os pais desejam  ter uma família bem ajustada, com filhos saudáveis, física e emocionalmente.Filhos que os encha de orgulho e satisfação por aquilo que são e fazem.Criar filhos para Deus e não para o mundo como costumeiramente se houve por aí.
Ter um filho salvo em Cristo, caminhando na luz e na verdade é um ideal a ser buscado por cada pai, o próprio Pai Eterno olhava para seu filho Jesus e manifestava sua felicidade por ser ele o filho que era, e disse: “eis aí o meu filho amado em quem a minha alma se alegra”.

Pois bem, meu querido leitor, é com este desejo que escrevemos este livro, para quem sabe assim, ajudá-lo nesse mister, e quero crer que lá na frente você também olhará para o seu filho(s) e testemunhará, “eis aí o meu filho amado, eu tenho alegria nele”.

O salmo 112:1-2, “Louvai o Senhor, bem aventurado o homem que teme ao Senhor, e nos seus mandamentos tem grande prazer, a sua descendência será poderosa na terra, a geração dos justos será abençoada.

Veja que há um desejo da parte de Deus que seus filhos sejam maravilhosos, na verdade, que eles sejam poderosos sobre a face da terra, que eles sejam um nome no lugar onde habitam, objetos de admiração. Mas então, se é assim, porque alguns filhos de pessoas boas acabam se transformando em motivo de tristeza para seus pais. Teriam eles gerados filhos para a calamidade, para a vergonha, confusão, tragédia?

Onde foi que erramos? Eles se perguntam .

Filhos são razões pelas quais um  casal dá o melhor de si, para que sejam vencedores, mas às vezes, as coisas não acontecem como se esperava, alguns se envolvem com as drogas, tráfico, outros já estão numa cadeia ou na ociosidade.

Na tentativa de encontrar algumas explicações e entendimento, vamos, inicialmente, falar sobre alguns tipos de paternidade.

Trataremos aqui de três tipos de paternidade:

1-Paternidade permissiva.

2-Paternidade autoritária.

3-Paternidade bíblica.

A educação que oferecemos, a paternidade que exercemos são fatores determinantes, que vão apontar quem nosso filho será amanhã.

A bíblia diz que eles, nossos filhos, são como flechas na mão de um guerreiro, portanto, é o pai guerreiro quem lança tais flechas para que acertem o alvo.

Os dois primeiros tipos de paternidade são extremas, e por serem assim,quase sempre o resultado não é o desejável.

Veremos a seguir, cada uma delas:

Paternidade permissiva

Na paternidade permissiva, aquela que é centrada no filho, os pais não querem que eles experimentem nenhum tipo de sofrimento, então, tornam-se provedores e protetores em um nível muito acentuado, prejudicando a formação e o amadurecimento dos pequenos.

Os grandes vencedores, homens de sucesso, pessoas que conquistaram na vida, são exatamente aqueles que enfrentaram dores e faltas em algum momento da vida, mas que encontraram forças suficiente para a superação.

Pais que passaram por muitos sofrimentos e acabaram vencendo de uma maneira ou outra, são os que não querem ver seus filhos sofrendo, então, exageram na dose.

Quando evito que meus filhos tenham adversidades para enfrentar , acabo atrapalhando a sua maturidade, não permitindo que ele lute e vença, e a capacidade de vencer começa a acontecer nas pequenas coisas da vida, nas primeiras quedas de uma criança.

O papel dos pais é ser uma fonte de motivação e consolo, sempre encorajando para que seja um bravo.

O poeta Gonçalves Dias diz que “ a vida é combate que aos fracos abate, aos fortes e aos bravos, só pode exaltar”.

Na paternidade permissiva, os filhos, são tratados como “pequenos reis” , são “senhores da casa”, os seus pais vivem em função deles.

Filhos educados assim pensam que as pessoas existem para servi-los, que todos em sua volta são seus súditos e lhe devem obediência e corresponder aos seus anseios, e pior, levam isso para a fase adulta da vida.

Quando adultos têm dificuldade de aceitar um “não” com tranquilidade, pois passaram a vida recebendo somente o sim. E aí começam as dificuldades no convívio com as pessoas.

É comum vermos pais que fazem dos filhos o motivo, a razão de existir da família, mas fazem isso com tanta intensidade que o relacionamento conjugal fica abandonado, podendo, inclusive trazer sérias consequências e até mesmo uma separação.

Eles, por amor e pensando no bem dos filhos, canalizam todo o seu tempo e energia a eles, não investem na relação conjugal, e quando dão por si, perderam a proximidade, e por conseguinte a intimidade.

O caráter é forjado nas experiências difíceis da vida que enfrentamos, daí a necessidade deles terem suas próprias experiências, com vitórias e derrotas, cabendo aos pais uma supervisão e apoio, mas não se deve viver a vida dos filhos, “fazer com eles” é algo bom, mas “fazer por eles” não é salutar.

O homem do campo observa o nascimento de um potrinho, que já nasce com uma queda ao se desprender a bolsa do corpo de sua mãe, mas que tal queda tem o seu papel de romper com o tecido da bolsa e assim o filhote sai para a vida. Em alguns minutos ele estará em pé e quando tentar andar cairá, e se levantará por diversas vezes, até que se firme sobre suas patas, mas quando ele pensar que já pode correr, nova queda o aguarda, e assim, com diversas quedas e tentativas ele vai se fortalecendo , se firmando, ganhando experiências, e em pouco tempo correrá junto com sua mãe pelos campos da vida.

Num lar de pais permissivos, o filho acaba se desvirtuando e suga os pais, se comportam como parasitas, que só fazem coisas com base na barganha, pensam que devem ter boas razões para fazer isto ou aquilo,carregam o pecado do “euismo”, são egoístas, e perdem a sensibilidade para com o próximo.

Muitas são as moças que quando se casam não sabem fazer nada, quando muito sabem fritar um ovo, porque seus pais pensando em facilitar-lhes a vida não ensinaram e não mandaram fazer. Até a arrumação do quarto, a organização de suas coisas pessoais, era a mãe quem fazia. Essa mãe não está treinando a filha para a vida, mas para o fracasso.

Os pais devem introjetar no coração de seus filhos algo chamado “disciplina consciente”, que é a obediência sem necessidade de imposição, é a iniciativa de fazer o que deve ser feito, e isso não vem junto com a criança quando ela nasce, precisa ser trabalhado.

Em Eclesiastes, capitulo 8:11, diz: “Visto que não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens, está inteiramente disposto a praticar o mal”, aqui fala daqueles casos onde o filho manda nos pais, não obedece de pronto as suas ordens, e passam impune.

Salomão aconselha: “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá.” Provérbios 23:13. Ele via a correção de atitudes como uma necessidade, e que deveria ser feito de pronto, logo quando acontecer o fato.

É verdade que hoje em dia se questiona os métodos corretivos aplicados pelos pais aos filhos, obviamente que o castigo desmedido é maléfico e não deve ser empregado, porém, no outro extremo está a sua ausência completa.

O Dr Isami Tiba, um especialista na educação de filhos, é categórico em afirmar que os pais devem tomar as rédeas da vida dos filhos, como uma maneira de treiná-los para a vida, veja algumas coisas que ele diz:

-Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
-Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que engolir também.
-O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.
-A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe não pode interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.

Infelizmente não somos treinados para sermos pais, assim como não somos treinados para sermos maridos ou esposas, as coisas vão acontecer na prática, no momento em que se fizer necessário, mas isso não serve como desculpa para não darmos o nosso melhor, não podemos nos conformar com o pouco achando que é assim mesmo, não, o nosso papel enquanto pais é nos esforçarmos para ter o entendimento correto acerca da vida e assim lançaremos cada um de nossos filhos na direção dod alvo. Da mesma forma não podemos nos dar por vencido quando as coisas não deram certo, pois sempre há tempo para corrigir a rota. O primeiro passo é assumir o comando e não terceirizar o seu ministério de pai .

Paternidade autoritária



É preciso estabelecer a diferença entre autoridade e autoritarismo, sendo a primeira algo bom, necessário, que dá equilíbrio aos relacionamentos, ao passo que o autoritarismo afasta as pessoas, dificulta o trato.

Os pais devem ter autoridade, porém, não devem ser autoritários, sob pena de perderem seus filhos para o mundo, para o traficante, para o mal marido, e assim por diante.

Paternidade autoritária é aquela que dá muita enfase nas proibições, usa de maneira excessiva de expressões como, “não toque”, “não faça”, “não vá”, “está proibido”.

Geralmente um pai autoritário não gosta de dar satisfações para os filhos, ele é do tipo “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”.

Tal comportamento pode levar o filho a uma rebelião quando na fase da adolescência.

É mais interessante que o pai diga “não”, mas acompanhado do “porque”. Por exemplo: “ Não quero que você vá a este evento, pois não é apropriado para sua idade”, evitando: “Não quero que você vá, porque não quero e pronto”.

Quando o pai diz “não”, acompanhado do “porquê” , ele pacifica o coração do filho, do contrário, ele semeia descontentamento e rebelião que vai se manifestar lá na frente.

Um pai não se torna menor na sua autoridade ou no seu valor, quando dá satisfações ao seu filho, mas, sim, conquista o coração dele.

Filhos, conforme diz o Pastor Josué Gonçalves, não se perdem na rua , mas, dentro de casa.

Autoritários não dão satisfação, não se importam muito com o sentimentos dos outros, são pessoas inseguras, intratáveis, não trabalham com a reconciliação, com a segunda chance, e nem sempre são modelos de comportamento, muitas vezes são hipócritas, e se tem algo que um adolescente não tolera é este vício de caráter.

O grito e a cara feia são seus melhores argumentos, a truculência é a sua fiel companheira, só que não são suficentes para sustentar um relacionamento paternal, alguém pode manter os filhos sob obediência por um tempo, mas não por todo o tempo, utilizando-se de tais expedientes.

Pai que cobra quando o filho mente, mas que é mentiroso também, deve saber que haverá um momento que o filho não aceitará passivamente tal situação e daí a rebelião se manifestará.

O autoritarismo realmente não é bom, é algo prejudicial, que esfria relacionamento, o filho não tem alegria em estar com o pai, não cria vínculos mais fortes, e a obediência se dá por medo.
Essa paternidade é falha, e dentro de um lar cristão, ela é inconcebível.

Filhos que não dão certo na vida não necessariamente foram frutos de um relacionamento ruim com os pais, mas estes por serem aqueles que conduzem a vida da família, tem uma responsabilidade enorme, de oferecer o melhor que se possa fazê-lo, que é uma educação positiva, equilibrada, com relacionamentos amorosos, sem provocar irritação nos filhos, esse é o dever de pai, possibilitar que o filho seja um vencedor.

Há que se considerar que existem filhos mais fáceis de se educar e conviver, e há aqueles mais difíceis, daí a necessidade de se ter a melhor paternidade para haja uma normalização no resultado educacional deles.

Os filhos mais difíceis necessitarão de um pouco mais de atenção e estímulos para superarem suas deficiências. Dr Ross Campbell, psiquiatra cristão, autor do livro “Filhos felizes”, ensina que se um filho “fácil” de criar nasce em uma boa família, então ele será bem sucedido, se ele nasce em uma família não muito funcional, de alguma forma desajustada, onde os pais não são amorosos, então, ele terá um prejuízo e algumas dificuldades para chegar lá como um filho vencedor, mas que por ser um filho de fácil relacionamento ele pode ainda sair-se bem na vida.
Suponhamos que um filho “difícil” de se criar, nasce em uma família amorosa, ajustada, então, ainda que haja alguma dificuldade, ele irá se amoldar ao amor da família e será um sucesso. Agora, se um filho difícil, nasce em uma família pouco amorosa, ele tem tudo para dar errado na vida.

O que não se pode é dedicar mais amor aquele que é fácil em detrimento do outro filho que é o complicado da família, e nesse sentido, há um tendência dos pais em darem mais amor e cuidado para aquele que é mais doce,tratável, esforçado, capaz, ou coisa assim, e dessa forma o filho “difícil” tem a sua situação piorada.

Filhos devem obedecer os seus pais e estes não podem irritar os filhos, esse é o preceito bíblico para a família (Efésios 5), sendo que eles devem obedecer por entenderem a importância disso e não por medo de represálias.

Pai não pode ser um frouxo nas suas decisões e determinações, mas não precisa ser um déspota dentro de casa. Muitos são os adultos de hoje que se ressentem de uma falta de disciplina quando mais novos. Encontrei alguém que disse: “ Se meu pai tivesse sido um pouquinho mais duro, hoje eu não seria um viciado em alcool”. Disciplinar é preparar para a vida.

No próximo post falarei sobre a paternidade bíblica, centrada nos ensinamentos de Deus.
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