SEGUIDORES

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Deus porque o Senhor não cuidou do meu casamento?

Um dos questionamentos mais frequentes que cristãos fazem quando de uma separação conjugal com o qual não concordavam é este: "Deus porque o Senhor não protegeu o meu casamento?" Vamos tentar responder tal pergunta.

A primeira coisa a ser entendida nesse contexto de desencontros é que Deus não é teu inimigo e muito menos é o culpado pelo acontecido. A pior coisa que se pode fazer numa crise dessas é se revoltar contra Deus. Como dizia um amigo:
“Se eu perder Jesus, perco tudo que tenho, pois Ele é tudo para mim”.
Depois é preciso entender que Deus não prometeu uma vida só de regalias, conforto e paz. Ele falou sobre inimigos, dores, sofrimentos, ventos e tempestades. Falou também que estaria conosco, independente do momento.
Ademais, a vida não se desenrola num “spa”, mas sim, num campo de batalha.
E como dizia o poeta Gonçalves Dias,
“ A vida é combate que as fracos abate, aos fortes e bravos só pode exaltar”.
Deus deixou segredos reveláveis aos seus íntimos, àqueles que creem e buscam. Tais segredos são os condutores de sucesso na vida, especialmente na vida em família.

Em toda a Bíblia temos regras, caminhos e exemplos para a vida conjugal, bons e maus. O que dizer, por exemplo, da doçura e romantismo de um Salomão no seu relacionamento com Sulamita, ou, que dizer da disposição dela para o sexo com seu amado ou da forma carinhosa como ele lhe dirigia a palavra.

Ler Cantares traz um aprendizado fabuloso, e, no entanto, quantos casais cristãos passam a vida sem o ler, não é mesmo?

Pois bem, nesse livro e em outros, Deus oferece princípios e valores, o Senhor dá dicas, por assim dizer, mas Ele não vai fazer o papel de marido ou de esposa. Cada casal deve cuidar de si mesmo sempre com mutualidade, companheirismo, compromisso e ternura.

Cuidar bem do relacionamento é agir preventivamente, é um investimento. Quando se tem um casal, onde a esposa se sente amada pelo seu homem ,e este , respeitado e admirado pela sua esposa, então, o amor estará protegido. Além do respeito, um homem precisa estar satisfeito sexualmente, tendo sempre ao
seu lado uma companheira agradável para com ela compartilhar sonhos, aspirações, lutas, sucessos e fracassos. Tudo isso é saúde para o relacionamento, faz bem.

Isso não quer dizer que nunca vá ocorrer o pior, mas anula os argumentos, as justificativas para o erro, diminui a chance de se falhar e cair no pecado.

O que não se pode faze é transferir para Deus a responsabilidade pelo bom ou mau andamento de um casamento, isentando o comportamento humano de culpa ou de glória.

É bem verdade que “Se o Senhor edificar a casa em vão trabalha os edificadores” (Sl 127:1). Aqui fica claro que é Deus quem edifica uma casa, porém, em nenhum momento mandou o Senhor que os edificadores parassem com seu trabalho por ser desnecessário. Essa é a parte humana da relação. E é sobre os humanos edificadores que Deus dará graça para uma jornada feliz.

Deus pode estar abençoando um casamento ao mesmo tempo em que o casal, trabalha para sua destruição através de condutas não recomendadas. O casal pode estar jogando contra si mesmo, tornando-se o seu próprio inimigo, o pior deles.

O que o Senhor promete é estar conosco em todos os momentos, nos montes ou nos vales. Em alguns casos teremos libertações prévias, cuidados especiais e em outros não.
Deus, por vezes, nos leva nas “asas da águia” e esse é o tempo do voo panorâmico, tempo bom. Já outras vezes, provoca turbulência, abana suas asas sobre a qual nos conduz e nos obriga a “voos forçados” para que o aprendizado aconteça.

 É a forma Dele trabalhar, mas o que importa é que nunca nos deixará espatifar no chão, sempre nos arrebatará sobre suas asas e nos levará de volta para o alto, assim como faz a mamãe água.

Outra coisa que Deus assegura é que todas as coisas irão contribuir para o bem daqueles que amam a Deus e a sua justiça e que são chamados segundo o seu propósito. Significa dizer que mesmo do mal, Deus pode extrair o bem. O mal, ainda que indesejável, pode se transformar num “start” para o bem, no caso aqui, mudanças positivas na vida do casal.

Outro dia ouvi um comandante de aeronave dizer que um para um Boeing cair é necessário que vários erros aconteçam ao mesmo tempo. Não quero encontrar culpados para o adultério, mas geralmente, uma sequência de falhas deve ter ocorrido, assim como no caso do Boeing. E, às vezes, erros são cometidos também pela parte ofendida.
No caso de uma esposa, a negligência, abandono emocional, abandono social, falta de sexo, ausência de carinho, afeto e ternura, são indicadores de que algo ruim possa estar para acontecer a qualquer momento, pois a mulher assim, torna-se emocionalmente vulnerável. E sabemos que nisso o inimigo de nossas almas é astuto, ele prepara a oportunidade, cria situações e momentos.

Os maridos, por sua vez, são ainda mais suscetíveis a cair em adultério, de um lado há uma pornografia obrigatória que o encontra todos os dias, na propaganda da TV, no jornal escrito, no noticiário esportivo, na banca de jornal, no “outdoor” da praça, enfim, ele não precisa procurar por ela, é a pornografia quem o encontra. De outra sorte, ao seu redor está cheio de mulheres com problemas de caráter se oferecendo, mostrando-se disponível, e em meio a tudo isso, ele, que acha que tem fortes razões para ter suas próprias experiências extraconjugais.

Vamos acompanhar o caso abaixo, é como uma tragédia anunciada, algo que vai dar errado dali a pouco, pois as ações que mantém alguém fiel já não existem e o casamento está sustentado tão somente no bom caráter do cônjuge.Leia este depoimento de um marido:

“...desde o início de nosso casamento, até hoje, a minha esposa não se sente atraída por mim sexualmente. Às vezes toco nela, mas parece que tenho espinhos em minhas mãos. Ela sente-se incomodada com meus toques, parece que estou sufocando-a. Uma vez, com um ano e pouco de casados, ela me disse que não tem vontade em ter relação sexual comigo. Quando ouvi aquilo, parecia que entrou uma faca em meu peito. Eu sou uma pessoa carinhosa, procuro elogiá-la, beijá-la, dar lhe presentes, fazer suas vontades, trazer recursos financeiros para suprir nossas necessidades, protegê-la e amá-la. Sei que a mulher precisa de carinho, sentir-se segura e amada. Procuro fazer isto, mas recebo frieza da parte dela. Ela diz que me ama, mas não sabe o que acontece. Quando ela deita, vem um sono incontrolável nela. Eu a toco e ela nem se mexe. Não recebo carinho, nem beijo, nada, vivemos como se fossemos dois irmãos. Às vezes me sinto como se eu fosse uma pessoa estranha, tentando me relacionar com ela, como se ela fosse forçada a ficar comigo, é horrível...”

O que esperar desse relacionamento. Até quando este marido vai se segurar. Vou responder: Até o dia que a oportunidade de um adultério bater em sua porta.

“A alma farta pisa o favo de mel, mas para a alma faminta todo amargo é doce.” Pv.27.7

O sábio Salomão está dizendo que quando alguém está suprido em suas necessidades alimentares ele despreza o precioso mel, entretanto, aquele que está com fome até o que não é tão apetitoso, se transforma em objeto de desejo.

E assim acontece também com as necessidades sexuais e emocionais do casal. Ela precisa de afeto, ternura e de carinho (e claro, de sexo, afinal ninguém é de ferro) e o marido carece de um bom sexo. Quando isso acontece, o amor estará protegido e as possibilidades de um adultério diminuídas.

De tudo, se depreende que Deus protege o casamento através da sua multiforme graça, entretanto, o marido ou a esposa, tem que fazer a sua parte, conviver segundo princípios e valores que dão sustentação, que os mantenham próximos um do outro, se cuidando mutuamente, respeitando suas individualidades, mas acima de tudo, se amando.

Abraços, Pr Ismael e Pra,Cleire. "Fiquem com Deus, fique em família" Palestrante para casais e famílias.

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...