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sábado, 28 de março de 2009

A fé e o casamento.

Por Cristianismo Hoje

A fé faz bem ao casamento

Pesquisa revela que cônjuges religiosos tendem a ser mais fiéis.

Um estudo que acaba de ser divulgado nos Estados Unidos está dando o que falar. Pesquisadores da Universidade do Colorado analisaram cerca de 2,3 mil pessoas casadas para identificar quais fatores familiares, comportamentais e psicológicos predispõem ao adultério.

Além das conclusões óbvias – como a insatisfação conjugal –, a gravidez da companheira é um fator de risco para a traição masculina.

Ou seja, maridos, felizes ou não com o casamento, têm maior chance de serem infiéis se suas mulheres estiverem grávidas. No entender dos especialistas, isso acontece porque, durante a gestação, é comum que o ritmo sexual do casal seja alterado. Além disso, a idealização da figura da mãe, sobretudo na cultura ocidental, colabora para a redução da libido.

Outra conclusão da pesquisa é de que a religiosidade de um dos cônjuges, um de ambos, serve como fator de proteção contra as escapadas. Ao que parece, as restrições religiosas, assim como a noção de que a infidelidade tem um caráter pecaminoso, resultam em casais mais fiéis. A pesquisa não fez distinção entre o credo dos voluntários, mas de modo geral, todos os que têm vivência religiosa – como o hábito de frequentar cultos e orar – mostraram-se bem mais zelosos pela manutenção do casamento.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Viagra Natural (Tribulus terrestris)

Esta públicação é apenas uma dica para pessoas que tem problemas de disfunções sexuais, como impotência, falta de libido e outras. Não vendemos remédio e nem tampouco estamos receitando, estamos apenas trazendo a informação.

Na internet você encontra muitos sites que tratam do assunto.

Considerando o preço dos medicamentos já tão difundidos como viagra, ciallis e outros, bem como, seus efeitos colaterais é que entendo interessante conhecer o "Viagra Natural" como ficou conhecida erva "Tribulus terrestris".


Produto regularizado na ANVISA MS: 4200098 De acordo com a resolução 23 de 15 de março de 2000

Os pesquisadores já descobriram que a Tribulus terrestris (Base do BI AGRA eferfecente) pode elevar significativamente os níveis dos hormônios LH e da testosterona.

Estudos demonstram que o tribulus terrestris (base do BI AGRA efervecente), auxilia, tanto homens e mulheres na:

IMPOTÊNCIA SEXUAL
FALTA DE LIBIDO
FRIGIDEZ
DISFUNÇÃO ERETIL
REDUZ EFEITOS MENOPAUSA

Pesquise a respeito e principalmente consulte seu médico.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Minha esposa já não quer transar comigo. Porque será?

1 CORINTIOS 7:3-5
"O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido.

A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa.

Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência."

Neste estudo estaremos tratando dos problemas femininos emocionais que impedem ou inibem o desejo sexual dpor seus esposos.

Atenção!!! – O tema abaixo não e pregação. É uma breve terapia sexual cristã. Se te ofende o tema sobre sexo te aconselho a não ler.

O sexo foi criado por Deus e não pelo diabo. O sexo não foi planejado somente para a procriação como muitos erroneamente ensinam por ai, mas sim para a realização emocional, física e espiritual do ser humano. Obviamente estamos falando do plano de Deus para o sexo dentro do matrimônio.

Primeira de Coríntios 7:3-5é uma expressão aberta sobre a vontade de Deus para a vida sexual de um casal. A Palavra abertamente fala no versículo 5 "Não vos recuseis um ao outro"...Isso está se referindo ao sexo; em outras palavras: "Não se privem de fazerem sexo, não deixem de ter relações sexuais...", E mesmo se deixarem que seja por pouco tempo em comum acordo... E voltem logo a coabitarem.. A terem relações sexuais... Isso é bom, o ser humano necessita, e aqui nessa passagem vemos o sexo como uma orientação de Deus para que o homem o faça.

E isso que o apostolo Paulo por meio do Espírito Santo transmite nessas palavras. Qualquer teólogo que falar diferente é porque ele estará desviando-se do contexto real. O sexo não é pecado, não é sujo, nem deve ser culposo ou limitado de formas, vezes ou posições dentro do casamento. Isso não é bíblico. Contudo se você não tiver conhecimento poderá facilmente ser manipulado por "homens de Deus" que tiram um versículo fora do contexto bíblico para justificam o que pensam ser correto.

Porque o sexo é capaz de satisfazer o homem em corpo,alma e espírito?

O ato sexual produz uma verdadeira revolução em nosso organismo:

O desejo libera hormônios sexuais (estrogênios na mulher e testosterona no homem) e adrenalina. A circulação sanguínea aumenta e a região genital se preenche de sangue e se dilata (na mulher a vagina incha e no homem seu membro fica ereto). Quando a excitação vai crescendo a endorfina (responsável da sensação de prazer) entra em ação, alcançando o nível máximo no orgasmo. Na mulher durante o clímax também é liberado a ocitocina, responsável da contração do útero. Neste momento de máximo auge as células nervosas do cérebro descarregam seu conteúdo elétrico provocando, no momento que passe, o relaxamento físico total.

Impressionante, não? Pois este ir e vir de hormônios e de fluxo sangüíneo faz que o corpo reaja positivamente a tudo. A endorfina liberada no momento sexual diz ao teu corpo que tudo está bem contigo,se seu corpo fica bem, sua alma (emoções, intelecto, vontades) ficam bem e se corpo e alma estão bem o seu espírito naturalmente estará em paz. Por isso sexo foi planejado por Deus para o homem,para que tenha harmonia e bem estar em todas as áres. Casamento sem sexo, com algumas excessões, não sobrevive.

Ouço freqüentemente queixas de maridos e esposas (cristãos e incrédulos) que reclamam de que seus cônjuges já não querem manter relações sexuais com eles. No estudo de hoje será direcionado ao homem.

Há um serie de fatores que podem levar a mulher a perder o desejo sexual. É necessário que você - esposo - entenda que há 2 fatores chaves que poderão estar causando a perda do desejo sexual em sua esposa.

Estes fatores podem ser de origem EMOCIONAL E/OU ORGÂNICOS (FISIOLÓGICAS).
Hoje falaremos somentos dos problemas emocionais.

Fatores emocionais comuns – PERDA DO DESEJO SEXUAL POR QUESTÕES EMOCIONAIS.



Para que o prazer sexual da mulher seja ativado é necessário que uma série de fatores estejam em ordem dentro de seu cérebro. Embora o prazer sexual possa ser iniciado por meio da estimulação ou contato de um órgão externo, a mulher somente será tocada prazerosamente quando o estimulo subir ao sistema neural e este liberar que tudo em si está aberto e bem ao prazer e ao seu parceiro.

Geralmente a mulher que estiver experimentando:

•SENTIMENTOS DE CULPA; PRESSÃO;
•REPRESSÃO; VERGONHA;
•DOR; EXPERIÊNCIAS TRAUMÁTICAS;
•PREOCUPAÇÕES NAS FINANÇAS;
•DEPRESSÃO; TRAIÇÃO; ANSIEDADE;
•BAIXA ESTIMA; STRESS;
•FALTA DE CARINHO E ROMANCE; E OUTROS.

...Será incapaz de desempenhar-se sexualmente com satisfação. A ocorrência de qualquer um dos fatores mencionados acima impedirá em muita das vezes que a mulher atinja um orgasmo (o ponto Maximo de prazer no ato sexual –"o gozo"), e sem o orgasmo o sexo se torna frustração para a mulher. Além disto, por exemplo, é quase impossível a mulher se soltar e relaxar no sexo (o que causaria o desejo, excitação, lubrificação) pensando nos problemas, nas afrontas, nas decepções e etc. É VÁLIDO ENTENDER QUE o homem se excita rapidamente e para ele sexo não é emocional o que não é o caso da mulher. Enquanto você consegue ter uma ereção dentro ate mesmo de situações adversas, a mulher não consegue ter uma resposta sexual se seu psicológico não estiver em paz.

O importante é você saber que sua esposa não perdeu o interesse por sexo simplesmente porque não gosta mais. Pelo contrário, no lugar de você ficar irado cobrando o sexo, você deverá sentar com ela para buscar entender o que está acontecendo intimamente com ela, ser gentil e amável para saber que é uma fase que ela está passando e que pode ser remediada. Geralmente o próprio esposo e seus comportamentos é o fator que está causando isto, sendo assim é necessário o dialogo e concessão da parte do esposo para atender uma certa necessidade, carência ou demanda.

Eu listei uma serie de fatores acima que poderiam estar causando isto. Agora a responsabilidade está em suas mãos para caminhar com ela dentro dessas possíveis causas, buscando a solução para que ela se sinta segura, em paz, e com comodidade e liberdade dentro do sexo. Uma vez que você identificar a raiz - o problema estará solucionado, pois você será inteligente para suprir a necessidade emocional dela. As vezes basta uma palavra de segurança, como: " MEU AMOR TUDO ESTARÁ BEM, FIQUE TRANQUILA, VAMOS PASSAR POR ESSA JUNTOS E SAIREMOS ADIANTE".

O principal fator que tem destruído muitos casamentos e assassinado a vida sexual de muitos casais cristãos ou não é a falta de romantismo e carinho da parte dos homens. 95% das queixas que escuto da parte das mulheres estão relacionadas a que seus companheiros não são carinhosos, com isso todo o equilíbrio emocional na mulher para a hora do sexo é bloqueado. Como poderá a mulher ter prazer se o homem já busca direto a penetração e seu gozo? E é isto que faz a insensatez e insensibilidade de muitos homens. Uns brigam, maltratam, desprezam o dia todo ou a semana toda depois querem chegar e encontrar uma esposa sorridente e prazerosa... foi se o tempo das Amelias.

O carinho e o romance na hora do sexo - Eliminará o stress do dia a dia e ajudará a sua esposa a descontrair-se, deixando para trás as preocupações e ânsias. Levantará a auto-estima dela por sentir-se amada e valorizada – e não somente um objeto de prazer. O carinho suprirá a dor e medo de experiências passadas cooperando para que ela se entregue totalmente, por meio da confiança, ao seu parceiro.

O tempo de reação sexual da mulher – É diferente do que a do homem. O homem se excita com facilidade e esta pronto para a ação, a ereção é a resposta da excitação do homem, contudo a mulher é diferente e necessita tempo para se excitar, na mulher Na mulher, a excitação é demarcada pela produção de uma secreção responsável pela lubrificação vaginal. Mas a resposta sexual feminina não aparece apenas nos genitais. Ela é um continuum de todo o corpo frente a estímulos: É onde deve entrar os jogos sensuais com tua esposa, o erotismo não e pecado, é apenas um jogo de sedução que poderá envolver danças sensuais, lingerie, comidas e principalmente os toques estímulos das partes de ambos corpos que você poderá usar na hora da sua intimidade. Qual é o tempo que você pratica de preliminares com sua esposa? O que é uma preliminar? São os jogos de caricias e toques manuais e orais que você deveria estar praticando com sua esposa. ISSO NÃO É PECADO, NEM LUXURIA, NEM LASCIVIA.

As caricias e toques levam a mulher ao estimulo e entrega completa mais rápida. Muitas mulheres que freqüentemente fazem sexo por sexo não conseguem uma própria excitação falhando assim em alcançar os 4 pontos vitais da resposta sexual feminina que são: DESEJO, EXCITAÇÃO, ORGASMO E RESOLUÇÃO. É quase impossível sua esposa alcançar esses quatro estágios se você somente quer chegar e penetrar e sair logo da cama para o chuveiro. A falta desses 4 pontos do ciclo de resposta sexual feminina causará insatisfação sexual nelas, e muitas vão perdendo a vontade pelo sexo pelo fato de que se sentem somente como objetos que proporcionam prazeres.

Você necessita fazer o que for necessário para excitá-la ao máximo antes mesmo de penetrá-la. Enquanto você busca a penetração como o ponto chave do prazer a mulher busca o carinho, o toque, a sensualidade. Sendo assim mude seu enfoque. Agora é reconquistar o sexo com ela.

O cristão que fala que sexo oral é pecado é por que lhe falta interpretação bíblica, ou nunca interpretou o livro dos cantares de Salomão, ou pior, vivem como papagaios que seguem repetindo aquilo que aprenderam de seus pastores, que aprenderam de outros e de outros mas não da bíblia, e sim de princípios e conceitos e doutrinas humanas.

Muitos cristãos por falta de ensinamento, tabus, culpas e temores onde não deveriam existir fazem de suas vidas sexuais uma tragédia e pesadelo onde deveria esta acontecendo o prazer. Normalmente a mulher perde o interesse no sexo porque seus parceiros não são bons amantes, essa é a verdade. Não queira ser tão espiritual a ponto de perder o balance da vida. É muito comum o homem ou a mulher querer ter uma santidade excessiva e extremista ao ponto que chegam a interromper o sexo e isso não é bíblico. Como disse o reconhecido pastor Silas Malafaia em seu video "Sexualidade crista", "aproveite sua esposa e faça o que você tiver de fazer pois e só essa que Deus te deu." – E Eu te aconselho a comprar este vídeo, pois ele fala abertamente e biblicamente daquilo que muitos pastores não tem coragem de falar. O silêncio e ignorância do povo de Deus sobre o sexo causam mais danos do que os próprios pecados em decorrência do sexo, pois imputam uma consciência de culpa em muitos lugares onde não há culpa.

CONCLUSÃO
Aprenda a ser um amante e não um dominador. Troque o egoísmo do seu próprio prazer e passe a conhecer o corpo dela; onde ela gosta de ser tocadas, as partes que a excitam, os movimentos, as posições. Sobre todas as coisas, seja compreensivo e disposto a mostrar-se carinhoso e romântico em todas as vezes que fizerem amor. NÃO EXISTE O LANCE QUE CRENTE NÃO PODE FAZER OUTRAS POSICÕES NO SEXO FORA DO PAI E MAMÃE. EXPLORE E DESCUBRA SEUS CORPOS (1 Cor. 7:4)

Seja variado. Muitas mulheres já podem prever o que, e como será o sexo. Sendo assim matará nela qualquer expectação de que algo gostoso e novo poderia acontecer. Se você deseja restaurar sua vida sexual comece por identificar o que esta acontecendo com ela dentro daqueles pontos que citei acima. Depois inove e aprenda a amar. Leia sobre o tema de sexualidade (não imoralidade) e veja como realizar sua esposa e a você mesmo. Seja apartado para Deus, seja santo em tudo, não se misture com o mundo... mas não mate sua vida sexual nem coloque barreiras onde não há.

Nessa primeira parte falamos sobre os problemas emocionais. Busque pela outra seqüência e falaremos dos problemas orgânicos e fisiológicos que podem estar inibindo o desejo sexual de sua esposa. Estarei falando em meu próximo artigo sobre os problemas de disfunção sexual feminina que muita das vezes é ignorada. Para você ter uma idéia de cada 10 mulheres que sofrem de disfunção sexual 5 nem sabem de seus problemas e pensam que é normal o que estão passando. Como disse a palavra de Deus "Meu povo perece por falta de conhecimento.

Pr. Wanderson da Silva

Pastor Ordenado pelo Ministério: BIBLE MINISTRIES INTERNATIONAL SEMINAR - LAS VEGAS/USA Ministério Petencostal Inter-denominacional. Com cursos de seminários nos EUA, a saber: *RHEMA INTERNATIONAL SEMINAR *AMERICAN BIBLE ACADEMY *Cursando Faculdade de Teologia pela:ONESIMUS BIBLE COLLEGE/California/USA Onde viveu 10 anos sendo que nos ultimos 4 anos trabalhou em prisões federais com evangélicos de mais de 120 paises. Tradutor de pastores trilingue/ENGLISH/SPANISH/PORT. ASSEMBLEIA DE DEUS
Site: http://www.webartigos.com

terça-feira, 24 de março de 2009

Testemunho: A graça de viver cada dia



Diante do drama da doença crônica da filha, a missionária Débora Kornfield encontra perspectivas espirituais para o sofrimento.


Costuma-se dizer que quem sofre adquire mais sensibilidade para perceber o sofrimento dos outros. Quando a relação envolve mãe e filha, então, a situação é muito mais delicada. Há 24 anos, a missionária Débora Kornfield, nascida nos Estados Unidos, criada na Guatemala e radicada no Brasil – mais precisamente, em São Paulo –, vive um drama familiar: a doença crônica de sua filha Karis. Ela nasceu com uma grave deficiência intestinal que paralisa seu trato digestivo. Desde seus primeiros dias de vida, ela tem convivido com um calvário de longas internações, delicadas cirurgias e desgastantes tratamentos. “É uma dor que não tem fim”, resume Débora.

A dura realidade tem afetado não apenas Karis e Débora, como também seus três outros filhos e o marido, e também missionário, David Kornfield. A vida da família tem girado em torno de um misto de provações e fé – muita fé, diga-se de passagem. Obreiros ligados à Sepal – Servindo Pastores e Líderes, entidade de origem americana sediada na capital paulista, David e Débora estão no Brasil desde 1990. Eles desenvolvem um frutífero ministério junto à liderança evangélica, o Mapi (Ministério de Apoio a Pastores e Líderes), baseado na mentoria espiritual. Débora, autora do livro Vítima, sobrevivente, vencedor (Editora Sepal), dedica-se ao ministério de restauração e especializou-se no aconselhamento a pessoas vitimadas pelo abuso sexual.

Agora, a missionária, de 54 anos, prepara-se para lançar um novo livro, onde conta os paradoxos entre a confiança na graça de Deus e a própria atitude diante de uma enfermidade que, apesar de algumas melhoras pontuais, não cede. “Reconheço que já nos sentimos injustiçados por Deus”, admite Débora. Em Karis – Adorando a Deus no deserto, que chega às livrarias em março pela Editora Mundo Cristão, ela faz um relato detalhado de como tem enfrentado a doença de Karis, os questionamentos acerca do amor de Deus, as dificuldades em família e o espectro sempre presente da morte. “O Senhor tem me desafiado a cada dia a lhe dar glórias, a perseverar e a crescer na minha fé”, diz. É uma luta que recomeça a cada amanhecer.

CRISTIANISMO HOJE – Como está sua filha hoje?
DÉBORA KORNFIELD – Ela está vivendo um dia de cada vez. Em novembro passado, ela passou por uma situação grave de rejeição e infecção [N.da Redação: na semana em que a entrevista foi concedida, Karis estava internada nos Estados Unidos, com obstrução intestinal e outras complicações]. Nestes últimos meses, ela passou por duas cirurgias de grande porte. Na verdade, ela não esteve bem durante o ano de 2008.

O livro é um desabafo?
O Salmo 145 nos manda contar os atos poderosos do Senhor. Senti que deveria escrever o livro por três motivos. Primeiro, para não me esquecer do que Deus tem feito por mim. Segundo, para encorajar outras pessoas em meio às suas dificuldades; e, em terceiro lugar, para que eu mesma pudesse entender melhor a nossa peregrinação – e, através disso, talvez ajudar a nossa família. Quando começamos a contar a história no site da Karis, recebi tantos e-mails de pessoas que de fato foram tocadas e encorajadas por Deus através do que lhe aconteceu que percebi que o Senhor queria usar isso para fortalecer o seu povo. Ora, a linguagem do sofrimento é comum a todos, independente do tipo de provação que cada um enfrenta.

A senhora diz várias vezes que sua própria filha pediu que não orassem mais por sua cura, entendendo que, como Paulo, deveria aprender a conviver com o “espinho na carne”. Como saber a maneira mais certa de orar nestas circunstâncias?
Creio que precisamos pedir a orientação de Deus em cada caso, pois o Senhor tem propósitos específicos em tudo que faz na vida de cada indivíduo. Não creio que a situação da Karis é modelo para outros, exceto na necessidade de procurar entender de Deus como devemos orar. Certamente, muitas pessoas continuaram (e continuam) a pedir cura para Karis, e estou muito agradecida por isso. Deus pode, a qualquer momento, responder dramaticamente a essas orações, como tem respondido tantas e tantas vezes de maneiras menos espetaculares, mas igualmente importantes para preservar a vida dela.

Se é assim, por que Deus não a cura definitivamente? Não seria um sinal muito mais poderoso do seu poder?
Penso que, se Deus curasse a Karis de vez, as pessoas dariam muitas glórias ao seu nome por alguns dias ou semanas; mas, depois, esqueceriam. Já por mais de 25 anos, Deus tem me desafiado a cada dia a lhe dar glórias, a perseverar, a crescer na minha fé, apesar dos momentos muito difíceis que temos passado. Pelas mensagens que recebo, acredito que outras pessoas têm a mesma percepção em relação à situação de minha filha.

Em algum momento, a senhora, sua filha ou sua família sentiram-se injustiçados por Deus? Como administraram este sentimento?
Claro que sim! Aliás, para descrever a luta de cada um de nós levaria muito tempo. Jamais, porém, ouvi a Karis expressar este sentimento. O que ela acha injusto é ser alvo de tantos recursos médicos e financeiros, dado o número de crianças totalmente saudáveis que morrem por fome ou por doenças fáceis de prevenir, especialmente em regiões pobres como a África. Quantas vezes ela tem chorado porque multidões não têm acesso às verbas gastas em favor dela. Como mãe, é claro, eu sofro junto com a Karis – muitas vezes, até pedi a Deus uma troca de lugares, passando para mim o sofrimento dela... Acho que qualquer mãe sentiria a mesma coisa. Confesso que, no início da vida de Karis, foi difícil para nós entender ou aceitar a situação dela, pois nunca havíamos nos imaginado passando por isso. Então, tentei escrever no livro um pouco sobre as minhas lutas – não tanto por me sentir injustiçada, mas por não entender o porquê de minha filhinha ter de sofrer tanto.

Mas um texto muito citado da Bíblia, no capítulo 53 do livro de Isaías, diz que Cristo tomou sobre si todas as nossas enfermidades. Como explicar, então, que a maioria dos crentes não recebe a cura divina? Falta-lhes fé?
Minha interpretação dessa passagem é um pouco diferente da de muitas pessoas. Jesus, por haver sofrido e passado o que passou, entende a minha dor, sente o que sinto, chora junto e me dá forças a cada dia. Por causa de textos no Novo Testamento, não creio que o de Isaías 53 significa que Cristo nos livra de todo sofrimento e enfermidade. Paulo diz que completamos em nossos corpos o sofrimento de Cristo. Os textos de Hebreus 2.14-18 e 4.14-16 destacam que podemos nos aproximar de Jesus confiantes de que ele sabe o que é sofrer, e se compadece de nosso sofrimento. Mas será apenas no novo Céu que Deus acabará com toda doença, morte, tristeza, choro e dor, conforme Apocalipse 21.4. Enquanto vivemos neste mundo caído, tais aspectos tristes da vida serão partes de nossa experiência.

Qual é o estado de ânimo de sua filha diante da doença?
É difícil começar a recuperar-se, por exemplo, de uma cirurgia, e logo enfrentar outro desafio, e mais outro, e mais outro, como ondas do mar que mal a permitem respirar. Essa tem sido sua rotina ao longo da vida. É claro que um processo desses impacta a vida emocional; não há como evitar isso. Um efeito colateral dos remédios que ela toma é a depressão. Até que a gente entendesse isso e a necessidade de tratamento específico – o que perdurará provavelmente pelo resto de sua vida –, sofremos muito. Por sua própria natureza, a Karis tem uma personalidade alegre, extrovertida, otimista. Por isso, esta depressão profunda causada pelos remédios foi talvez a mais difícil experiência de sua vida, pois ela sentiu que havia perdido até sua conexão com Deus. Mas nos últimos meses, desde que conseguiu sair do quadro depressivo, ela tem aguentado melhor. Acontece que minha filha tem sofrido uma série de perdas recentemente, inclusive a possibilidade de gerar filhos. E essas perdas precisam ser choradas, embora nem sempre achemos condições para este luto. No fim do ano passado, quando a possibilidade de morrer mais uma vez parecia próxima, a Karis sentiu a Presença de Deus muito perto dela. Estou grata ao Senhor por isso.

No livro, a senhora conta que sua filha recebeu várias supostas profecias e revelações dando conta de que seria curada – e tais previsões não se confirmaram. Quais os prejuízos emocionais e espirituais que isso acarretou à sua família?
Bem, nós aprendemos a usar de discernimento e cautela com as pessoas que queriam orar pela Karis ou entregar-lhe profecias, pois muitas deixaram-na muito mal. Minha filha é uma pessoa muito amorosa, mas quando disse que não estava conseguindo aguentar esse tipo de situação, tratamos de protegê-la. É difícil para uma menina num leito de extremo sofrimento, que apesar disso está seguindo a Deus com todo o seu coração, ouvir que está ali por conta de seus pecados ou de sua falta de fé. Creio que ninguém quis prejudicar a ela ou a nossa família; simplesmente, muitas pessoas não tiveram o discernimento adequado para nos abençoar da maneira que, sem dúvida, gostariam de haver feito.

Como fica o relacionamento familiar numa situação de crise permanente?
Tentamos equilibrar um dia de cada vez, às vezes conseguimos e outras vezes não – aí, precisamos pedir perdão e tentar restituir uns aos outros no que falhamos. Não acho que exista uma solução mágica ou fácil para isso. Tentei escrever no livro o suficiente sobre estes temas, para que outras pessoas, que também enfrentam esse tipo de pressões, pudessem pelo menos se sentir menos isolados e confusos nesta corda-bamba diária. Uma enorme bênção é o amor que existe entre nossos filhos, e eu e David, como pais, tentamos objetivamente valorizar cada um deles, mas muitas vezes não foi possível tratá-los igualmente. Por outro lado, outras famílias e a nossa igreja no Brasil têm ajudado a preencher lacunas inevitáveis, como minha ausência nos longos períodos em que precisei ficar nos Estados Unidos com Karis. Esse apoio tem sido precioso para nós.

De que maneira seus outros filhos têm reagido diante da inevitável prioridade que a senhora tem dado, esses anos todos, a Karis?
Os nossos filhos dizem que a minha disciplina era rígida em comparação com o que observaram entre os colegas. O fato é que eu simplesmente não tive recursos emocionais para aguentar brigas, queixas ou discussões; então, não permiti que agissem assim comigo ou na minha presença. Para brigar entre si, eles tinham que entrar num quarto com a porta fechada e sair apenas quando estivessem em paz. Não sei como teria sido se eu não tivesse tanto estresse sobre mim. Em contrapartida, tentamos ouvir os nossos filhos com respeito e, dentro de nossas possibilidades, atender às suas necessidades e desejos. Raquel, uma de minhas filhas, hoje com 23 anos, não entendia por que Deus permitia tudo que já aconteceu com Karis, e qual o motivo de tanta dor. “Que Deus de amor é esse?”, questionava. Mas com o tempo, esse coração endurecido simplesmente a levou à raiva e à amargura. Só quando Raquel procurou confiar mais no Senhor, apesar das dificuldades, reconhecendo sua bondade e entendendo que ele se importa como nosso bem estar e sente nossa dor, que as coisas começaram a melhorar na sua vida espiritual e emocional. Hoje, ela entende que Deus é bom e compassivo, digno de toda devoção. Já a Valéria, que tem 20 anos, chegou a duvidar até mesmo da existência de Deus. A solução foi a decisão de crer nele, mesmo sem perceber nenhuma evidência de seu amor para com Karis e sem garantia do futuro. Ela permanece firme nessa decisão até hoje, o que lhe dá força para enfrentar cada novo dia.

Tanto a senhora, atendendo sua filha, como seu marido, em suas tarefas ministeriais, passam longos períodos longe um do outro. A vida conjugal sobrevive diante dessa realidade?
Escrevi um pouco no livro sobre as nossas lutas ao longo dos primeiros vinte anos da vida da Karis. Conversas com outros casais com filhos doentes confirmam que a nossa experiência é comum. Aliás, isso faz sentido: dizem que a média de divórcios entre pessoas sem as pressões de uma doença crônica na família está na faixa de 40% a 50% – imagine então o desafio para os casais que, além de todas as demandas do dia a dia, precisam lidar com o estresse multiplicado pela enfermidade de um filho. É claro que isso afeta a dimensão do relacionamento conjugal. Parece que uma doença crônica é como um grande buraco escuro, onde é jogado tudo que se tem de tempo, energia, atenção, recursos financeiros e até criatividade, restando pouco ou nada para dar ao cônjuge. Além disso, nunca podemos contar com a realização de um plano. Muitas vezes tivemos que cancelar uma viagem em família por conta de uma crise de Karis ou passar as férias num quarto de hospital. Não tem sido fácil, claro. É uma tensão persistente. O tempo que temos juntos é precioso. Quando fico ciente das lutas de outros casais que enfrentam estresses mais, digamos, normais, fico admirada da determinação e compromisso que o meu marido tem com o nosso casamento. O que mais vejo entre os que lidam com doença crônica na família é o marido não aguentando a situação e pulando fora.

Hoje em dia, é normal que casais de obreiros desenvolvam o mesmo ministério. Até que ponto seu chamado é diferente do de seu marido e quais as interseções entre eles?
David trabalha mais com o Mapi, pastoreando pastores. Já eu tenho atuado com o Rever, um ministério de restauração da alma, especificamente com sobreviventes de abuso sexual. Meu marido ajudou na organização do Rever e dedicou bastante tempo ao início do ministério, mas agora dá pouca atenção a esta área diretamente. No Mapi, o que mais tenho feito é ajudar no aconselhamento de casais pastorais, onde é vantajoso trabalharmos como casal. Há muito mais que David e eu gostaríamos de fazer juntos, se Deus permitir.

Sua atividade missionária, bem como a de seu marido, obrigou sua família a constantes mudanças. De que forma a mulher deve enfrentar a situação, já que é delas a maior instabilidade nestas situações?
Em nosso caso, as viagens constantes de meu marido deixam para mim uma responsabilidade maior para manter a estabilidade em casa. Quando as crianças eram pequenas, eu praticamente não viajei com David – fiquei em casa para cuidar dos filhos e me envolvi em ministérios locais. Aliás, recebi críticas de pessoas que achavam melhor que eu acompanhasse mais o trabalho dele, mas não me arrependo. A vida da mulher tem fases, e a fase da infância dos filhos exige dela um compromisso específico por alguns anos. Quando nossos filhos estavam mais independentes, comecei a viajar uma vez por mês – às vezes com meu marido, às vezes sozinha –, mas tentei nunca ultrapassar este limite. Deixei claro que as necessidades de meus filhos eram a prioridade. Além disso, precisei manter os meus compromissos mais flexíveis do que seriam no caso de uma mulher sem filho doente. Felizmente, a nossa missão valoriza e apóia o cuidado da família como parte da vocação missionária.

Durante décadas, a Igreja brasileira tem sido influenciada por missionários estrangeiros, sobretudo americanos. A senhora acha que obreiros dos EUA ainda têm o que oferecer ao Brasil, que hoje é uma potência evangélica?
Na minha perspectiva, a Igreja brasileira amadureceu muito. Chegamos ao Brasil em 1990, e naquela época a Igreja parecia uma adolescente, com muito entusiasmo, mas sem tanta estabilidade ou profundidade. A falta de um discipulado adequado fazia com que muitos convertidos saíssem pela porta dos fundos. Poucas igrejas usavam grupos pequenos para aprofundar estudos bíblicos, incentivar relacionamentos ou evangelizar. Além disso, havia competição entre denominações; faltava um trabalho conjunto para alcançar as suas cidades e pouco se fazia para ministrar às gritantes necessidades sociais do país. Agora, quase vinte anos mais tarde, parece-me que a Igreja brasileira tem amadurecido ao ponto de assumir mais responsabilidade, não apenas para cuidar de si, mas de multiplicar-se, até mesmo em outros países. A firmeza espiritual da Igreja será revelada na qualidade de suas obras missionárias. Vejo trabalhos muito sérios e eficazes, maior cooperação e respeito entre as denominações e maior ênfase em ministérios holísticos, que cuidam de todas as dimensões da pessoa, e não apenas do aspecto espiritual. Se a Igreja brasileira se fechasse para missionários estrangeiros, continuaria muito bem, talvez até melhor, pois teria que assumir tudo para si.

Então, o tempo dos missionários estrangeiros já passou?
Não, acho que existem áreas em que essa participação ainda é bem vinda. Uma vantagem que os missionários estrangeiros têm a oferecer à Igreja do Brasil é o recurso de tempo integral e, na maioria das vezes, de sustento provido. Assim, alguém como o meu marido pode viajar pelo país afora, oferecendo-se de uma forma que seria difícil para a maioria dos pastores brasileiros, simplesmente por falta de condições. Veja o meu interesse em treinar líderes para grupos de apoio a vítimas de abuso sexual. Creio piamente na habilidade de brasileiros de fazer este trabalho muito melhor do que eu. Mas desconheço alguém que tenha condições para dedicar-se explicitamente para levantar este ministério – pelo menos, ninguém apareceu até agora. Se Deus permitir que eu volte para o Brasil, o simples fato de ter estas condições de tempo, recursos e disponibilidade para viajar, poderá, pela graça de Deus, resultar em um ministério eficaz a nível nacional, com aliados em todas as principais cidades brasileiras. A meu ver, as áreas mais importantes para este tipo de parceria são exatamente as de cuidado e treinamento da liderança brasileira, conforme diz o lema da Sepal: “Servindo aos que servem”.

Missionários dependem dos chamados mantenedores. Com a crise que, surgida nos EUA, alastrou-se pelo mundo, o que deve mudar em relação ao sustento dos obreiros no campo?
Em um sentido importante, nada mudou: a nossa dependência de Deus para suprir as nossas necessidades, através da boa vontade e a generosidade de seu povo. Talvez a crise econômica mundial faça de todos nós melhores mordomos de nossos recursos. Ainda estamos longe do tipo de sacrifícios que gerações passadas abraçaram pela causa de Cristo. Talvez, a crise traga como benefício o fato de a Igreja mundial ter que repensar suas prioridades e valores. Mas creio que Deus ainda proverá recursos para as pessoas que ele chama para vocações missionárias.

O Mapi se propõe a preencher uma lacuna cada vez mais evidente na Igreja Evangélica: o pastoreio de pastores. As carências nas famílias dos pastores têm aumentado?
Não sei se as carências têm aumentado, ou se estão apenas mais evidentes, devido à maior liberdade na Igreja para reconhecê-las e expressá-las. Acho que a saúde da família é alvo específico de Satanás, que usa de muitas artimanhas para destruí-la, especialmente entre a liderança. Falhas na liderança refletem-se automaticamente no bem-estar da Igreja. Também lidamos com valores mundanos que invadem a Igreja, especialmente na área sexual e na idéia de que “merecemos” ser felizes, mesmo se isso leva à destruição de nossos casamentos. Muitos pastores e líderes foram criados em famílias disfuncionais e as igrejas não têm sabido ministrar restauração para eles – e, consequentemente, para seus membros em situações parecidas.

A relação entre as igrejas e os pastores precisa ser mudada?
Efésios 4 indica que os membros do Corpo é que devem fazer o ministério, valendo-se dos dons e habilidades que o Espírito distribui para cada um. Aos pastores, cabe cuidar e nutrir suas ovelhas, capacitando-as para o desenvolvimento de seus próprios ministérios. É uma relação diferente do que vemos na maioria das igrejas.

Durante muito tempo, foi reservado às mulheres um papel secundário nas igrejas. Hoje, elas não apenas ocupam cargos eclesiásticos, como até lideram denominações. O que a senhora pensa a respeito?
Que os homens se levantem! Acho que as mulheres têm preenchido um grande vazio deixado pela liderança masculina.

O que a senhora pensa acerca do acesso de divorciados, ou mesmo de pastores em segundo ou terceiro matrimônio, ao ministério?
O peso da dor de um divórcio é enorme, uma tragédia com sequelas até a terceira e quarta gerações. Que os pastores cuidem primeiro de si e de seus lares, para depois ter algo valioso e íntegro com que contribuir à Igreja.

Como cidadã americana, qual sua expectativa em relação ao governo de Barak Obama? Qual deve ser sua relação com o segmento evangélico dos EUA, e particularmente a direita protestante, majoritariamente republicana?
Estou muito entusiasmada e otimista a respeito do presidente Obama. Espero que a direita protestante venha deixar de lado os seus preconceitos e trabalhe harmonicamente para sarar as dores do país. Espero que o governo democrata possa melhorar a imagem do país no exterior, pois hoje esta imagem dificilmente poderia ser pior do que está.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ana e Penina. Esposa e a amante disputando o mesmo homem.

Por Pr Ismael.

Mensagens espirituais para a família: leia antes I Samuel 1:1-28; 2:18-21

Existem coisas ruins que acometem a família e às vezes por ser tão freqüente na sociedade acaba conformando, ou seja, dando forma de mundo ao coração das pessoas, até mesmo aqueles que são crentes em Cristo.

Ficam com cara de mundo, agem como o mundo age, falam como o mundo fala. As pessoas estão se acostumando com o mal e admitindo que ele faça parte de suas vidas, é como se fosse algo imutável, que não tem alternativa, outras jogam a toalha e desistem.

Deus tem me provocado para dizer que mesmo nos dias de hoje, o "tudo é possível" de Deus, continua sendo possível e que os seus olhos ainda passam por toda a terra para usar de bondade para com aqueles que O temem.

Não precisamos nos conformar com o mundo, mas renovar o nosso coração e a nossa fé e assim continuar lutando para que de repente os olhos do Senhor se detenha sobre a nossa vida e a sua graça nos inunda.

Quero falar da história de uma mulher guerreira chamada Ana, boa esposa, amada pelo marido, filha do Deus Altíssimo, uma adoradora , mas que não tinha filhos, pois era estéril. (impressionante o estrago que esse “mas” faz na vida de Ana)

E essa condição de estéril, dava por assim dizer quase que uma autorização para que o seu marido tivesse uma outra mulher para com ela gerar filhos e dela suscitar descendência, embora não fosse essa a vontade de Deus.

O marido de Ana se chamava Elcana e era um desses homens, tinha dentro de sua casa uma segunda mulher, uma mulher para com ela se deitar , uma mulher para o seu prazer, um caso, uma amante, uma outra, como você quiser, o certo é que ele dividia o seu amor com outra mulher e isso dentro de sua casa.

Ana com um aperto na sua alma, um nó na garganta não se conformava embora fosse isso tão “normal” naqueles dias, era socialmente aceito, quem sabe seria mais fácil mudar de pensamento, aceitar e pronto, mas não Ana.

Penso que Ana era uma daquelas mulheres que dizem pra si mesmas: “eu sou do meu amado e o meu amado é meu, só meu”....

Conviver com a outra dentro de casa não era fácil para Ana, mas havia ainda mais um complicador, a tal da amante era do tipo “barraqueira”, gente pequena.

Ela não que não se contentava com a posição de amante e queria aquele homem para si e por isso afrontava Ana, irritava demais, numa tentativa de puxá-la para baixo, fazer com que a disputa ficasse num nível que ela estava acostumada e assim pudesse ficar em pé de igualdade.

Penina conhecia o marido de Ana, o que ela não conhecia era o Deus de Ana.

O texto diz que ela provocava “excessivamente”.Já pensou o que é isso ? Ter que aceitar a amante do marido dentro de casa e ainda ter agüentar os desaforos, as infâmias, as instigações e o chamamento para briga.

Elcana via tudo aquilo, sofria porque gostaria que as coisas continuassem como estavam e tão somente não houvesse brigas e confusões. Ele sofria, mas não se decidia, não tomava partido, tentava concilar as coisas.

Ele queria continuar com aquilo e Penina sabia disso,ela tinha o que Ana não tinha.

Veja que ela era uma amante com um nome, isso deixa claro que a situação estava consolidada, não era um caso secreto, passageiro, um deslize, uma paixão, não, era algo patente e firme.

O que Penina não sabia era que o Deus de Ana não fica indiferente diante da injustiça e da maldade humana.

Ana tinha um Deus e isso fazia a diferença entre as duas.O Profeta Malaquias disse que há uma diferença entre o que serve e o que não serve a Deus.


Quantas mulheres hoje vivem uma história parecida, com marido vivendo seus amores escondidos ou não e cujo andamento faz crer que não há muitas possibilidades de mudança.

Alguém poderia quem sabe pensar consigo mesmo e entender de uma vez por todas que não valia a pena sofrer por aquele amor, talvez fosse melhor até uma separação, mas não Ana.

Olha, o que eu vou dizer agora, serve para todas as pessoas, homens e mulheres, em todos os lugares e em todos os tempos, serviu ontem, serve hoje e vai servir amanhã:

"Deus continua passando pelas nossas vidas e Ele se detém quando encontra um dos seus, que O teme e que Nele espera, mesmo quando todos a sua volta já desistiram, quando a coisa ruim já está acomodada, já arrumou o seu ninho dentro de nossa casa ou na nossa vida.

O Senhor se detém para fazer justiça, tornar reto o que aos seus olhos está torto, e esse é o Deus de Ana.

E numa dessas passadas de Deus, Ele encontrou Ana, chorando por dentro, balbuciando palavras que só os dois sabem quais foram. E nesse dia, penso que Ele falou para Ana o mesmo que disse para a sua mulher(Jerusalém):

´Eu passei por ti e vi-te, você estava formosa, mas estava nua e Eu te cobri com minha capa e ti tomei para ser minha.”

O Deus de Ana tirou o “mas” de sua história , colocou nela aquilo que o marido só encontrava na outra, a capacidade de gerar filhos.

Deus coloca em suas Anas que lêem esta mensagem, aquilo que porventura esteja faltando para que os seus maridos se decidam por elas.

Na próxima vez que Ana subiu ao templo, levou consigo o menino que Deus lhe deu, e o chamou Samuel, ele seria um homem honrado sobre a face da terra.

Ana estava feliz, Elcana, seu marido, estava feliz, mas onde está agora a outra, a Penina?

A Bíblia nem faz menção dela mais, caiu no esquecimento, ficou pelo caminho, deixou de ser importante na vida de Elcana.

A seguir diz que o sacerdote abençoou Ana,o seu marido e o menino .Acabaram-se as afrontas e provocações. Estava feita a justiça de Deus. Ana ainda ganhou outros filhos e filhas.

Se Deus tratou de alguma forma com você, faça uma oração e peça ao Senhor aquilo que está faltando para você ser feliz com seu marido.Peça para Deus tirar da vida do seu marido aquelas coisas que hoje ele por si só não consegue se desvencilhar,parecem importantes, mas que ferem o teu coração, que as Peninas sejam tiradas, que as Anas seja exaltadas.

Um forte abraço, no amor de Jesus.

Pr Ismael e Pra Cleire.
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