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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Meu marido mente, não confio mais nele, tenho vergonha e quero me separar.

Aconselhamento por Pastor Ismael Roselei de Carvalho.


Sou casada há 14 anos, eu e meu esposo somos evangélicos, no momento estou passando por uma crise que ninguém sabe exceto algumas pessoas da minha família, meu esposo trabalha na igreja e já havia observado há muito tempo que ele gosta de mentir, mas sempre suportei calada, mas descobri recentemente pelos meus parentes e pelas atitudes dele que esta mania de mentir é muito seria, confrontei com ele sobre o fato de que ele é cristão e trabalha na casa de Deus, mas ele fala que já mentiu sim no passado, mas não mente mais. Eu sei que ele continua mentindo e estou morrendo de vergonha dos meus parentes temos 02 filhos e estou querendo me separar, apesar dele ter qualidades, os defeitos dele estão insustentáveis e não consigo confiar nele, fico pensando no caráter dele e achando ele repugnante. Eu não concordo com várias atitudes dele, nós somos bem diferentes e eu estou cansada de ceder. Ele é ignorante e acha que sempre esta com a razão que sabe demais pelo fato de ser obreiro, ele não fala isso, mas demonstra. Não quero que meus filhos sejam iguais a ele,  acho que nunca vou conseguir confiar nele, mas ao mesmo tempo tenho medo da separação por causa do sofrimento dos filhos e o escândalo na igreja. Recentemente depois de confrontar atitudes dele e tentar achar a verdade ele me propôs uma situação em que eu não me metesse na vida pessoal dele, quando acontecer uma coisa ou alguém vier me falar algo eu dizer que não tenho nada a ver com o assunto, pois é vida pessoal dele, eu disse a ele que iria pensar,  pois não conheço a luz da bíblia este tipo de relacionamento. Como posso resolver este problema, além de orar é claro? Não quero ficar sofrendo o resto da minha vida, sou muito jovem pra isso e mesmo que não fosse, me dê um conselho, por favor.

RESPOSTA:

Minha irmã, paz seja sobre ti.

Você é casada há catorze anos, tem dois filhos, logo, penso que deva ter uns 35 anos, pouco mais, pouco menos. Uma mulher jovem sim, mas madura o suficiente para conduzir a vida com razão.

O seu marido se revelou ser um mentiroso, isso é realmente uma falha de caráter  grave, que inclusive, vai deixar muitos “crentes” fora do céu. A Bíblia diz assim sobre o novo homem, o homem regenerado: “Quem mentia, não minta mais, quem roubava, não roube mais....”, ou seja, é preciso que haja uma “metanóia”, uma transformação em nosso caráter. Paulo diz em Romanos 12: “..não vos conformeis com o presente século, mas transformai-vos , pela renovação da vossa mente”.

Acontece que o nosso caráter é formado à partir de valores que introjetamos, de escolhas que fazemos, e também de influências que sofremos à partir de nossos  relacionamentos. Estou tentando dizer que ele, embora seja um cristão, ainda não amadureceu nesse quesito, ser verdadeiro, honesto, transparente. É algo que ele ainda não assimilou para sua vida, e certamente, o uso da mentira feito de modo repetitivo se tornou em um hábito e o hábito formou o caráter dele, um mentiroso. 

Eu imagino assim, ele usou de mentira e se safou de uma dificuldade, depois usou de novo e escapou de uma pressão, e assim sucessivamente foi usando de mentiras para se safar de qualquer quadro da vida. Acontece que o mentiroso se acostuma tanto com as suas próprias mentiras e não vê grandes problemas, afinal, usou delas para aliviar um aperto, de modo que sua consciência cristã não o acusa mais, está cauterizada. E que é o pior, ele , o mentiroso, passa a acreditar em suas próprias mentiras e acha que todos estão crendo nelas.

Bom, estamos de acordo que a mentira é nociva para o relacionamento, é condenável porque gera desconfiança e insegurança, é uma falta de virtude. Os estudos mostram que um casal  que agrega valores morais e se posta, em sociedade,  com condutas éticas , faz com que o casamento seja duradouro, até por conta da admiração que mutuamente devotam. Ele se atrasa para chegar em casa, ela liga para ter notícias do que está ocorrendo, e ele responde, “Meu bem, furou o pneu do carro, estou no borracheiro”, e ela, do outro lado, pensa: “É , furou o pneu do carro, coitado”. Não há crise, não há desconfiança, ela sabe que realmente furou o pneu do carro. E ela tem razões para crer nessa justificativa que para um outro casal poderia seria entendida como uma “desculpa esfarrapada” e não mereceria crédito.

O profeta Zacarias recebeu de Deus uma mensagem que dizia assim:  “Eis as coisas que deveis fazer, falai a verdade cada um com o seu próximo, executai juízo de justiça e verdade em suas portas, não pensem mal um do outro, para que haja paz em suas portas” ( Zc 8) , e é exatamente isso, a Bíblia já ensinava que verdade e justiça anda de mãos dadas com a paz doméstica.

E diante disso tudo está você, que vem observando o pecado dele e até para evitar brigas escolheu não confrontá-lo, o que foi um erro também, pois a postura mais correta é ensinada na Palavra que nos manda admoestar e orar por aqueles que forem pegos em alguma falta, entende? Não quero com isso tirar a culpa dele e jogar nas suas costas, mas essa seria a postura bíblica. E o mal foi vencendo, foi piorando a situação e você se “desencantou” amorosamente com ele, deixou de ser objeto de admiração e até um mau exemplo para seus filhos. E na busca de uma solução você pensa em uma separação.

Pois bem, como estou falando com crente, temos que ter como base a Palavra, não o que tem sido a prática de pessoas, de um povo,... enfim. O casamento do cristão é firmado diante de Deus, tendo o Senhor como testemunha, portanto é santo, é um compromisso, uma aliança que não deve ser quebrada por um motivo qualquer, na verdade só tem duas exceções bíblicas para uma separação, em caso de adultério quando não houve como caminhar juntos mais ou quando o incrédulo abandona o crente e vai embora.  E olhando para o seu caso, digo, você tem razões para estar aborrecida, decepcionada, mas não tem razões bíblicas para um divorcio,  se isso acontecer, você estará em desobediência. Percebe a implicação espiritual de uma escolha dessas.

E aí você falou com ele sobre suas constantes mentiras, que acabou provocando uma desconfiança no relacionamento e ele respondeu que você não se intrometa na vida pessoal dele. Ele errou de novo, quem não quer prestar contas de sua vida, que fique só, não se case, porque no casamento há, necessariamente, a exigência de unidade, que é mais do que união. Vou exemplificar para você entender bem: União seria duas ou três batatas juntas, e unidade seria três batatas juntas, cozidas e amassadas de forma que não é possível divisar quem é uma e quem é a outra, estão juntas e misturadas, mescladas. O casamento faz isso com os dois, homem e mulher, tornam-se um só. O Senhor disse a Jeremias: “E dar-lhes ei um só coração e um só caminho para que temam todos os dias de sua vida, para o seu bem e o bem de seus filhos, e farei com eles uma aliança, de não me esquecer de fazer-lhes o bem.” Viu que coisa tremenda é a unidade aos olhos de Deus?”  É um só coração e um só caminho, isso é unidade.

Por aquilo que você diz ele é do tipo teimoso, senhor da situação, arrogante, meio intratável, contudo, você não falou em adultério ou abandono, portanto, biblicamente não é o caso de separação.

Vocês estão vivendo um clico vicioso, você só vê defeitos neles, e não posso acreditar que não haja nada de bom nele. É preciso investir nesse relacionamento para transformar o ciclo vicioso em um ciclo virtuoso. Vocês não estão falando a mesma língua, acho que faz tempo que não namoram, não passeiam juntos, não se presenteiam, não se encorajam mutualmente, não se dão tempo com exclusividade, acho que já não transam gostosamente mais. Quanto tempo faz que não realizam coisas juntas, será que andam de mãos dadas, quantas vezes se abraçam ao longo do dia?

Então, chame-o para um conversa, tire uma cópia desse aconselhamento, entregue a ele, peça para que leia e reflita, dê lhe tempo para uma reflexão. Quem sabe no dia seguinte, chame-o de novo e diga que está disposta a recomeçar, a perdoar o passado, mas que não aceita viver um casamento de mentira. Você deve dizer a ele, que é cristão, e que em ICo 11 Paulo diz que no casamento, o homem não é mais independente da mulher e nem tampouco a mulher é independente do marido e que ele está errado em propor que você não interfira na vida pessoal dele, pois a vida pessoal dele está intrinsicamente ligada a sua e a sua família.
E sabe irmã, e quando tudo der errado, o diálogo não está sendo possível, então o desafie para orar juntos. Fale com mansidão e bondade, pois a palavra branda desvia a ira.

Eu creio na cura do seu casamento, penso que vai dar certo. E se não der certo, saibam os dois, que os dois estão em situação de vulnerabilidade e o adultério é só uma questão de oportunidade e tempo.  O pregador Billy Grahn disse que quando o crente resolve navegar distante de Deus, o diabo providencia logo o barquinho.

Nós não conseguimos viver num grupo onde o desamor impera, nos acabamos adoecendo e por fim, vamos procurar amor em algum lugar, ainda que seja um amor maligno e perverso. Volte a namorar, ainda que não esteja gostoso no início, mas em três ou quatro meses dessa decisão e namoro, vocês se desintoxicarão desse mal e o amor renascerá.

Irmã, Jesus quer salvar o seu casamento, alinhe a sua vontade com a vontade Dele, e o sucesso será uma verdade.

Abraços, Pr Ismael


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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Pense seriamente nisso...





Crônica do Amor, texto de Arnaldo Jabur.

Por Arnaldo Jabur.

Crônica do Amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.  
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