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sábado, 18 de abril de 2009

COMO LIDAR COM O CÔNJUGE PECADOR.

Temos percebido que precisamos mais do que saber o que é pecado, O que é conflito, o que é isso ou aquilo.

Precisamos saber "como ?”. Como resolver um conflito, como tratar com as imperfeições do outro, como se relacionar com o pecador, o que fazer diante de determinadas situações.É disso que precisamos.

Na vida conjugal, imagino que devo saber que estou casado com um pecador, um imperfeito, que a qualquer momento pode falhar e se isso acontecer devo estar preparado para administrar a questão.

Quando acontecer um fato ruim, um pecado praticado pelo cônjuge, a primeira coisa que o ofendido deve fazer é cuidar dos seus próprios sentimentos, e não se permitir ficar magoado além daquilo que seria o razoável e não guardar ressentimentos. Não que tenha que se tornar insensível, uma pessoa de aço, mas alguém que não se surpreende com o erro e que de antemão está decidido a perdoar.Busque olhar o outro com empatia, busque entender, inclusive verificar se não tem também culpa no ocorrido.

Feito isso, temos duas frentes para lidar com o caso concreto, quando o cônjuge manifesta a sua humanidade e erra conosco.

1)-Tratar com o pecador
2)-Tratar com o pecado.

É importante saber diferenciar o pecador do seu pecado.

Com o pecador é preciso fazer aquilo que a Bíblia recomenda, "antes sede uns para com os outros, benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como Deus também os perdoou em Cristo" (Ef. 4:32).

O perdão deve ser liberado de imediato, ainda que o coração esteja ferido, ainda que sinta as dores da traição, da desconsideração recebida.

Eu sei que é mais fácil falar do que fazer, mas o perdão é um imperativo para que haja libertação na alma dos dois.

Caso contrário serâo dois prisioneiros de alma, gerando em si mesmos doenças emocionais e físicas.

Alguém disse que "perdoar é permitir que o outro entre de novo na história da nossa vida", e a mim me parece que é isso mesmo.

É possibilitar um recomeço, é dar uma nova chance. Há pessoas que se tornaram maravilhosas depois de uma segunda chance, não tornam mais àquele pecado. Há outros que poderiam ter sua vida mudada, mas não houve perdão e não puderam experimentar um recomeço.

Uma linha de raciocínio que ajuda neste processo é lembrar-se que também somos imperfeitos e que quando erramos sempre desejamos que o outro use de benevolência e graça para conosco.

Já quando o outro é o pecador a tendência é de desejarmos que seja usado de justiça contra ele, queremos que ele morra, que Deus "pese" sua mão contra ele.Mas esse sentimento não é o melhor, não é racional, é emocional.Veja aí a nossa imperfeição.

Conforme nos ensina a Palavra, quando alguém usa de misericórdia para com o outro, pode-se esperar que Deus ou alguém use de compaixão para com ele.

Se não uso de misericórdia e graça para com o outro, não tenho do direito de esperar por esse benefício.

Alguém disse que “Devo pegar leve com o pecador e ser duro com o pecado."

O pecador deve ser levado a entender a malignidade do ato praticado. Deve ficar ciente do poder de destruição daquele pecado, o quanto ele fere e nos magoa.Deve chegar a uma decisão íntima de fazer de tudo para que não mais ocorra.

Importante é que ele saiba o tamanho do mal que praticou, o que provocou no coração do outro, quais são os sentimentos do outro, caso o erro seja grave.

Ao invés de ficar bravo, discutir, gritar e se desesperar, o que é mais interessante é levar a pessoa faltosa a uma posição de arrependimento, e nisso é bom lembrar o que a Bíblia diz em Rm 2.4 que diz que "a bondade de Deus é que nos leva ao arrependimento."

A bondade com o pecador e a seriedade com o pecado dele é que pode levar a um bom termo.

O ofendido deve se certificar do arrependimento do outro, esperar pelo pedido de perdão e promessa de não mais praticar tal erro.

Vá pelos princípios de Deus, veja como Ele trata aqueles que O ofendem, esse é o caminho.Agora, com desespero, gritos, ofensas, ameaças, não se chega lá.

E quando o pecador não admite o erro e não aceita imposição de limites, aí é o caso do ofendido impor limites não para o outro, mas para si mesmo, do tipo: “Se acontecer de novo, a minha decisão será essa”, avisar com antecedência ao infrator dessa postura, e se acontecer, fazer o que prometeu.

Nesse caso, é sempre oportuno lembrar que deve haver uma dosagem equilibrada com relação à falta. Você não pode por um motivo menor estabelecer que se acontecer vai se separar,por exemplo, porque aí a dosagem foi muito forte e você não será capaz de cumprir.

Vamos dar um exemplo da mulher perdulária ( gastadeira), é o caso do marido estabelecer que se acontecer de novo, irá cancelar cartões, tomar o talão de cheque, encerrar contas, enfim, dizer e fazer o que diz se porventura ocorrer de novo.

Trate dos problemas de maneira específica, se é pornografia, trata da pornografia, não alongue a lista de pecados e falta cometidas.Trate de um problema por vez.

Exija mudança, deixe claro que o ama, mostre também que está sujeito a errar, mas mudança de atitude é imprescindível.

Um dos pecados modernos que mais estão gerando conflitos e provocando separações é o mau uso da internet.

Parece que a história é quase sempre assim, ele fica na internet até tarde da noite, ela não sabe o que ele está fazendo. O computador fica no escritório, ou em lugar de pouco acesso. Ela não tem o curiosidade e a precaução de averiguar nada, simplesmente se omite e deixa acontecer. E quando se dá conta descobre que ele está loucamente apaixonado por alguém que conheceu através da internet.O mesmo vale para as esposas, sem excluir nem mesmo os evangélicos.

Li recentemente um estudo sobre o impacto da internet na família e ali dizia que 60% das pessoas que manteem diálogo via MSN, já trataram de intimidades e que 14% desses relacionamentos acabam num encontro sexual.Me perdoe por não dar o fonte pois realmente não me lembro, porém, sejam verdadeiros ou não os índices apontados, há um enorme fundo de razão.

Não são poucos os casos de pedidos de aconselhamentos em virtudes de pecados sexuais nascidos através da internet.

Jesus disse que devemos primeiramente vigiar e depois orar, disse também que sejamos simplices como as pombas, mas astutos como a serpente. Ele está dizendo que sejamos que devemos acreditar nas pessoas, porém não com inocência excessiva.Por outro lado também, não é para viver uma vida investigando o cônjuge, vendo coisas aonde elas não existem.

E como é de se esperar, esse post não esgota o assunto, é apenas uma reflexão.

Um forte abraço, no amor de Jesus.
Pr Ismael e Pra Cleire.

Um comentário:

Camila disse...

Sou noiva ainda, mas dentro deste relacionamnto Deus tem me ensinado muito e uma coisa que tenho recebido a respeito de como lidar com o pecado(imperfeições)é entendendo que no amor não há lugar para o egoísmo e quando não quero perdoar ou olho só para o que aquilo me causou estou sendo egoísta, pois nunca saberemos o sofrimento que a outra pessoa sente contra uma determinada área em sua vida e o que mais precisa neste momento é do acolhimento daquela(e) que está ao teu lado e estará para o resto da vida... Acredito que dentro deste perdão, procurando entender e ajudar a pessoa vc também provará e entenderá o amor de Deus.

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