Por Harry Chapin, publicado no livro “Homem que é homem”.
Há questão de dias o bebê chegou.
Como todos os outros no mundo entrou.
Mas tenho contas a pagar, aviões para pegar.
E quando eu estava fora, ele aprendeu a andar.
E antes que eu percebesse, já começara a falar.
Foi crescendo, crescendo e disse:
“Papai, vou ser igualzinho a você, sabe, igualzinho a você.”
“Quando é que você volta, papai?”
“Não sei, mas não demoro, não”.
“E aí a gente vai se divertir a valer.”
Agora, já me aposentei, e meu filho foi embora.
Liguei para ele outro dia para dizer:
“Gostaria de vê-lo, uma hora dessas.”
“Se tivesse tempo, papai, como eu gostaria!”
"Mas esse meu novo emprego me toma muito tempo."
“E as crianças estão gripadas.”
“Mas como foi bom o senhor ter ligado.”
“É, realmente, foi muito bom.”
E quando desliguei me dei conta de um fato:
Meu filho saiu a mim.
Meu filho é igualzinho a mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário