O psicoterapeuta cristão Tony Ayres, por quem nutrimos admiração , respeito e recomendamos uma visita em seu blog: http://psicoterapeutacristao.blogspot.com deu o seu parecer sobre o tema, leia abaixo:
Graça e Paz!
Antes de mais nada, desejo manifestar todo o meu apreço e respeito para com o irmão Júlio Severo, bem como para com com a sua preocupação em preservar nossa juventude.
Mas, ainda com o mesmo respeito, e na condição de psicoterapeuta, manifestar também a minha discordância para com a sua proposta.
Isso porque, tanto a instintualidade quanto a psiquê, como um todo, fazem parte da natureza humana; e ambas têm que merecer a devida atenção, não se podendo privilegiar uma, em detrimento da outra.
Parece-me muito claro que Deus, ao planejar criar o homem jamais desejou que este fosse assexuado; razão pela qual, dotou-o de testosterona; e a mulher, de progesterona, mais estrogênio.
Esses hormônios sexuais impelem o homem em direção à mulher, bem como; a mulher, em direção ao homem.
Essa é a parte instintual da história que, aliás,somente pode ser domada pela cultura, pela civilização, pela vida em sociedade.
No entanto, a outra parte (a psicológica)não é estática, mas enormemente dinâmica. Por essa razão, jamais deve ser desdenhada, visto que é real e atávica.
A porção inconsciente da psiquê humana jamais se conforma com o domínio da cultura sobre a instintualidade, que foi, por isso mesmo; não aceita passivamente, mas reprimida.
Ora, essa repressão possui forças instituntuais represadas, que procurarão escapar todo o tempo e, caso isso não aconteça por via psíquica, haverá a formação de sintomas somáticos, sob a forma de doenças orgânicas.
A saída apontada pelo irmão Júlio Severo - o casamento em idade precoce do jovem, para a preservação de sua pureza sexual e, em detrimento de sua formação intelectual, constitui apenas uma solução paliativa e um adiamento do problema, que se manifestará, com consequências ainda piores, numa idade mais madura.
A psicologia reconhece, tanto no homem, como na mulher, a chamada "crise dos 40 anos" ou, em outras palavras, a "idade do(a) lobo(a)".
Essa fase da vida humana acontece com todos os indivíduos e corresponde à uma "segunda adolescência", sem, todavia, os mecanismos de segurança que havia na primeira adolescência.
E, um dos questionamentos mais comuns nessa fase é justamente a extemporaneidade do casamento precoce.
Os cônjuges, agora, sem mais aquele romantismo da juventude, com filhos para serem criados, com todas a exigências da vida em comum e da vida profissional, fazem a "contabilidade" de suas "perdas e ganhos".
Infelizmente, a experiência tem demonstrado, fartamente, que "as perdas" pesam muito mais do que os "ganhos".
Há a frustração pela abdicação dos estudos, pela ausência de uma diversidade de experiências de namoro; o sentimento de "perda" dos melhores anos da vida e, não raro, uma maior ou menor "revolta" interior por essa puerilidade.
O resultado desses questionamentos todos é a ocorrência ( em um número estarrecedor) de "guinadas de 180 graus", que podem ser menos éticas, quando ocorrem as traições e infidelidades; ou mais éticas, quando existe antes, o rompimento, através da separação fornal, para então a busca de uma nova identidade com um(a) novo(a) parceiro(a).
Fato que muito mais dificilmente aconteceria, quando o casamento tivesse sido realizado por volta dos 28 ou 30 anos de idade, quando ambos os cônjuges já haveriam tido várias experiências de namoro e a formação profissional apropriada para o início de uma vida em comum com maior maturidade.
Se alguém duvidar dos fatos que aqui coloco para a manifestação de meu ponto de vista, sinta-se à vontade para comprová-los, conversando com qualquer psicoterapeuta experiente.
Espero que o choque dialético e respeitoso de opiniões conduzam à uma reflexão mais profunda sobre a questão.
Cordialmente em Cristo,
Tony Ayres
P.S: Nosso obejtivo não é provocar queda de braços, mas possibilitar que os nossos leitores através da discussão possam chegar a um pensamento mais ajustado de forma que quem vai ganhar será a instituíção família cristã.
Os dois pensadores são gente de Deus e em condições de darem suas opiniões. Nós do Casados em Cristo também publicaremos nosso pensamento.
Abraços em Cristo.
Pr Ismael
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