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sábado, 19 de junho de 2010

Familia, fé e finanças.

A importância das finanças no casamento cristão

Por MANOEL QUINTINO JUNIOR

Brigas, dívidas, cobranças, crises financeiras, desgastes emocionais, protestos e separações. Tudo isso pode ser evitado por você!

Por muito tempo tenho visto uma prática no relacionamento de alguns casais de separarem os ganhos de cada cônjuge de forma bem acentuada e talvez independente, tornando-os cada vez mais individualistas.

E quando somos individualistas, geralmente consideramos os nossos objetivos pessoais mais importantes do que os dos outros. E esta prática a meu ver, é uma fonte ativa para discussões freqüentes entre marido e mulher e um dos principais motivos de brigas, e até de separações entre casais.

Tenho 10 anos de casamento e durante estes anos, ouvi vários amigos dizendo: “Eu controlo meu dinheiro, e quando a minha esposa (que não trabalha) precisa, ela me pede. Assim, tenho o controle da casa e, por isso, defino o que fazer com o dinheiro.”

E, outras vezes, ouvi colegas de trabalho dizendo: ”Graças a Deus eu trabalho, pois não agüento depender do meu marido, quero comprar as minhas coisas, ter o meu dinheiro, ser independente...”

Nos dois exemplos vemos pessoas que consideram seus interesses pessoais acima dos familiares, pois os objetivos não são comuns e não há o desejo de construir e conquistá-los juntos. As opiniões estão recheadas de machismo, egoísmo, individualismo, independência e muitas outras coisas ocultas nas afirmações.

Ao longo deste período me questionei se isso estava certo, pois no meu casamento os nossos rendimentos sempre foram administrados conjuntamente e nunca referenciamos se o dinheiro era de um ou de outro, pelo contrário, a nossa prática foi considerar os mesmos como sendo da nossa família.

A bíblia menciona em Efésios 5:31:“Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão uma só carne.” Crendo no que diz a bíblia, quando casamos nos tornamos uma só carne, uma só pessoa. Assim, entendi que a família por ser a união de duas pessoas com hábitos, culturas e criações diferentes, que ao se unirem tornam-se família, e isso muda o nosso comportamento como indivíduos.

A partir de agora, os interesses pessoais, objetivos, planos, problemas, vitórias ou derrotas decorrem das decisões consensuais da família e não mais da vontade individual. Ser parte da família, quer dizer que tenho que abrir mão, muitas vezes, das minhas opiniões individuais pelos interesses coletivos da família. O fato de viver, entender e aceitar que sou parte da engrenagem familiar, os objetivos familiares serão mais facilmente atingidos.

A sociedade moderna prega valores diferentes, mesmo que disfarçados por boas intenções, que corroem os valores familiares adequados. Homens e mulheres cristãos ainda permitem ser levados por ideologias, machismos, feminismos, modismos, e outros “ismos” que dividem a família, e não orientam para uma vida de união, cumplicidade e harmonia.

E por existir casais cristãos que não compreendem o verdadeiro sentido da família, sofrem os impactos de suas escolhas, tendo a vida financeira conturbada, cheia de dívidas, empresas em crise financeira, nome em Serasa/SPC, cônjuges desempregados, sem objetivos claros e não havendo evolução patrimonial da família. Assim não dizimam, não ajudam outros, não propiciam condições melhores de moradia, educação e saúde para os filhos. É um caos revestido por uma vida mascarada!

 Por isso, os cristãos devem observar alguns princípios bíblicos e financeiros necessários para cuidar da família e dos bens que Deus lhe confiou de maneira adequada:
1º.Reconhecer que Deus é o nosso provedor e que sem Ele não teríamos nada;

2º.Reconhecer que tudo que temos é dado por Deus, inclusive o nosso casamento;

3º.Como Cristãos devemos ter a prática de dizimar como diz a bíblia;

4º.O casal deve planejar os objetivos a curto e longo prazo, priorizando os mais importantes para família;

 5º.Marido e mulher devem sempre viver com o que ganham e não contrair dívidas acima da remuneração familiar;

6º.Criar o hábito de ter reservas em dinheiro para situações contingenciais;

7º.Marido e mulher devem controlar juntos suas receitas e despesas periodicamente, confrontando-as com o planejamento financeiro familiar;

8º.Estar ciente que o tempo passa e no futuro colheremos o que plantamos hoje;

9º.Buscar constantemente conhecimento sobre finanças pessoais através de livros, planilhas e orientações técnicas relacionadas ao assunto;

10º.Que as bênçãos obtidas devem se estender para os demais filhos de Deus, como forma de honrar e reconhecer o que Deus tem feito por você.

Deus sempre abençoa seus filhos com riquezas materiais, entretanto, os mesmos negligenciam o gerenciamento do que Deus concedeu. A prova disso é que muitos cristãos ficam com sérias dificuldades financeiras, mesmo tendo sido agraciados financeiramente por Deus.

E ainda insistem em seguir um modelo antigo de imputar unicamente a Deus a responsabilidade de continuar abençoando após erros e mais erros, esquecendo que somos responsáveis pelos nossos atos.

O viver cristão está diretamente relacionado com o gerenciamento dos nossos rendimentos, negócios e bens que Deus nos confiou. Precisamos perceber que Deus já nos deu o melhor, mas Ele também espera que administremos bem o que nos deu (Mateus 25:16).

Praticar estes 10 pontos deve ser o início para construção de um modelo de controle financeiro familiar focado e próspero. Lembrem-se, as nossas atitudes sobre finanças ou a falta delas influencia a vida dos nossos filhos e de pessoas que convivem conosco ou que estão em nossa volta, positivamente ou negativamente. Qual a sua decisão? Continuar do mesmo jeito ou mudar? Não devemos permitir que o nosso casamento seja consumido pelos problemas financeiros. O dinheiro deve controlado por nós e não o contrário.

A nossa família, o nosso lar, deve refletir em todos os aspectos a vida e o comportamento de Deus. Pra isso, precisamos constantemente reorganizar a nossa vida pessoal e familiar sob a ótica da Palavra de Deus para que essa expressão influencie outros.

Manoel Quintino Júnior é diretor da Makin Negócios Empresariais Ltda.(www.makin.com.br e www.makinrh.com.br), graduado em Administração de Empresas e Especializado em Gestão Empresarial pela UFRJ.

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