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domingo, 5 de agosto de 2012

O egoísmo no casamento.


Por Pastor Ismael.


Outro dia uma jovem me pediu aconselhamento na esperança de salvar o seu casamento. A moça dizia que  depois que se casaram passou a tratar muito mal o marido , e ele, por sua vez, passou a ter ciúmes dela, e viviam se agredindo. Passado algum tempo ela começou a mandá-lo embora, que fosse procurar outra mulher. E foi isso que ele fez. Depois disso, ela se deu conta que o amava, e ele também, dizia estar com outra, porém, não era aquilo que queria para a vida. Então, passei a pensar sobre o caso para bem aconselhá-la e é interessante que o problema deles  não difere muito da grande maioria dos casais em crises.
Geralmente os jovens se casam, e pensam que viverão naturalmente o casamento que idealizaram, sem muito esforço.  Como se os dois entrassem num barco sem motor, sem velas, sem leme, solto no mar, navegando segundo o movimento das águas e eles nunca sabem para onde estão indo ou se chegarão a algum lugar, mas creem que vai dar tudo certo.
Alguns parecem esperar que o cotidiano de um casamento  seja igual o dia da festa, só alegria, algum cansaço, mas com grandes prazeres. Sorrisos de ambos, a família unida, os amigos presentes, e presentes chegando  de todos os lados, e ainda, um grupo de zelosos cuidando para que nenhuma coisa ruim estrague a alegria dos noivos. Acontece que esse momento cansativo, porém, delicioso passa, e a vida começa a voltar ao normal, então, é nessa hora que verdadeiramente irão se revelar um ao outro, conhecendo e deixando-se conhecer.
Enquanto quando corre tudo bem, o amor está presente, a paixão, o desejo, o sexo, a novidade, o vigor inicial de uma relação, então eles vão tocando a vida, e desfrutando das coisas boas que essa fase lhes oferece.
Mas chega um momento que ajustes precisam acontecer. Mas até isso é apenas um ideal, algo que deveria acontecer e que nem sempre acontece.
Quando eles começam a se revelar um ao outro, surpresas desagradáveis podem surgir. Atitudes, hábitos, comportamentos podem denunciar a presença do egoísmo. E agora?
Quero dizer não se pode deixar a vida me levar conforme diz a canção. Nada disso. A vida deve ser dirigida, administrada e de vez em quando , corrigida as direções tomadas.  O equilíbrio deve ser buscado para que seja possível continuar juntos e felizes.
O problema é que alguns casais demoram muito para retomar as rédeas da vida, e só tentam fazê-lo quando as coisas já estão fora de controle, quando não há mais diálogo, quando  as  primeiras notícias de um intruso na relação  já existem, ou quando a paciência já se esgotou. A comunicação deve ser proativa, não somente reativa ou radioativa.  Proativa é aquela que chega em boa hora, chega antes do problema; a reativa é quando o problema já se instalou, eles estão reagindo; e a radioativa é quando explosões se seguem toda vez que tentam conversar.
Quase ninguém gosta de admitir que esteja sendo egoísta, ou que está errado nisso ou naquilo outro, por isso é  necessário o confronto, que precisa ser desarmado de espírito, com bondade e desejo de acertar para continuar. Para isso a Bíblia diz, “Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda amolece até os ossos.”Provérbios 25:15. É preciso sabedoria para administrar conflitos.
O tempo por si só pode não resolver os problemas de conduta, os maus hábitos, alguns caem em si e se consertam, mas não a grande maioria.
Há pessoas que são tão egoístas que não querem nem pensar a respeito, estão convictos de que têm razão sempre, que nunca erram, são apenas vítimas do outro.
Tem casais, que depois de uma noite  de sexo, no seu íntimo resolvem não tratar dos velhos problemas, imaginando que as coisas vão entrar nos eixos por si só, basta esperar mais um pouco e assim vão vivendo,só que quando eles ressurgem , então, um amontoado de acusações se apresentam.
Gary Chapmam , num de seus livros diz que o grande inimigo do casamento chama-se egoísmo, com o  que concordamos plenamente.
Outro diz li um texto, cujo autor me é desconhecido, muito interessante sobre o egoísta numa relação de casamento ou de amor, leia:
Um altruísta diz para o egoísta: “eu te amo”.

E escuta da boca do egoísta: “eu também”.

O altruísta fica feliz, o egoísta mais ainda.

O egoísta sabe o que falou, e o altruísta não sabe que não entendeu.

O egoísta também se ama

Os dois amam a mesma pessoa: o egoísta.

Ninguém ama o altruísta, mas ele delira que é amado.

Ele escutou “eu também”; e fantasiou que era amado.

Cada qualidade ou habilidade que conquistamos exige cuidados para que não ocorram desequilíbrios.

O altruísta foi verdadeiro ao dizer “eu te amo”, mas errou ao interpretar a fala como "eu também te amo".

Isto é um desequilíbrio sério, que gera ilusão e mentira.

Todas nossas qualidades devem ser equilibradas por outras qualidades que se completam.

Ao lidar com egoísta tenha sempre certeza absoluta do que Realmente ele está falando.

E  jamais duvide que a prioridade absoluta é ele mesmo.

Todos nós carregamos em nosso ser uma dose desse veneno, uns mais outros menos, mas todos têm uma porção disso. É claro que o texto acima está falando de uma situação extrema, mas deve servir para balizarmos nossas escolhas com relação à pessoa com quem queremos passar o resto de nossas vidas, quando isso ainda não foi feito, como é o caso de quem está namorando ou noivando. E serve também como um alerta, para que a gente se veja no texto, para que cada leitor se mensure a partir das afirmações contidas nele, e se de repente, nossas atitudes nos mostram que  amamos demais a nós mesmos, e que somos a nossa própria prioridade, teremos então, a certeza de que não estamos maduros para uma vida conjugal, e se já estamos nela, estamos fazendo alguém sofrer, há uma vítima na nossa  relação, e é preciso resolver isso, um confronto conosco mesmo.

Leia isto: Numa área de lazer, onde uma esposa reclamou ao marido que estava tendo fortes dores nas costas, e ela foi para um canto e começou a se contorcer e lágrimas saiam dos seus olhos devida a intensidade das dores. Então, falou ao marido novamente e ele respondeu: “É frescura sua, já vai passar”, e sem dar a menor importância foi praticar o seu esporte com os amigos saindo da presença dela. Passado alguns minutos, precisou alguém socorrer a moça ao hospital pois  estava pálida de dor. Fiquei triste com aquilo e pensei comigo, “Se eu fosse o marido dela, jamais teria me comportado assim”. E de fato creio nisso, mas  é possível que em situações diferentes  eu possa  ferir a minha companheira por causa do pensar primeiro em mim. Puxa! , que Deus me livre disso.





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