Infidelidade
Relacionar-se amorosamente significa entregar-se,
estar disponível a aquele parceiro (a), sem amarras ou incertezas, mas por que
somos tão frágeis a ponto de destruir tudo que temos por conta de uma “aventura”
com uma terceira pessoa que talvez ainda nem a conhecemos?
Se sentir atraído (a) por outra pessoa mesmo estando
casado (a), pode-se dizer que em partes que é algo normal, no entanto essa
atração não pode ultrapassar os limites que o matrimonio impõe, deixando-a que
se torne desejo.
A psicologia nos trás pontos interessantes que podem
contribuir neste aspecto, ainda há muito a ser estudado, pois é um assunto
delicado que envolve muitos fatores e características diferentes de pessoas,
mas o que já temos hoje nos auxilia a termos autoconhecimento para encontrarmos
realmente o que buscamos.
Sabe-se que desde a infância nos relacionamos com
várias pessoas, principalmente com os pais ou responsáveis que se tornam nossos
guias e a partir daí criamos padrões de comportamentos. Mas o que eles têm
haver com nossos relacionamentos amorosos do futuro?
Muito! Freud, o pai da psicanálise que em contato com
seus pacientes cunhou a teoria do Complexo de Édipo, termo encontrado na
mitologia grega, na qual Édipo matou o pai e casou-se com a mãe sem saber que
eram seus pais, pois não tinha sido criado por eles. Este conceito remete-se ao
fato de que na fase de desenvolvimento sexual, quando ainda somos crianças nos
“apaixonamos” pelos pais, diferenciando os gêneros – homem e mulher, quando
essa fase não é elaborada adequadamente pode ser que no futuro traga conflitos
internos a titulo de encontrar um parceiro (a) ideal, transferimos para os
outros sentimentos bons e ruins e também recebemos de volta de acordo com cada
situação ou aquilo que a pessoa nos representa.
Quando namoramos ou casamos, buscamos no outro qualidades
e características de nossos pais que foram e são nossos modelos, mesmo sem
percebermos, no entanto, nunca serão iguais. No começo do relacionamento isso
basta, mas com o passar do tempo a rotina e a vida corrida nos faz deixar de
perceber coisas que nos atrai em nossos companheiros e corremos o risco de nos
envolver com outra pessoa que provavelmente também terá características que nos
lembram nosso objeto de amor da infância, sabemos de casos de homens que se
casam e separam várias vezes, pois já estão em um ciclo vicioso da busca
incessante da mãe, mesmo sem saber.
Portanto, nossa relação com os pais nos influenciam
não apenas conscientemente, mas também inconscientemente, sendo que fases do
desenvolvimento do nosso passado mal elaboradas podem acarretar em
relacionamentos amorosos desastrosos ou pouco duráveis, mas isso não deve ser
uma justificativa para a infidelidade, deve ser identificadas para serem
trabalhadas e melhorar sua interferência no aqui e agora. Algumas perguntas
podem nos ajudar nesse processo:
·
O que buscamos quando
nos relacionamos?
·
Qual o perfil do
nosso parceiro (a)?
·
Quais os motivos que
me fazem estar com ele (a)?
·
Estou sendo paciente
com o outro?
· Estou deixando claro
os meus pensamentos? (Lembrando-se que ninguém é capaz de ler a mente do outro
e saber exatamente o que pensa, por isso o diálogo franco e claro é
fundamental).
Mais um aspecto a ser discutido no que tange a
infidelidade é a diferenciação entre realidade e fantasia, estamos vivendo a
era da globalização, onde as informações chegam até nós de forma exacerbada,
por exemplo, novelas e programas de TV, são fictícios e não verdadeiros, sim
eles se baseiam na vida real, mas colocam outras características para tornar as
cenas mais interessantes aos
telespectadores e que não podemos levar em consideração.
Temos que olhar para o que está acontecendo dentro de
casa, quais nossas falhas, o que está faltando ou sobrando, antes de
procurarmos fora, até porque mesmo que aconteça o adultério e logo a separação
e você fique com a outra pessoa, a probabilidade das mesmas coisas acontecerem
são grandes e isso se torna um ciclo vicioso, a questão não é fugir do problema
e sim resolve-lo da melhor forma possível.
Aconselho que dividam suas angustias, suas vontades,
seus desejos com seus parceiros (as), resgatem aquilo que havia no namoro,
aquela sensação boa, a confiança, pois a rotina do dia a dia nos torna
automáticos e nos faz desviar a atenção de coisas que gostávamos antes, mas que
agora passam despercebidas lembrem-se ninguém é perfeito, consequentemente as
relações têm falhas, vigie seus atos e trabalhe suas dificuldades antes de se
“refugiar” em algo temporário que trará mais problemas e sofrimento. Tenha empatia,
coloque-se no lugar do outro, para tentar ao menos entende-lo e ajuda-lo em
suas dificuldades, de carinho e atenção, estamos nos tornando pessoas carentes
de coisas simples, de momentos de afeto, de um olhar de admiração e respeito. Homens
não tenham medo de falar, mulheres não tenham medo de ouvir, se vocês são um
casal, tem que compartilhar!
Se necessário procure ajuda espiritual, se for o caso
até profissional, mas não deixe se levar pela fantasia de que a vida do outro é
mais prazerosa que a sua, de valor aquilo que possui e se tiver filhos seja um
bom exemplo.
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