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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O que pode estar por trás de palavras e atitudes de um cônjuge.

Os sentimentos e a nossa relação conjugal.

Mark W. Baker.
Livro:  "Jesus, o maior psicólogo que já existiu."

Jesus ensinou que pessoas espiritualizadas relacionam-se de coração para coração. O entendimento emocional cria um vínculo entre o casal. Nós nos sentimos aprovados quando os outros concordam intelectualmente conosco, e somos confortados quando eles nos protegem fisicamente, mas só nos sentimos ligados quando compartilhamos com eles experiências emocionais. Os puros de coração têm um conexão (vínculo) especial com Deus não apenas porque são sinceros, mas também por causa da sua capacidade de saber claramente como se sentem.
Sandra e Bem procuraram o aconselhamento matrimonial por causa de um dos problemas mais comuns que encontro hoje nos casamentos: a comunicação emocional deficiente. Antes do casamento, eram profissionais de nível superior com uma carreira de sucesso. Quando começaram a formar a família, decidiram de comum acordo que Sandra deixaria seu trabalho e ficaria em casa para cuidar das crianças. Eles estavam felizes com essa decisão, satisfeitos com o dinheiro que Bem trazia para a família e contentes com o desempenho dos filhos. O que não aguentavam mais eram as brigas constantes entre eles.
Sandra e Bem não conseguiam resolver as discussões porque não compreendiam a importância das emoções. Tanto Sandra quanto Bem achavam que seriam capazes de negociar as divergências no relacionamento seguindo as mesmas regras que haviam usado com sucesso nas respectivas carreiras. Infelizmente, as normas do trabalho não são iguais às regras do lar. Não são os procedimentos que devem ser examinados, mas as razões que os provocam. A maneira como os parceiros falam um com o outro é tão importante quanto o tema da conversa.

Em casa , Sandra, tentava conversar com Ben sobre sua preocupação que estava lhe causando um dos filhos. Ben dava uma interpretação superficial e sugeria que eles passassem a adotar uma mudança de comportamento. Esta resposta fazia Sandra se sentir menosprezada, reproduzindo uma sensação de sua infância e adolescência. Por isso , ela discordava do marido. A atitude dela, por sua vez, colocava Bem na defensiva, pois fazia-o lembrar das críticas constantes que recebera devida ao perfeccionismo de seu pai. Ele então defendia com mais intensidade a sua posição.  Essas discussões quase sempre terminavam da mesma maneira. Um dos dois levantava as mãos desgostoso e dizia abruptamente: “Tudo bem, então faça como você quiser!” e marchava com passos pesados para fora do quarto. Neste processo, o casamento ia se desgastando.

Finalmente Sandra e Bem chegaram à conclusão que dar ao seu relacionamento um caráter profissional não funcionava. Ser íntimos dos nossos colegas de trabalho não é importante; ser íntimos do nosso cônjuge é. A meta do trabalho é desempenhar tarefas. O objetivo em casa, além de desempenhar as tarefas domésticas, é sobretudo amar um ao outro, e a maneira de fazer isso é prestando atenção aos sentimentos mútuos.
Sandra e Bem estão se sentindo melhor hoje com relação ao casamento porque reconhecem que as emoções presentes em cada conversa são tão importantes quanto ao seu conteúdo. Ben já não se sente mais tão agredido pelas exigências dd Sandra porque chegou à conclusão de que estas são completamente diferentes das de seu pai. Sandra agora faz um auto exame antes de discordar automaticamente, porque não sente mais necessidade de se afirmar. Quando começa a sentir que Bem a está menosprezando, ela consegue dizer a ele como está se sentindo e falar dos sentimentos antigos que a atitude do marido  faz vir à tona. Ben se desculpa dizendo que sua intenção não era depreciá-la; ele está apenas ansioso para ajudar e às vezes se apressa em apresentar logo uma solução por causa da pressão que o pai exercia sobre ele. Sandra e Bem aprenderam uma importante verdade: a conexão entre as pessoas só é plenamente exercida quando a intimidade é vivida pela expressão clara dos sentimentos. Eles não eram capazes de experimentar a intimidade sem uma maior clareza no coração. Como Jesus previu, é preciso pureza de coração para construir relacionamento feliz.
Jesus nunca colocou o valor intelectual acima da pureza de coração. Ele sabia que as pessoas estabelecem contato através das emoções e que as nossas divergências mais sérias não são a respeito do que pensamos, mas o resultado de como fomos emocionalmente feridos. A intimidade que vem de um coração puro é essencial no relacionamento de um casal.

Abraços, Pr Ismael e Pra,Cleire. "Fiquem com Deus, fique em família" Palestrante para casais e famílias.

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