Maturidade conjugal não é o
envelhecer juntos, não é questão de tempo, mas sim, a forma bonita e saudável de
como vivem e se cuidam mutuamente, e eles trazem consigo as seguintes marcas:
1-Deixam coisas de menino:
“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria
como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” 1
Coríntios 13:11.
Permita-me parafrasear Paulo usando o texto de 1Co13.11 para falar sobre
maturidade conjugal:
“Quando eu era solteiro, falava como solteiro, sentia como solteiro,
discorria como solteiro, mas, logo que me casei cheguei a ser homem, acabei com
as coisas de solteiro.”
É exatamente isso, “deixar as coisas de meninos ou de solteiros” fala
das escolhas impróprias que se faz tratando de alguém casado. Não raras vezes
esposas reclamam de maridos que tem sua agenda pessoal, participando de coisas
e lugares que são tipicamente de quando se é solteiro e isso acaba tornando a
vida do outro um inferno. Muitas vezes, para “não piorar a situação” a pessoa
acaba abrindo mão do prazer e direito de ser casal, de fazer coisas sempre que
possível juntos, de ter o seu lazer a dois. E quando isso acontece não é de bom
grado, de boa mente, mas sim, com rancor, sentimento de desprezo e
desconfiança. Veja, ser cônjuge é estar debaixo de um jugo comum, onde só cabe
dois, uma canga, onde vai um o outro vai junto. Não que nunca se possa ter um
momento particularizado, mas na maior parte de tempo, o parceiro quer ser bem
vindo em tudo que diz respeito a vida do outro. Deixar as coisas de menino
também fala das picuinhas, das briguinhas sem sentido, dos pequenos atos de
vingança, da perda de tempo com carrancas e bicos. Salomão chama isso de “raposinhas que fazem
mal as vinhas”, ou seja, coisas aparentemente pequenas e insignificantes, mas
que são poderosas para matar a alegria.
2- Vivem um relacionamento baseada na empatia.
“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho
também vós,...” Mateus 7:12
Augusto Cury, fala de alguns tipos de
pessoas e suas marcas registradas no tocante a relacionamentos. Ele diz que há
aqueles que são simpáticos, que são de sorriso pronto, educados e corteses, saúdam
a todos e passam alegria. Outros são carismáticos, promovem as pessoas ao seu
redor, provocando bem estar nelas, mas , por fim, existem aqueles que são os empáticos.
Estes são capazes de abrir mão de sua agenda para atender a do outro, “amigos
para toda hora”, pessoas com espírito voluntário, que com serenidade cedem, que
não criam dificuldade ou embaraços, mas sim, são promotores da paz e do bem. São pessoas que
vão além da simpatia, que são mais do que carismáticos, elas excedem
em amor, e no momento da dor ou da angústia é quando mais se revelam.
3- Investem na relação de modo igualitário.
“E o efeito da justiça
será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” Isaías
32:17
Há casais onde o doação em amor de um é muitas vezes
maior que a doação do outro, criando uma relação injusta, do tipo “sangue suga”.
O ideal é quando a doação em amor é equilibrada, o investimento que um faz é
muito parecido com o investimento do outro. A maturidade se apresenta quando
ambos fazem do outro, ou da relação, uma prioridade a ser observada, e não
apenas sugam o melhor sem muito oferecer em troca.
4- A confiança é uma conquista de quem já comeu muito sal
juntos.
Sendo os caminhos do homem
agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele. Provérbios
16:7
E por fim, o grande sinal de maturidade é quando ambos
são merecedores de crédito e confiança, pois já deram mostras que suas palavras
são sempre verdade e suas atitudes são
honestas e boas.
Essas são as marcas de casais que já deixaram as coisas de menino e agora experimentam a
maturidade conjugal, que penso, ser o
momento mais gostoso do casamento, um ideal a ser alcançado.
Abraços, Pr Ismael, Casados em Cristo.
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