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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

TEMPO DE AJUSTAMENTO CONJUGAL


“...Exatamente, da mesma maneira, vós maridos, vivei com vossas esposas a vida cotidiana do lar, com entendimento,...”I Pedro 3.7b

Para os amantes do motociclismo “trocar a relação” é trocar um conjunto de engrenagens que possibilitam o funciona-mento do sistema de transmissão, é o que faz andar o veícu-lo. Quando a relação está desgastada, ela começa a não fun-cionar direito e vai até não andar mais.
Numa relação afetiva também ocorre algo parecido, se as peças estiverem não se encaixando bem , assim como as en-grenagens, é preciso buscar uma solução, com a diferença que a troca não é a primeira opção como acontece no moto. A relação em ambos os casos, precisam de um encaixe per-feito das engrenagens, e ainda, estarem lubrificadas. Você não tem isso quando tudo é muito novo ou quando tudo está muito desgastado. 
Tenho crido que em toda e qualquer relação, seja ela afetiva ou não, há um período de ajustamento que se faz necessário. Os desencontros iniciais são quase que obrigatórios, por mais que o amor e o respeito estejam presentes sempre algo desagrada, exigindo aí uma correção. O desconhecimento disso faz com que casais, em alguns casos, acabem pondo fim a um relacionamento que poderia ser muito bom. Seria como um sapato bonito, desejado e novo, que você usa e ele te machuca os pés. Você não o joga fora, antes continua com ele porque sabe que vai se acomodar aos seus pés. Da mesma forma, a relação, precisa de um tempo de acomoda-ção. Nossos pais tinham um jargão que dizia que era preciso comer um saco de sal com alguém para conhecê-lo. Exata-mente pelo fator tempo, uma vez que um saco de sal não se come em poucos dias, mas sim, demanda muitos dias, mui-tos dias de convivência e correção de condutas. 
Daí o perigo dos casamentos antecipados e precipitados. Na verdade, a grande maioria se casa com um desconhecido, vindo depois as surpresas, boas e más. Vou dar exemplo, uma secretária do lar, por melhor intencionada que seja, nos primeiros dias trabalhando em sua casa, vai fazer coisas que você gostaria que não fizesse e vai deixar de fazer outras que gostaria que fizesse. Um pastor recém empossado vai trazer coisas novas para a igreja, mas também vai trazer al-gumas angústias por coisas que a comunidade não queria que mudasse. Um gerente novo na empresa vai se enganar com relação a seus subordinados, alguns dos quais esperava muito, vão oferecer pouco, e outros dos quais não esperava muita coisa, vão surpreendê-lo. Daí o cuidado inicial ao mexer nas posições. Depois com mais tempo de casa, ele consegue fazer as mudanças individuais com mais acerto.
Particularmente, não gosto quando ouço alguém dizer: “Ninguém muda ninguém”. Penso que é uma meia verdade,  podemos não mudar, porque é uma decisão pessoal, mas podemos sim, e como, provocar o melhor no outro. Podemos sugerir, sugestionar, inspirar, entusiasmar. 
Todo começo de relacionamento é um pouco truncado, com muitas coisas boas e outras desanimadoras, podendo melho-rar ou não, dependendo como eles tratarem os ajustamentos iniciais. Vai se casar? Então se prepare, esteja aberto às mudanças e também para provoca-las no outro, mas não se desespere, nem desista, é assim que funciona, apenas man-tenha bem lubrificada a relação com óleo do amor, que os atritos serão minimizados.

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