Os desafios de ser um bom pai vão
muito além de prover as necessidades físicas de seus filhos.Um pai deve amar,
proteger, ensinar por preceito e exemplo, além de participar ativamente da vida
do filho. Culturalmente temos a ideia de que o filho é responsabilidade da mãe,
mas aos poucos os pais vêm se conscientizando da necessidade de uma
participação maior no mundo de seus filhos. Segundo a Revista Época, um pai exemplar reúne algumas características especiais.
O toque amoroso.
O contato físico com seus filhos
deve ser caloroso e constante. O toque reforça a presença e é essencial para o
desenvolvimento da criança.
Desde bebezinhos, os pais devem
segurar seus filhos carinhosamente, falar com eles, brincar e se fazer
presente. Durante seu crescimento, as
crianças devem saber que podem abraçar seu pai quando quiserem e que podem
subir em seu colo livremente e beijá-lo ainda que sujas de chocolate. (Melhor
evitar se estiver saindo para o trabalho). Quando adultos, eles ainda devem
sentir a mesma liberdade.
O pai ideal.
A educadora Cris Poli, também
conhecida como a “Supernanny” brasileira, e autora do livro “Pais Responsáveis
Educam Juntos” (Mundo Cristão), concorda com a importância da participação dos
pais na vida das crianças. Ela ressalta que, assim como não existe uma mãe
ideal, tampouco existe um modelo de pai ideal. Portanto, os pais não devem
ficar se cobrando, faça o melhor com amor e siga algumas dicas:
Dê amor e não apenas “coisas”
Muitos pais tentam compensar sua
ausência na vida dos filhos, dando-lhes presentes. Presentes são bem-vindos e
as crianças adoram, mas não substituem o carinho, amor e a presença que elas
esperam. Fazer isso só causará mais culpa nos pais e um distanciamento do
filho, além de lhe ensinar preceitos equivocados. Mais importante que a
quantidade de tempo é a qualidade do tempo que se passa junto com as crianças.
Ainda que o pai tenha apenas só um pouco com as crianças, faça esse tempo
divertido, proveitoso, converse com seus filhos, mostre-lhes amor, brinque com
eles.
Dê limites.
Geralmente o pai brinca, se
diverte, mas na hora de falar sério, é com a mamãe. Ambos, pai e mãe, devem
estar presentes na educação dos filhos. Um jamais deve contradizer o outro. Se
há divergências quanto ao que foi aplicado (limite, concessão, castigo), isso
deve ser discutido longe dos filhos.
Ser um pai participante
Aprender a ver no rosto de seu
filho o que às vezes ele não quer ou não consegue dizer. Olhe sempre para seus
filhos. Às vezes ele enfrenta dificuldades na escola, ou com amigos. Ou tem
problemas de autoestima. Seja qual for a dificuldade, ela precisa ser vista e
compreendida. Não basta olhar o boletim ao fim do bimestre. Acompanhe a vida
escolar de seu filho. Pergunte a ele como estão as coisas. Mostre interesse no
que ele está dizendo. Aconselhe, ajude. Participe ativamente. Isso é demonstrar
amor.
Traga alegria ao lar.
Lembro-me de quando era criança e
o quanto aguardávamos ansiosos a chegada do meu pai. Ele sempre nos trazia
alguma guloseima e alegria ao lar. Estou certa de que se essa guloseima viesse
acompanhada de uma presença desagradável não seria esperada com tanta
ansiedade. Ele sempre nos fazia rir, conversava conosco e nos fazia sentir
amados.
Cuidado com o tom de voz.
Evite gritar com seus filhos. O
grito intimida e amedronta.
“Trabalho com milhares de pais e
posso dizer, com certeza, que o grito é a nova surra”, afirma a terapeuta de
família americana Amy McCready, organizadora do Positive Parenting Solutions,
que dá cursos e aconselhamento para pais. Para Anne Lise Scapatticci,
psicanalista infantil, o diálogo é a melhor forma de educar, porém a criança
precisa entender que pais também ficam nervosos, irritados ou cansados. “Mesmo
pequena, ela é capaz de entender as emoções dos outros. Especialmente quando
depois do grito existe uma boa conversa ou um pedido de desculpas.”
Seja um bom exemplo.
Para ser um bom pai há que ser
antes um bom ser humano. A pior atitude, com certeza, é “faça o que digo, mas
não faça o que eu faço”. É mais que sabido que as crianças aprendem mais pelo
exemplo que pelas palavras. Faça uma lista do tipo de pessoa que você quer que
seus filhos sejam e comece a ser esse tipo de pessoa. Não tente mostrar ser
infalível ou esconder seus erros e enganos. Seja simples, amoroso, genuíno.
Espere sempre o melhor das pessoas. Meu pai sempre dizia o que esperava de nós
como filhos - Que nos mantivéssemos longe de problemas, seguros e que ele
pudesse confiar em nós. Muitas vezes deixei de cometer algum erro na juventude
por lembrar que meu pai confiava em mim. Hoje crio os meus filhos em seus exemplos. E sinto que meus filhos agirão da mesma forma. é uma corrente eterna para o bem.
http://familia.com.br/a-forca-de-um-pai-amoroso.
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