Sexo:
Desejo o teu desejo.
Pr
Ismael Roselei de Carvalho, palestrante para casais e família.
Outro dia, num evento de casais, um irmão
disse: “Pastor, ah!, eu cheguei no quarto todo inspirado, vi aquelas velinhas
ali, então, acendi, ficou um cheirinho bom, uma fumacinha, então dancei para
ela e tal, é pecado?
Olhei
para ele com um olhar de repreensão e perguntei: “Com música ou sem música?”
“Sem
música, pastor.”, respondeu ele, meio preocupado. “Então, pode.” - Respondi. E
todos na sala rimos muito.
Brincadeiras
à parte, é certo que o sexo precisa se renovar e que algumas coisas o casal
deve fazer para torná-lo mais desejável. Temos como alternativas e possibilidades, as roupas
sensuais, a preparação de um ambiente, as variações de posição, alguns óleos
e cheiros, quem sabe algumas velinhas perfumadas, um fundo musical
romântico e tantas outras coisas poderíamos adicionar. Tudo isso é bom,
mas não precisa ser necessariamente assim, acaba dando muito trabalho, e se torna inviável.
Penso
o amor que se faz dentro do casamento é incrementado conforme o lugar, o modo
como acontece. O sexo de surpresa, o sexo rapidinho, o sexo com algumas
peraltices, quem sabe um sexo com um pouco de aventura, o sexo na cozinha, no
tapete da sala, e também pode se tornar
interessante o sexo agendado. O que não deve acontecer como única alternativa é o sexo preguiçoso, o sexo do pai de família
com a mãe de família. Não que esteja proibido, mas não pode ser o repertório
único do casal.
Mas
a grande sacada é o desejo que mostram pelo outro. Isso é mais poderoso que a lingerie
nova, que o “pole dance” nas colunas da casa, que velinhas acesas e pétalas de rosa na cama.
Estou
falando do olhar de desejo, a carinha de desejo , as reações de desejo, o
respirar ofegante, os sons, os movimentos, tudo isso faz aumentar o desejo do
outro. Seria desejar o desejo, ter o desejo aumentado pelo desejo, uma reação
em cadeia.
O
problema é que muitas vezes e por alguns motivos a pessoa é “travada”, não
consegue se permitir demonstrar desejo sexual na hora do sexo, assim, esconde
do parceiro(a) tais manifestações.
A
mulher quer ser amada, querida, mas
principalmente, quer ser desejada. O homem não é diferente disso. E é na cama que se mostra que se deseja. Muitos
adultérios acontecem como uma forma de se descobrir se se é desejável ainda. E
não precisaria, bastaria ser desejado dentro de casa.
Qual
o marido que não se sente um herói quando a esposa é liberta com relação a
isso. Ele se sente o máximo naquele
momento, o maior dos machos da terra quando vê o desejo de sua fêmea, ele
pensa: “Olha o que eu provoco nela, eu sou cara.” , e seu desejo aumenta com o
desejo da parceira.
Por
outro lado, não tem nada mais desanimador do que o infeliz que tem uma esposa
que se joga na cama e fica ali feito estátua, como quem diz: "Vai, acaba logo com isso." Outro dia um marido reclamou que
a esposa, naquele momento , ele ali, como um guerreiro na luta, e de repente, olha
e vê que ela estava com o rosto virado do lado e assistia o final da novela.
Disse-me: “Pastor, não dá mais, não tenho mais desejo por ela, me senti um
pateta.”
Lembre-se,
“Todo dia ela faz sempre igual”, só faz sucesso na música de Chico Buarque, na
cama não.
Um comentário:
Muito produtivo pastor ismael o seu blog. amamos!!!
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