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domingo, 13 de janeiro de 2013

Companheirismo no casamento: Poder da presença.

Por Pastor Ismael Roselei de Carvalho, palestrante de família e de casais.



(Texto editado à partir dos ensinamentos de Gary Chapman no Livro “ A  essência das  cinco linguagens do amor”, traduzido por Márcia Medeiros.)

O poder da presença.

Lendo os ensinamentos de Gary Chapmam ( “As cinco linguagens do amor” )  sobre o valor da presença de um cônjuge em momentos especiais da vida, lembrei-me de quando nasceu o meu primeiro filho, o Diego, 25 anos hoje.
Eu era, então, um jovem sargento de Polícia, comandava uma equipe de trinta homens e fazíamos policiamento na região do ABC, grande São Paulo. A Cleire estava no final da gravidez e eu a levei ao hospital, onde permaneceu internada para a cesariana. Como todo hospital havia regras, horários de visita, e outras mais. Porém, hoje, reconheço que não fiz nenhum esforço para estar com ela mais tempo ou mesmo no momento do nascimento, quem sabe até na sala da cirurgia. Eu poderia, mas não fiz. Eu mal acabei de internar a Cleire e voltei correndo para o trabalho, só fui  vê-la de novo quando o nenê nasceu.
Lembro-me que poderia ter pedido uma dispensa do serviço, ou mesmo o gozo de férias para estar disponível para aquele momento. Teria que ter provocado isso. Entretanto, eu era um apaixonado pelo trabalho e não o fiz. Eu não soube valorizar o que mais tinha valor para ela. Que pena! Não dá mais para reparar o dano, mas dá para pedir perdão. E olha, ela nunca me cobrou disso, nunca falou uma palavra sobre o assunto. Mas o meu descaso foi tão grande que hoje, até eu percebo assim.
Quando nosso filho nasceu, o hospital ligou para o 190 e pediu que me fosse informado. E isso foi feito pelo sistema de comunicação (rádio) da viatura, e toda a rede ouviu o anúncio do nascimento do meu filho. Eu achei demais..., todos ouvindo que nasceu o meu filho. Pareceu-me o momento mais marcante de toda aquela situação. Os colegas de trabalho me parabenizando...uma alegria compartilhada ali no lugar onde gostava de estar, no trabalho.
Hoje, aos 51 anos de idade, aprendi que há momentos que a presença do amado(a) pode aliviar a barra, pode ser de boa ajuda em escolhas, pode dar tranquilidade e segurança, pode influenciar para o sucesso, ou em último caso, pode repartir o sofrimento. Sabe, agora,  eu me importo com momentos delicados que ela esteja vivenciando, e não é só uma questão de dever, mas de amor mesmo. Preocupo-me quando reclama de alguma dor; quando está triste com alguma coisa relacionada a seus pais; quando vai ao médico para os exames próprios da mulher ou qualquer coisa que a intranquilize.  Procuro ser uma sombra que alivia o calor, um abrigo que protege, uma força que ajuda a decidir, e isso tudo, muitas vezes, com a simples presença. Ainda bem que na vida há espaço para o erro, e sempre há tempo para a correção. A Bíblia diz que Jesus se manifestou em graça e verdade. Que bom que foi assim,  primeiramente em graça, onde há espaço para o erro e o conserto, e somente depois Ele se manifestou em verdade, onde "o que é certo é certo, e o que é errado é errado"; "isso é preto e isso é branco", "isso é bom e isso é ruim",  e pronto. Deus é bom conosco, aproveite a chance que Ele nos dá.
Para encerrar, falamos do poder da presença, da entrega total, que é o presentear com algo maior , é um gesto de amor e de carinho. É declaração de companheirismo do tipo “ estou aqui, pode contar comigo”.

Fique com Deus, fique em família.

Ismael e Cleire, Casados em Cristo.
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